quinta-feira, 8 de março de 2012

BOA NOTÍCIA


Mercadante vem a Natal e anuncia distribuição de tablets para professores

Rosalba ainda aproveitou a vinda do ministro da Educação para a reunião do Consed para pedir-lhe celeridade na liberação das Emendas do Estado


O Ministro da Educação Aloízio Mercadante está em Natal, participando da I Reunião Ordinária do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) de 2012 e anunciou esta manhã (8) a distribuição de tablets para todos os professores do ensino médio. Para a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, esse é um momento crucial para alavancar a qualidade da educação, garantindo investimentos e valorizando os professores. “É a tecnologia chegando agregada ao uso pedagógico para focar o aluno, o ensino e a aprendizagem. Esse é o consenso que está sendo formado aqui”. A governadora Rosalba Ciarlini ainda aproveitou a vinda de Mercandante à Natal para pedir-lhe celeridade na liberação das Emendas previstas para o Estado. Segunda ela, para comprar mais ônibus, equipamentos e adaptar mais escolas para serem Centros de Ensino Médio Técnico. “Queremos melhorar a educação como um todo e são muitas as demandas, mas já estamos avançando em muitos setores e pretendemos criar um novo caminho para a educação do RN”. Mercadante ainda distribui, junto com a governadora, esta tarde, 100 ônibus escolares adquiridos com recursos próprios do Governo do Estado. “O importante é que o MEC, junto com os Estados, mas também com os municípios possam formar esse sistema conciliado de educação pública que o Brasil tanto precisa, e mudar esse cenário tão pejorativo e pouco produtivo”, pontuou a secretária Betânia Ramalho.

O ESTADO SE SÃO PAULO PERDE MUITO SEM TER EM SUA ADMINISTRAÇÃO UM HOMEM DO QUILATE DE MERCADANTE

O CARA MELHORA


Ainda sem previsão de alta, Lula apresenta melhora, diz hospital



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua internado nesta quinta-feira (8) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, ainda sem previsão de alta. Segundo boletim médico divulgado hoje, ele apresenta melhora clínica e laboratorial e recebe tratamento com antimicrobianos. Lula foi internado no último domingo para tratar de uma pneumonia. De acordo com os médicos, a doença é efeito da baixa imunidade causada pelo tratamento contra o câncer na laringe. O ex-presidente já perdeu 12 quilos desde janeiro, quando começou a radioterapia. O tumor foi descoberto em outubro. Lula foi impedido de receber visitas pela equipe do médico Artur Katz, que afirmou que a medida serve para dar um "descanso na corda vocal". "O tratamento ao qual o presidente fez é extraordinariamente pesado", afirmou. Katz disse que novos exames foram feitos para detectar a presença de tumores e nada foi encontrado. Segundo ele, porém, os exames não são conclusivos porque a radioterapia, terminada em 17 de fevereiro, ainda tem efeitos sobre o organismo do ex-presidente. Durante o tratamento, o ex-presidente manteve uma intensa agenda política. Só no hospital foram 34 encontros.

REDUÇÃO GRADUAL E SEGURA


Copom acelera ritmo de corte e juro cai para 9,75% ao ano, em um dígito

Maior parte dos economistas acreditava em corte menor: para 10% ao ano.
Segundo analistas, 'guerra cambial' e PIB fraco estimularam corte mais forte


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu nesta quarta-feira (7) e decidiu baixar a taxa básica de juros da economia brasileira de 10,5% ao ano para 9,75% ao ano, um corte de 0,75 ponto percentual. Trata-se da maior redução de juros desde junho de 2009.

Com a decisão, a autoridade monetária acelerou o processo de redução da taxa Selic,iniciado em agosto do ano passado. Desde aquele mês, os juros haviam recuado em quatro reuniões consecutivas, na intensidade de 0,5 ponto percentual por encontro. A redução desta semana foi a quinta seguida, baixando os juros ao menor patamar desde meados de 2010.
Sem unanimidade
A decisão, porém, não foi unânime. Cinco diretores votaram pelo corte de 0,75 ponto percentual, mas outros dois integrantes do Copom queriam uma redução menor, de 0,5 ponto percentual. Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p".

Expectativa do mercado
A definição do Banco Central, porém, surpreendeu a maior parte dos analistas do mercado financeiro, que acreditava, segundo pesquisa conduzida pela própria autoridade monetária, em um corte de 0,5 ponto percentual nesta quarta-feira, para 10% ao ano. Uma redução maior, para 9,75% ao ano, porém, já estava "precificada" (jargão financeiro) pelos bancos no mercado futuro. A aposta majoritária, no mercado de juros futuros, era de uma queda de 0,75 ponto percentual nesta semana.
Juro em um dígito
Com o corte promovido nesta quarta-feira, o juro básico da economia retornou ao patamar de um dígito (abaixo de 10% ao ano), que havia sido registrado entre junho de 2009 e o mesmo mês de 2010. A discussão sobre a capacidade de o Brasil ter uma taxa de juros abaixo de 10% ao ano, em linha com economias mais desenvolvidas, permeou o debate econômico no passado. A taxa, porém, foi atingida pela primeira vez somente em 2009, quando o BC afrouxou a política de juros para combater os efeitos da crise financeira. Em meados de 2010, porém, para conter a alta da inflação, os juros voltaram a subir para o patamar de dois dígitos. Recentemente, o Banco Central avaliou que havia "elevada probabilidade" à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito", mas não informou quando isso poderia acontecer. Segundo o Copom, ocorreram "mudanças estruturais significativas" na economia brasileira, que determinaram recuo nas taxas de juros em geral, e, em particular, na chamada "taxa neutra" (que teoricamente evitaria a inflação e, também, o desemprego).
Taxa real mais alta de 40 países
Mesmo acelerando o ritmo de corte dos juros e baixando-os para um patamar abaixo de 10% ao ano, a taxa de juros real brasileira (após o abatimento da inflação esperada para os próximos 12 meses) ainda é a mais alta de 40 países pesquisados - o que contribui para atrair capitais. Levantamento do economista Jason Vieira, da corretora Cruzeiro do Sul, em parceria com Thiago Davino, analista de mercado da Weisul Agrícola, mostra que os juros reais estão, atualmente, após o corte de 0,75 ponto percentual na Selic, em cerca de 4,2% ao ano, acima do segundo colocado (Rússia, com 3,4% ao ano). A taxa média de juros de 40 países pesquisados está negativa em 0,7% ao ano.
Crise financeira, guerra cambial e PIB fraco

De acordo com economistas, uma série de fatores possibilitou ao Banco Central prosseguir baixando os juros neste mês. A avaliação do mercado financeiro é de que a crise financeira internacional, que impacta para baixo o nível de atividade da economia brasileira e mundial, juntamente com o recuo dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional), tendem a gerar menos pressões inflacionárias no Brasil – possibilitando a continuidade dos cortes nos juros por parte do BC. Além disso, "guerra cambial" em curso, com a injeção de quase R$ 9 trilhões nos mercados financeiros por parte dos BCs dos países mais desenvolvidos (Estados Unidos e Europa principalmente) nos últimos três anos, o que foi apelidado de "tsunami monetário" pela presidente Dilma Rousseff, é um fator que pressionou o Banco Central brasileiro a acelerar o ritmo de corte dos juros. Somente na última semana, o Banco Central Europeu colocou no mercado US$ 712 bilhões em empréstimos de longo prazo. Em dezembro do ano passado, outros US$ 658 bilhões já tinham sido colocados em mercado. A explicação é que parte destes recursos buscaria as economias emergentes, como o Brasil, que possuem juros elevados (gerando retorno financeiro maior para os investidores) e ainda registram um crescimento econômico um pouco mais elevado. Com juros mais baixos, os economistas explicam que poderia haver um ingresso menor de recursos na economia brasileira e que, consequentemente, isso poderia aliviar a pressão pela queda do dólar – fator que barateia as importações e torna as vendas externas brasileiras mais caras, minando, assim, a competitividade da produção nacional. Outro indicador que também pressionou o Banco Central a intensificar o processo de redução dos juros, segundo analistas, foi o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. Mesmo com a inflação ficando em 6,50% no ano passado, no teto do sistema de metas, o crescimento da economia somou 2,7%. Se for excluído o ano de 2009, quando o PIB recuou 0,6% por conta da primeira etapa da crise financeira internacional, foi a menor expansão desde 2003 (+1,1% de crescimento).