segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SERÁ QUE AQUI NO RN TAMBÉM TEM ISSO?






Justiça bloqueia bens de envolvidos na 'Máfia da Merenda'

A ação faz parte das investigações conduzidas pelo MP em diversas cidades para apurar ilegalidades na licitação, contratação e execução de contratos para fornecimento de alimentos



ARAÇATUBA (SP) - A Justiça Estadual determinou nesta segunda-feira, 19, o bloqueio dos bens do prefeito de Marília (SP), Mário Bulgareli (PDT), e do ex-prefeito e deputado federal Abelardo Camarinha (PSB), acusados de receber propinas da empresa SP Alimentação e Serviços Ltda, no esquema conhecido como ''Máfia da Merenda''. A decisão, da juíza Daniele Mendes de Melo, da 3ª Vara Cível de Marília, atende pedido de liminar em ação civil pública ajuizada na última sexta-feira pelo Ministério Público. A juíza, porém, rejeitou o pedido de afastamento do prefeito Mário Bulgareli, feito pelos promotores. Segundo a juíza, a manutenção do prefeito no cargo não causa risco de dano irreparável à colheita de provas. Além de Bulgareli e Camarinha, também tiveram os bens bloqueados os secretários municipais Nelson Grancieri (Fazenda), que está preso, e Carlos Umberto Garrossino (Administração), a assessora parlamentar Marildes Lavigni da Silva Miosi, a empresa SP Alimentação e seus sócios, Eloizo Gomes Afonso Durães, Antonio Santos Sarahan, Olésio Magno de Carvalho e Silvio Marques. De acordo com a juíza a indisponibilidade vai até o valor de R$ 24,5 milhões, a fim de assegurar eventual ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos. A juíza também determinou a suspensão do contrato entre a Prefeitura de Marília e a SP Alimentação, responsável desde 2003 pelo fornecimento da merenda escolar a 23 mil estudantes da rede municipal de ensino. A juíza determinou à Prefeitura para suspender qualquer pagamento para a SP Alimentação até o julgamento da ação, sob pena de multa de R$ 800 mil em caso de descumprimento. A ação, que pede a condenação dos envolvidos por improbidade administrativa, faz parte das investigações conduzidas pelo MP em diversas cidades do Estado e em outras unidades da Federação para apurar ilegalidades na licitação, contratação de empresa e execução de contratos para fornecimento de alimentos para a merenda escolar. Em Marília, um inquérito foi aberto em 2003 para apurar improbidade administrativa cometida pelos agentes públicos, que foram acusados de receber dinheiro para manter contratos ou liberar pagamentos da merenda para a SP Alimentação.





Defesa. 
A assessoria do prefeito Bulgareli não retornou às ligações para comentar a decisão da Justiça. Já o deputado Camarinha disse que vai recorrer da decisão, afirmando que teve sua defesa cerceada. "Eu não era prefeito da época da investigação e estranhamente não fui ouvido ou prestei depoimento sobre essas acusações. Vou até ao Supremo Tribunal Federal (STF) se for preciso para me defender e provar que tive a defesa cerceada. Este caso me faz lembrar da Gestapo", disse.

NOTA DO BLOG: PARABÉNS A JUIZA PELO TRABALHO BEM FEITO, DOA A QUEM DOER. SE VIESSE PARA O RIO GRANDE, MUITOS "AIS" SERIAM OUVIDOS. PENA QUE SUA CIRCUNSCRIÇÃO NÃO NOS PERTENÇA. QUE SIRVA DE EXEMPLOS PARA O  MP E O PODER JUDICIÁRIO DO NOSSO ESTADO. QUE COMECEM A FISCALIZAR PARA VALER TODAS AS PREFEITURAS, AFINAL, QUEM NÃO DEVE, NÃO TEME. QUEM É HONESTO DE VERDADE, FAZ QUESTÃO DE FISCALIZAÇÃO. QUEM É CRISTÃO DE VERDADE NÃO TEME NINGUÉM NEM NADA. VOCÊ É HONESTO? VOCÊ É CRISTÃO?

A VERDADE DOI E MACHUCA NA OPOSIÇÃO BRASILEIRA


A incrível história do PM João Dias: o alvo é outro (*)


Com a repetição de denúncias contra ministros e a criação incessante de pequenos fatos jornalísticos em geral mal investigados, a grande mídia conservadora visa transformar o governo Dilma num grande escândalo político.


A substituição do ex-ministro do Esporte Orlando Silva, numa cerimônia na qual a presidente Dilma Rousseff fez grandes elogios a ele, a seu sucessor, Aldo Rebelo, e à legenda de ambos, o PCdoB, foi considerada, pelos maiores meios de comunicação do País, um escárnio, um desprezo à opinião pública. Jornais e revistas como O Estado de S. Paulo, O Globo, Veja, Época IstoÉ promoveram uma agressiva e eficiente campanha de denúncias contra Silva e seu partido e acham que falam de um Olimpo, acima do bem e do mal, em nome de todos, “da sociedade”, como se fatos extraordinários tivessem se arremessado sobre eles por imposição divina, para que denunciassem a gestão do ex-ministro e de seu partido no Ministério do Esporte. Mesmo os mais ingênuos sabem, no entanto, que não é assim. Os fatos não se impõem aos jornais por conta própria nem são selecionados por uma divindade superior, imune aos interesses dos mortais comuns. O jornalismo é parte da luta política. Os fatos são empurrados para a mídia por pessoas, que representam interesses – próprios, de grupos, de classes sociais. A campanha contra Silva foi deflagrada pelo PM João Dias Ferreira, que chegou a ser candidato a deputado distrital pelo PCdoB em 2006 e de quem o Ministério do Esporte cobrava cerca de 4 milhões de reais.


Ferreira estava ameaçado de perder todos os bens, em função de ação iniciada pelo ministério e levada adiante pela Justiça federal, que o acusava de ter desviado aquele montante para benefício próprio, pela manipulação, com notas “frias”, das contas de um convênio com o ministério. O ataque a Silva foi combinado também com uma ofensiva contra o governador do Distrito Federal (DF), o ex-ministro do Esporte e também ex-militante do PCdoB Agnelo Queiroz. Nessa parte da campanha foram usadas pessoas que compunham o grupo do PM, mas se voltaram contra ele depois de terem sido cooptadas pela Polícia Civil do governo do DF em 2010. E até as crianças menos ingênuas da capital federal sabem que as forças derrotadas por Queiroz na campanha do ano passado estão vivas na política do DF e interessadas em desestabilizá-lo.

Tanto o PM Ferreira quanto seus dissidentes acharam na grande mídia conservadora aliados essenciais. A história de Ferreira foi divulgada pelo semanário Veja e pelo diário O Estado de S. Paulo. Veja divulgou o depoimento do PM na sua edição que começa a circular nacionalmente no sábado sem investigar praticamente nada da história e sem efetivamente dar ao ministro acusado o direito de defesa – pois o conteúdo mais preciso da acusação, como disse a Retrado do Brasil o secretário-executivo do ministério, Waldemar de Souza, só foi recebido no final da tarde da sexta-feira anterior. Mesmo assim a revista apoiou a acusação com vastas considerações editoriais.

O jornal paulista, em editorial, já na segunda-feira seguinte, 17 de outubro, após Veja estar em todo o País com a entrevista do PM afirmando ter Silva recebido na garagem do ministério 1 milhão de reais de dinheiro ilícito, disse claramente que a presidente Dilma deveria demitir o ministro do Esporte, mesmo sem essas acusações estarem minimamente documentadas. Como fizera uma campanha de denúncias contra o ministério no início do ano, também sem provar nada, talvez o grande diário conservador se julgasse no direito de exigir a demissão de um ministro apenas porque o denunciava.

A campanha contra Queiroz foi liderada pela IstoÉ, com um artigo de capa no qual a semanal pretendeu revelar “com detalhes como o atual governador de Brasília teria montado um propinoduto para desviar dinheiro público no Ministério do Esporte”. O material básico com o qual IstoÉ trabalhou é, no fundo, o mesmo de Veja. Foi produzido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) no final do primeiro semestre de 2010, num inquérito estranho que investigava desvio de verbas federais – que é da competência da Polícia Federal (PF) e não da Polícia Civil. Já se vivia, então, a plena campanha eleitoral, a qual disputaram, de um lado, Queiroz, e, de outro, Weslian Roriz, a mulher de Joaquim Roriz, o grande político do DF, cuja candidatura fora vetada pela Justiça. Ferreira e mais cinco pessoas ligadas a ele foram presas em abril daquele ano. Duas pessoas que aparentemente participavam do esquema de manipulação de verbas de convênios com notas “frias”, Geraldo Andrade e Michael Silva, foram cooptadas pela PC-DF e depuseram a favor de Weslian, no programa eleitoral de TV, algum tempo depois. Esses mesmos depoimentos foram usados agora contra o governador Queiroz, e gravações de conversas de Ferreira daquela época, apreendidas em sua casa pela PC-DF, foram usadas, agora, por IstoÉ Veja, contra Queiroz e Silva.

Não se deve acreditar que a grande mídia conservadora aja assim por acaso e, tampouco, que faça isso por participar de uma grande conspiração, inventando fatos do nada para infernizar um governo de serafins e querubins. A grande mídia tem um método, é o denuncismo. Fez com Silva exatamente o que fez em 2005, logo após as denúncias do então deputado do PTB Roberto Jefferson, que apontou o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, como o chefe da operação conduzida pelo tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, e pelo publicitário mineiro Marcos Valério. O esperto presidente da sigla trabalhista tinha criado, para usar o jargão do jornalismo, a “retranca” do “mensalão”. O Estadão, por exemplo, foi, também o primeiro a dizer, em editorial, que Dirceu era o chefe do mensalão. Foi ainda peça destacada da grande mídia na campanha de denúncias que levou tanto à demissão, a pedido, quanto à cassação, pelo Congresso, do deputado Dirceu, sem que, até agora, tenham sido apresentadas outras provas concretas – além da palavra de Jefferson – de que ele comandava o tal esquema. No caso da demissão do ministro do Esporte, o jornal criou uma retranca chamada de “esporteduto” sob a qual, além de trabalhar pela demissão de Silva, procurou desmoralizar os comunistas do PCdoB. 

A grande mídia não constrói seu ponto de vista do nada a partir de um amontoado de mentiras. Jornais e revistas são editados com propósito, segundo regras, por um corpo de grandes editores nomeados pelos patrões. E todos têm dezenas de jornalistas e profissionais que todo dia acrescentam ao tema no qual estão focados miríades de informações. Dito de outra forma: a avalanche de informações que divulgam, de modo geral, não é falsa por ser um conjunto de pequenas mentiras; ela induz o leitor ao erro contando pequenas verdades, indo em busca apenas de coisas que são do interesse dos patronos dos editores. Fazendo uma avaliação muito ampla, pode-se dizer que há verdades parciais, “malfeitos” para usar a expressão da presidente Dilma, em todas as matérias de denúncias publicadas pelos grandes veículos citados. 

Ter posição também não é um mal em si. Todos os jornais são assim, sejam de direita, de esquerda ou de centro: de um modo ou de outro têm um “partido”, uma posição. O exemplo do Estadão ajuda a entender o problema político de pretender, como se diz, regular a mídia. O diário paulista é um dos melhores jornais da grande mídia brasileira. Tem um grande número de repórteres e correspondentes e outros recursos para acompanhamento razoável dos fatos mais relevantes do Brasil e do mundo. Tem opiniões claras, bem escritas, o que permite saber com relativa precisão as posições de seus donos em relação a esses assuntos. Além do mais, é um jornal corajoso, militante. É, e sempre foi, um jornal liberal, no sentido de ser amplamente favorável à abertura das fronteiras econômicas do Brasil ao capital estrangeiro.

Do ponto de vista político, fundado em 1875, apoiou a República e, logo depois, a candidatura de Getúlio Vargas pela Aliança Liberal, o movimento liderado pelos “tenentes” que representavam a vanguarda do movimento antioligárquico no País nos anos 1920. Posteriormente, colocou-se na vanguarda do movimento conservador que, em 1932, organizou a rebelião armada contra Vargas em São Paulo e, em, 1964, apoiou o golpe que depôs o presidente João Goulart, herdeiro de Vargas, e instalou no País a ditadura militar que governou o Brasil por duas décadas, até 1984. Mesmo assim, a partir de 1968, quando o regime assumiu posições claramente fascistas, o Estadão divergiu do rumo tomado pelos militares – e viveu, orgulhosamente, sob censura prévia até o começo de 1975.

Estadão, agora, é um dos campeões na defesa da “faxina” que a presidente Dilma estaria fazendo no governo. A suposta faxina, no entanto, decorre desse rol de pequenas denúncias em geral mal investigadas. O significado político delas parece claro. Tenta-se criar um fosso entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e o de Dilma, a sucessora que Lula escolheu. Tenta-se mostrar que o dela é sério e que o de Lula não o foi, com um propósito aparente de exorcizar o passado. Algo nos termos do que disse, na página de editoriais do Estadão, o ex-deputado e ex-secretário de Estado João Mellão Neto, em artigo intitulado, sugestivamente, “Vade retro, Luiz!”.

Mellão diz que Lula “logrou eleger a sua sucessora, mas deixou para ela uma pesada herança. De modo interesseiro, para criar um contraponto com Lula, o grande jornal conservador está sugerindo que Dilma deveria ser, por exemplo, como o ex-presidente Jânio Quadros, um herói de campanhas de “faxina” no poder, que os conservadores – como o Estadão – apoiaram nas vésperas do golpe militar de 1964 e que imaginavam ser a salvação da pátria. Estadão, Veja, O Globo etc. querem criar um fosso entre Lula e Dilma para enfraquecê-la, obviamente, e não para apoiá-la numa reeleição em 2014. E querem, desde já, minar uma candidatura Lula em 2014, coisa que não é improvável.




Quem é o cacique. Ela? Ele? Ou o jornal?

O diário da família Marinho, O Globo, foi participante ativo da campanha de denúncias contra o ex-ministro Orlando Silva. Um exemplo das técnicas dessa campanha é o tratamento dado pelo diário a uma intervenção do ex-presidente Lula na história. No sábado, 22 de outubro, a manchete do jornal foi “Lula manda PCdoB resistir e Dilma mantém ministro”, apoiada em declarações de líderes do PCdoB que narraram ao jornal o apoio que o ex-presidente estaria dando à resistência do ministro e do partido à demissão. Na terça, no entanto, nas matérias que fez da viagem da presidente para inaugurar a ponte Rio Negro, um empreendimento iniciado no governo Lula, O Globo procurou dizer que Dilma teria convencido o ex-presidente de que era preciso demitir Silva. O contexto era o seguinte: Lula iria ao México para receber uma premiação; Gilberto Carvalho, seu ex-chefe de gabinete e ministro de Dilma, convidou Lula para ir de Brasília a Manaus com ela, para tratar da situação. De lá, Lula seguiu sua viagem. No trecho Brasília–Manaus, a presidente e o ex trataram do caso PCdoB–Silva. E Lula teria mudado de opinião. De onde vieram as informações sobre o que Dilma teria dito? Não vieram nem de Dilma nem de Lula. Saíram, segundo texto deO Globo publicado no dia 26, de “interlocutores que estavam em Manaus”, do “relato de presentes”, de “um integrante da comitiva presidencial”, de “relatos”. O jornal não cita as fontes por conta própria ou porque elas pediram para não ser citadas. Essas fontes não existem? O jornal mente nesse detalhe? Quase certamente, não. Possivelmente, estava acobertando fontes que eram contra o ministro e o PCdoB e não queriam aparecer. O jornal não deu destaque aos que tinham interesse contrário e que usaram declarações de Lula e Dilma em Manaus em defesa de Silva, também possivelmente verdadeiras. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), por exemplo, afirmou a O Globo que a presidente lhe disse em Manaus que “gostou muito da conversa com Orlando”, que tivera pouco tempo antes, e que o ministro “lhe pareceu muito firme”. Mas a manchete de O Globo foi outra, de sentido contrário. Resumo: o jornal usa as informações que obtém, possivelmente verdadeiras, para construir um contexto do qual omite ou minimiza aquilo que não lhe interessa. Ou ainda: que cacique queria demitir Silva? Dilma? Lula? Ou O Globo?

A UNIÃO FAZ A FORÇA


Ministra Tereza Campello esteve em Sergipe onde o programa Brasil Sem Miséria já funciona em parcerias.


Inclusão social e geração de renda são os pilares do plano Sergipe Mais Justo, lançado na na semana passada pelo governador Marcelo Déda. Na companhia da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, Déda anunciou o investimento de mais de R$ 500 milhões – de recursos federais e estaduais – em programas de saúde, educação, habitação, agricultura, acesso à água, meio ambiente, inclusão social, trabalho, cultura, esporte e lazer, turismo e desenvolvimento econômico. Alinhado à estratégia federal traçada no plano Brasil Sem Miséria, o Sergipe Mais Justo fortalece as políticas públicas de inclusão produtiva e geração de renda para beneficiar, prioritariamente, os 311 mil sergipanos que vivem em situação de extrema pobreza. “A nossa meta é inserir no mercado de trabalho as famílias, que hoje vivem em situação de extrema pobreza. Transformar essas pessoas em cidadãos, que buscam com sua força de trabalho sua cidadania e seu sustento. Hoje, damos o primeiro passo de adesão ao programa federal Brasil Sem Miséria. O prazo do Brasil é acabar a pobreza até 2014. Nosso prazo é até 2016. Não podemos conviver com a miséria, com a pobreza extrema que nega a dignidade do ser humano”, disse o governador. Assim como o plano federal, o plano “Sergipe Mais Justo” está baseado em três eixos estratégicos: a transferência de renda, a inclusão produtiva e o acesso a serviços públicos. As ações incluirão os seguintes pontos: documentação; energia elétrica; segurança alimentar e nutricional com a construção de cozinhas comunitárias; ampliação da rede de abastecimento de água; rede cegonha; tratamento dentário; exames de vista; assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas); regularização fundiária; fomento de pequenos agronegócios; construção de centros esportivos entre outros. A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello, afirmou que Sergipe pode ser o primeiro estado do país a erradicar a pobreza. “Temos um bom diálogo com o governo estadual e acreditamos que Sergipe pode ser um dos pioneiros na erradicação de pobreza no Brasil. A ideia é que a gente trabalhe tanto no campo, quanto na cidade para combater a pobreza. São várias ações que envolvem capacitação profissional, assistência técnica no campo, distribuição de sementes, ampliação dos programas de transferência de renda, como a Bolsa Família. Ações custeadas por recursos do governo federal e estadual. Estamos trabalhando com a ampliação de alguns programas”, explanou. Ao explicar o plano Sergipe Mais Justo, Marcelo Déda detalhou as regiões sergipanas que concentram os maiores índices de pobreza, como a região do Baixo São Francisco e do Alto Sertão. “Para conseguir aplicar a política de ampliação de acesso às oportunidades de renda e de acesso aos serviços públicos, precisamos conhecer nossa realidade. O mapa da pobreza de Sergipe mostra que a região do Alto Sertão concentra o maior número de famílias em situação de extrema pobreza. Os índices sergipanos repetem os dados nacionais: a pobreza extrema está concentrada mais na área rural; metade da população tem menos de 18 anos e entre essas pessoas o analfabetismo atinge um terço delas. Queremos adotar políticas que acelerem o desenvolvimento social e diminuam a pobreza”, informou. “A grande inovação do programa é a busca ativa, ou seja, o Estado e as prefeituras assumem o compromisso de irem atrás das pessoas para resolver seus problemas e ultrapassarem os limites da extrema pobreza. Por isso, a atuação das prefeituras é fundamental já que dispõem do cadastro único das rendas das famílias”, ressaltou.

Índices


Conforme a metodologia utilizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, são consideradas em situação de extrema pobreza as pessoas que residem em domicílios cujos rendimentos não ultrapassam R$ 70 per capita. O levantamento realizado pelo Governo Federal com base nesse recorte financeiro a partir dos dados preliminares do Censo Demográfico 2010, do IBGE, aponta que 8,6% da população brasileira está em situação de extrema pobreza. Em Sergipe, cerca de 310 mil pessoas situam-se na linha de extrema pobreza, o que representa 15,7% da população sergipana. Desse quantitativo, metade está na área rural. Boa parte dos que vivem no campo no recorte da extrema pobreza são assentados ou pequenos produtores que já possuem terra e que, através de estratégias para fomento da produtividade, poderão ampliar sua renda. Uma das ações de incentivo à agricultura é a regularização fundiária, cujo investimento chega a R$3,7 milhões. “Vamos regularizar 20 mil imóveis no sertão sergipano, viabilizando o crédito fundiário. Além disso, vamos investir R$ 8,45 milhões em programas de incentivo de pequenas agroindústrias. Na área de habitação, temos R$ 32 milhões de recursos próprios para erradicar as casas de taipa e, através do programa ‘Pró-Moradia’, vamos construir 1.740 imóveis em Aracaju, Nossa Senhora de Socorro e Barra dos Coqueiros”, disse Déda. As áreas de esporte, cultura e educação também receberão investimentos estaduais e federais. Marcelo Déda anunciou a construção de dois centros esportivos, no valor de R$ 4 milhões, nos bairros Santa Maria e Industrial, em Aracaju. “Os centros esportivos são obras que irão beneficiar cerca de duas mil crianças. As políticas públicas militam a favor da redução das desigualdades e da redução da concentração de renda. Para isso, investimentos em cultura e educação são imprescindíveis. Estamos investindo R$ 3 milhões na Orquestra Jovem de Sergipe, beneficiando 280 jovens músicos. Na área de educação, vamos ampliar a jornada escolar em 16 escolas, situadas nos municípios mais pobres de Sergipe, com o objetivo de erradicar o analfabetismo. Serão mais de R$16 milhões revertidos no combate ao analfabetismo”, destacou. O prefeito de Poço Verde, Tonho de Dorinha, acompanhou com entusiasmo a assinatura do Programa. “É um programa que abrange várias áreas. Estamos juntos com as secretarias buscando melhorias para a população. Nossas expectativas são positivas”, disse. “Nosso município fica em uma região de extrema pobreza, no Baixo São Francisco, com um alto índice de desemprego e de sub-moradias. Nossa expectativa é a melhor possível. O programa mostra um planejamento, uma organização do Governo Federal e do Governo de Sergipe e esperamos que tudo que foi mostrado hoje dizime a pobreza do nosso estado”, pontuou o prefeito de Neópolis, Marcelo Guedes. Durante a solenidade, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, lançou o plano ‘Aracaju Sem Miséria’, que irá beneficiar 18.716 famílias. “Atualmente, 34 mil famílias aracajuanas recebem o Bolsa Família. Nosso trabalho de inclusão social inclui a capacitação profissional e, este ano, já capacitamos mais de quatro mil pessoas. A ação do ‘Aracaju Sem Miséria’ se concentrará nos bairros que registram o maior número de famílias em extrema pobreza, que são os bairros Santa Maria, Olaria, Santos Dumont, Coqueiral, bairro América, bairro Industrial, Bugio e Cidade Nova”, disse.

Presenças

Estiveram presentes o vice-governador Jackson Barreto; os secretários de Estado da Fazenda, João Andrade; da Casa Civil, Jorge Alberto; de Planejamento, Orçamento e Gestão, Oliveira Júnior; de Segurança Pública, João Eloy; de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Genival Nunes; de Justiça, Benedito Figueiredo; de Turismo, Elber Batalha; de Agricultura, José Sobral; de Cultura, Eloísa Galdino; de Comunicação, Carlos Cauê; os deputados federais, Rogério Carvalho, Márcio Macedo e Valadares Filho; a deputada estadual Angélica Guimarães; a procuradora de Justiça, Ana Cristina Souza Brandi; os prefeitos de Barra dos Coqueiros, Gilson Andrade; de Laranjeiras, Ione Sobral; de Nossa Senhora de Socorro, Fábio Henrique e de Cumbe, Teresinha Moura.

O NOME DISSO É TRABALHO COM PARCERIAS

ISSO É TRABALHO, OPOSIÇÃO BRASILEIRA!

Hemobrás inaugura primeira etapa em Goiana, PE



A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) inaugurou hoje a primeira etapa de sua fábrica em Goiana, Pernambuco, a 63 quilômetros da capital, Recife. Essa fase tem como prédio principal o bloco B-01, que abriga uma câmara fria a -35°C. O edifício, que tem uma altura equivalente a um prédio de seis andares, é destinado à recepção, triagem e armazenamento do plasma, matéria prima dos medicamentos derivados do sangue. A previsão é que o plasma coletado nos hemocentros do país comece a ser estocado na câmara fria a partir de julho de 2012. Até lá, a área estará passando por um processo de acondicionamento para chegar a -35°C, qualificação do maquinário, inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e validação dos procedimentos industriais. A fábrica da Hemobrás está orçada em R$ 670 milhões. Quando estiver em plena operação, em 2014, vai produzir albumina, imunoglobulina, fatores de coagulação VIII e IX, complexo protombínico e fator de von Willebrand, medicamentos essenciais a portadores de doenças como hemofilia, câncer, aids, imunodeficiências primárias, entre outras. Hoje, esses medicamentos são fabricados pelo Laboratório Francês de Biotecnologia (LFB) e enviados ao Brasil para distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, em breve o Brasil será autossuficiente em hemoderivados.


OAB ESTÁ COM O POVO, A VERDADE E A JUSTIÇA


Limitar CNJ retira controle sobre juízes, diz presidente da OAB

Decisão esvaziou poderes do órgão para punir e investigar magistrados.
'CNJ existe para fortalecer a Justiça brasileira', disse Ophir Cavalcante.


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasíl, Ophir Cavalcante, criticou nesta segunda-feira (19), por meio de nota, a decisão liminar (provisória) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello que esvaziou os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de fiscalizar juízes. O ministro entendeu que o conselho não pode atuar antes das corregedorias dos tribunais. Para ele, a competência de investigação do CNJ é subsidiária, ou seja, deve apenas complementar o trabalho das corregedorias dos tribunais. "[Essa decisão] não pode permanecer porque retira da sociedade o controle que ela passou a ter sobre a magistratura, não no tocante ao mérito em si de suas decisões, mas no que se refere ao comportamento ético dos juízes. O CNJ existe para fortalecer a Justiça brasileira e não para diminuí-la", disse o presidente da OAB. A atuação do CNJ foi contestada em ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que pediu liminar para suspender pontos da resolução do conselho que disciplina os processos contra juízes. Diante do tema polêmico, o ministro preferiu não decidir liminarmente e levar o assunto a plenário. A ação foi liberada para julgamento no dia 5 de setembro deste ano, entrou na pauta por 13 vezes, mas não foi julgada. O presidente da OAB afirmou que a entidade, que é parte na ação, vai se pronunciar contra a decisão do ministro do STF. Até agora, a corregedoria do CNJ funcionava de maneira concorrente aos tribunais, tendo capacidade de abrir investigações contra magistrados e puxar para si casos que tramitavam nos estados. Essa iniciativa, para Marco Aurélio, pode ser mantida sem ferir a Constituição, desde que haja uma justificativa, como prescrição e negligência na condução do processo.

NOTA DO BLOG: É UMA VERGONHA  A DECISÃO DO MINISTRO QUE TEM QUE SER DEBATIDA, DISCUTIDA E PRESSIONADA EM FAVOR NOVAMENTE DO CNJ. VOCÊ PODE AJUDAR. ENVIE EMAILS, ENTRE NAS REDES SOCIAIS E ATUE COMO CIDADÃO. AS FORÇAS OCULTAS SAIRAM DA CAVERNA ADORMECIDA.

RETROCESSO VERGONHOSO


Em decisão liminar, ministro do STF esvazia poderes do CNJ


Em decisão liminar nesta segunda-feira (19), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello suspendeu o poder "originário" de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra magistrados, determinando que o órgão só pode atuar após as corregedorias locais. A liminar concedida pelo ministro deve ser levada a plenário na primeira sessão do ano que vem, no início de fevereiro, para que seus colegas avaliem o tema. Até lá, no entanto, as funções da corregedoria do CNJ estarão esvaziadas. Ficarão prejudicadas aquelas investigações que tiveram início diretamente no conselho, antes que tenham sido analisadas nas corregedorias dos tribunais onde os juízes investigados atuam. Como está previsto na Constituição, o CNJ pode ainda avocar [determinar a subida de] processos em curso nas corregedorias, desde que comprovadamente parados. O ministro afirmou que o conselho deve se limitar à chamada "atuação subsidiária". m outras palavras, o que não pode é iniciar uma investigação do zero, fato permitido em resolução do CNJ, editada em julho deste ano, padronizando a forma como o conselho investiga, mas que foi questionada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). "A solução de eventual controvérsia entre as atribuições do Conselho e as dos tribunais não ocorre com a simples prevalência do primeiro, na medida em que a competência do segundo também é prevista na Constituição da República", diz o ministro em sua decisão. "A atuação legítima, contudo, exige a observância da autonomia político-administrativa dos tribunais, enquanto instituições dotadas de capacidade autoadministrativa e disciplinar." Foi exatamente este assunto que colocou em lados opostos o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, e sua corregedora, Eliana Calmon. O primeiro defendia exatamente a função subsidiária do conselho, enquanto a última afirmava ser fundamental a atuação "concorrente" e "originária". Calmon chegou a dizer que o esvaziamento dos poderes do CNJ abriria espaço para os chamados "bandidos de toga". A ação da AMB está na pauta do STF desde o início de setembro, mas os ministros preferiram não analisar o tema, exatamente por conta desta polêmica. Como a última sessão do ano aconteceu durante a manhã e os ministros só voltam a se reunir em fevereiro, Marco Aurélio decidiu analisar sozinho uma série de pedidos feitos pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). Além desta questão, o ministro também suspendeu mais de dez outras normas presentes na resolução do CNJ em questão. Entre elas, uma que permite a utilização de outra lei, mais dura que a Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), para punir magistrados acusados de abuso de autoridade. Outra regra, que também foi suspensa, dava direito a voto ao presidente e ao corregedor do CNJ.

NOTA DO BLOG: VOCÊ É UM JUIZ E OUTRO JUIZ TRABALHA COM VOCÊ NA MESMA INSTITUIÇÃO. REUNEM-SE, DISCUTEM, ENCONTRAM SOLUÇÕES, JULGAM, TÊM O MESMO OFÍCIO. TODOS OS DIAS ESTÃO JUNTOS. RESPIRAM O MESMO AR JURÍDICO. LOGO, A TENDÊNCIA É DE QUE SE TORNEM AMIGOS. SÓ QUE ESSE SEU AMIGO JUIZ, COLEGA DE TRABALHO, COMETE UM ERRO DE CORRUPÇÃO. VOCÊ ACHA QUE CONSEGUIRIA JULGAR O SEU AMIGO DE TODOS OS DIAS? SEU CORAÇÃO BATERIA POR ELE? VOCÊ SERIA ISENTO 100%? POR EXATAMENTE PELA QUESTÃO DO CORPORATIVISMO É QUE A CORREGEDORIA DO CNJ ESTAVA FAZENDO UM TRABALHO EXCELENTE COM A BRILHANTE ELIANA CALMON. MAS, FORÇAS OCULTAS, SURGEM COM UM PODER INDESCRITÍVEL E CONSEGUE SE INSERIR NO STF PARA IMPEDIR QUE JUIZES SEJAM PRESOS. VOCÊ CONHECE ALGUM? A CORRUPÇÃO NO JUDICIÁRIO É ASSUSTADORA. DEMOCRACIA CAPENGA ESSA NOSSA E FISCALIZAÇÃO FAZ-DE-CONTA. EVOLUI, MEU BRASIL.

ESTÁ CALADA POR QUE, MÍDIA CANALHA?


O ruído virtual do silêncio

Em apenas quatro dias, a primeira edição estava esgotada, com 30 mil exemplares vendidos. As primeiras 15 mil cópias de A Privataria Tucana, livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., desapareceram em menos de 24 horas das principais livrarias do País, um sucesso inegável. O êxito editorial é um reconhecimento do esforço de apuração do repórter, que passou mais de dez anos investigando as maracutaias das privatizações na era Fernando Henrique Cardoso. “Mas se esta mesma obra tivesse sido lançada dez ou 15 anos atrás, ela poderia ter amargado um fracasso de vendas”, especula o jornalista e sociólogo Venício Artur de Lima, professor aposentado da Universidade de Brasília. “A chamada grande mídia ignorou solenemente as denúncias do livro e, não fosse pela repercussão na internet, em blogs e redes sociais, dificilmente teria entrado para o debate público como ocorreu.”

O que a velha mídia tentou calar virou um estrondoso debate em blogs e redes sociais. Acabou o monopólio da pauta. Foto: Paulo Pinto/AE













A omissão dos principais veículos de comunicação revelou, sobretudo, a seletividade da mídia tradicional na cobertura dos escândalos políticos. As exceções, como de hábito, foram raras. A revista carta capital antecipou aos leitores, em reportagem de capa com 12 páginas, as principais denúncias feitas por Ribeiro Jr., fartamente documentadas no livro, além de -divulgar com exclusividade trechos da obra. A TV Record, que emprega o repórter-autor, também dedicou parte significativa do seu noticiário ao tema, assim como a revista eletrônica Terra Magazine, editada por Bob Fernandes. Ficou por aí. Enquanto os principais jornais e telejornais se calavam, quem cuidou de manter o debate aceso foram os internautas, tanto em textos publicados em blogs,como nos incalculáveis comentários que se alastraram pelo Facebook, Twitter e outras redes sociais. Diante da dificuldade de encontrar o livro nas prateleiras das livrarias, multiplicaram-se os boatos sobre um possível boicote. E também versões -digitalizadas da obra na web. “Muita gente baixou cópias. O livro impresso deve chegar ao Acre (se chegar) em 2012”, tuitou o jornalista acriano Altino Machado. O silêncio dos jornalões impressionou até mesmo profissionais calejados, acostumados a combater o jogo rasteiro da mídia tradicional. “Sete ministros da presidenta Dilma já caíram, sempre em razão de denúncias de corrupção ou de tráfico de influência. Em todos os casos, a mídia cumpriu o seu papel. Investigou e mancheteou. Impiedosamente. A oposição botou a boca no trombone,comolhe cabe fazer. Mas, desde sexta-feira 9, o que se ouve é um estrondoso silêncio”, criticou Fernandes no Jornal da Gazeta, três dias após o lançamento do livro. “Alguém invocou a credibilidade do Sombra, aquele que recebia e pagava (propina) e que levou à queda do governador José Roberto Arruda (do Distrito Federal)? Ou dos motivos que levaram Roberto Jefferson a denunciar o mensalão? E o policial João Dias, que recebia dinheiro,comoconfessou há pouco, mas levou à queda do ministro do Esporte, Orlando Silva?”, indagou. “Os citados no livro A Privataria Tucana seguem em profundo silêncio. A mídia, sempre pronta a investigar e manchetear,comoé de seu ofício, também segueem silêncio. Umsilêncio estrondoso. Se continuar assim, um silêncio revelador.” Entrincheirado em seu blog, o jornalista econômico Luis Nassif foi um dos primeiros a repercutirem a última reportagem de capa de Carta Capital e esmiuçar as denúncias do livro, ao lado de Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim e Rodrigo Vianna. “Ao juntar todas as peças do quebra-cabeça e acrescentar documentos relevantes, Amaury escancara a história recente do País. Fica claro por que os jornais embarcaram de cabeça na defesa de Daniel Dantas, Gilmar Mendes e outros personagens que os indispuseram com seus próprios leitores”, escreveu. Na avaliação de Nassif, a mídia firmou um grande pacto com Serra em 2005, com duplo objetivo: um, não alcançado, de ajudá-lo a se tornar presidente da República; o outro, levado a cabo, foi a blindagem contra qualquer tipo de denúncia. “Foi um comprometimento tão amplo, orgânico, que agora a velha mídia não repercute mais nada que deponha contra Serra. De um modo geral, a imprensa brasileira sempre teve uma cobertura partidarizada, mas havia um espaço mínimo de debate. Um colunista podia, eventualmente, discordar da linha editorial do jornal. Havia mais sensibilidade para oferecer informações de interesse do leitor. Goste ou não do livro do Amaury, não se pode ignorá-lo. Deve ser debatido nem que seja para rebater o que está escrito lá. Isso expôs os próprios jornalistas da mídia tradicional ao ridí-culo. Quem tem perfil em redes sociais está sendo cobrado pelos leitores.” De fato, sobram exemplos de jornalistas constrangidos na web. No Twitter, por exemplo, diversos colunistas e analistas políticos perderam a esportiva quando indagados por internautas sobre o seu silêncio em relação às denúncias. Lúcia Hippolito, comentarista da Rádio CBN, justificou que ainda não havia tido tempo para ler o livro e disparou contra um seguidor do seu microblog: “Por favor, não gosto de ser pautada. Não gostava na ditadura, não vou aceitar na democracia. Vou ler o livro com atenção e comentar”. Ricardo Noblat, colunista do jornal O Globo, afirmou que comprou um exemplar, mas o lê “sem pressa”. Cobrado por leitores, fugiu pela tangente: “Lula disse mais de uma vez que a grande imprensa não forma opinião. Não é levadaem conta. Portanto, o livro do Amaury não precisa de resenhas na grande imprensa para vender bem. As redes sociais se encarregarão disso. Não é?” Também Dora Kramer, colunista do Estado- de S. Paulo, viu-se numa saia justa diante das cobranças na internet: “Se a ‘mídia golpista’ não tem a menor importância, por que querem tanto que a imprensa comente o livro?” A jornalista perguntou e ela própria sabe qual é a resposta. Na avaliação de VenícioLima, esse tipo de embate deve se intensificar ainda mais, conforme a internet é popularizada no Brasil. “A verdade é que a mídia perdeu o monopólio para ditar a pauta do debate público. Novas fontes de informação política surgiram na web, com a possibilidade de interação com os leitores, e essas fontes são consultadas. Independentemente da vontade da grande mídia, o tema tem sido debatido intensamente nos últimos dias, o que forçou alguns jornais, como a Folha de S.Paulo e o Estadão, a se pronunciarem, ainda que timidamente, numa tentativa de desqualificar o autor do livro”, afirma. “Eles sabem que precisam entrar nesse debate, porque o que está em jogo é a credibilidade deles. Não dá para continuar atuandocomoum partido político, atacando os rivais e protegendo os amigos, porque esse tipo de postura é denunciado na internet. Não é à toa que há muito tempo eles perdem leitores e audiência.” Para o jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador do Domingo Espetacular, da TV Record, e editor do site Conversa Afiada, o fenômeno pode ser comparado à Primavera Árabe. Apenas a sua página na internet viu a audiência crescer 20% desde o lançamento do livro de Amaury, passando de 42 mil acessos diários para mais de 52 mil. “A internet ajudou a desmascarar Serra e a imprensa golpista, que está se enterrando agarrada às entranhas do nosso Mubarak. Digo isso porque o Serra está com a mesma saúde política do Mubarak. As farsas do tucano durante a campanha de 2010,comoo espetáculo da bolinha de papel, foram desmascaradas na web. A mídia sempre deu respaldo às calhordices dele, e agora perdeu a credibilidade.” Amorim foi um dos primeiros a revelarem que Ribeiro Jr. preparava um livro contundente sobre as maracutaias das privatizações. Quando ficou sabendo da disputa interna na cúpula da campanha de Dilma, entre os grupos de Rui Falcão e de Fernando Pimentel, procurou Amaury para perguntar sobre o suposto dossiê que preparava contra Serra. “Ele negou a existência de um dossiê, mas confirmou que estava escrevendo um livro sobre as privatizações. Na época, cheguei a publicar um prefácio da obra, que nem chegou a ser aproveitado na versão final, mas que resumia as denúncias. Desde então, passei a ser alvo de intensos ataques. Não faltou quem dissesse que o livro não existia, era uma peça de ficção, mas eu voltei a conversar com ele diversas vezes e ele me mostrava documentos, provas do que dizia e às vezes deixava eu ler um capítulo concluído”, afirma. “Pois bem, não era ficção. O livro está aí. E a mídia se recusa a falar sobre ele, até porque não sabecomorebater as -acusações. Essa é a pior imprensa de todas as novas democracias. E sempre foi assim, covarde, partidária. É a mesma imprensa caluniosa do tiro no peito de Getúlio Vargas, o boletim interno da Casa Grande.” Na avaliação do jornalista Rodrigo Vianna, que mantém o blog O Escrevinhador, “o livro fatalmente ficaria restrito aos poucos veículos de comunicação mais críticos se os internautas não fizessem barulho na web”. A audiência em seu blog cresceu de 20% a 30% após noticiar o caso, um crescimento semelhante ao do site de CartaCapital. Em ambas as páginas, os textos relacionados à “privataria tucana” foram recordistas de comentários. “É evidente que a grande mídia tem um peso muito forte para mobilizar a opinião pública. Consegue derrubar ministros e motivar investigações oficiais com facilidade, mas ela não detém mais o monopólio da agenda pública. Não consegue mais esconder um tema como esse. -Carta Capital chegou às bancas na sexta-feira 9 e em menos de 12 horas o Brasil inteiro discutia a sua matéria de capa e o livro do Amaury. Quem tem acesso à internet não ficou sem informação. Já os leitores da velha mídia não tiveram a mesma sorte. Essa omissão pode sair caro.”


NOTA DO BLOG: CADÊ A VALENTIA DE ÁLVARO? ONDE ESTÁ O PARTIDO DA FISCALIZAÇÃO? DAS DENÚNCIAS E DA SEDE DE INVESTIGAR OS ERROS? CADÊ A MORAL, CANALHAS? O BRASIL E O MUNDO NUNCA MAIS SERÃO OS MESMOS DEPOIS DA POPULARIZAÇÃO DA INTERNET E DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. É POR ESSAS E OUTRAS QUE SÃO CONTRA A REGULAMENTAÇÃO DAS MÍDIAS. LOGO SE ESCONDEM DIZENDO QUE É O PT QUERENDO CASTRAR A INFORMAÇÃO. MAS SERÁ QUE NÃO SERIA O CONTRÁRIO? SERÁ QUE NÃO ESTÁVAMOS CASTRADOS? ACM E A GLOBO-BAHIA, GARIGALDI E FAMÍLIA COM A GLOBO RN, AGRIPINO E A RECORD RN, MICARLA E SEU FALECIDO PAI COM O SBT RN, E TAMBÉM NO CEARÁ, NO MARANHÃO E NO BRASIL INTEIRO. OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO FORAM DISTRIBUÍDOS NA ÉPOCA DOS CANALHAS DA DITADURA PARA PROPAGAÇÃO DE SUAS IDEIAS E DA PERPETUAÇÃO NO PODER, ALIENANDO AS PESSOAS COM INFORMAÇÕES QUE MELHOR CONVINHA À ÉPOCA. CANALHAS! SERÃO MAIS UMA VEZ DERROTADOS.

FALTAM MUITOS MAIS

Prefeito e vereadores de Vila Flor (RN) são presos sob suspeita de corrupção



O Ministério Público Estadual realiza, na manhã desta segunda-feira (19), uma operação em conjunto com a Polícia Militar para combater um suposto esquema de fraudes no município de Vila Flor, distante 81 quilômetros de Natal. O prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, e pelo menos cinco vereadores foram presos sob força de mandados. De acordo com informações iniciais, as investigações que resultaram nas prisões foram feitas pela equipe do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Natal. A suspeita é de que os detitos estavam envolvidos em uma rede de corrupção envolvendo os Poderes Executivo e Legislativo municipal. Cerca de 120 policiais militares participam da operação acompanhando os promotores de Justiça. Os presos estão sendo trazidos para Natal, onde passarão por exames de corpo de delito no Itep.

NOTA DO BLOG: PARABÉNS AO MINISTÉRIO PÚBLICO E AO PODER JUDICIÁRIO. TRABALHO NESSA ALÇADA NÃO FALTA. AVANTE! AINDA HÁ MUITOS MAIS A PRENDER. DESPERTAI, Ó, POVO BRASILEIRO. ESSE DINHEIRO ROUBADO É SEU. PODEREMOS TER UMA VIDA MUITO MELHOR COM MÉDICOS, HOSPITAIS EQUIPADOS, INFRAESTRUTURA, EDUCAÇÃO DE VERDADE E OUTROS BENEFÍCIOS SE FIZERMOS UMA LIMPEZA EM QUEM NÃO PRESTA E PRESERVARMOS QUEM É DECENTE. ESSE TRABALHO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO PODER JUDICIÁRIO PRECISA DE MAIS MÃO DE OBRA:


PRECISA DE VOCÊ

A MORTE DO OPRESSOR

Herança política vai de pai para filho assim como em vários lugares do Brasil

O ditador norte-coreano, Kim Jong-il, morreu no sábado aos 69 anos por conta de um ataque cardíaco, segundo anúncio da agência estatal de notícias feito somente nesta segunda-feira (horário de Brasília). Lideranças mundiais expressaram condolências e demonstraram apreensão quanto ao futuro da Coreia no Norte. Algumas horas após a comunicação da morte, Kim Jong-un, filho mais novo de Kim Jong-il, foi anunciado como o "grande sucessor do sistema revolucionário" da Coreia do Norte pela agência estatal KCNA.
Em resposta aos acontecimentos, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, cancelou todos os seus atos oficiais e pôs seu Gabinete em estado de emergência. Os sul-coreanos vivem décadas de conflitos com o vizinho do norte. A casa presidencial convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança centrada na morte do líder máximo norte-coreano para decidir as diretrizes a seguir por Seul. Também as autoridades das Forças Armadas sul-coreanas convocaram uma reunião de emergência sobre gestão de crise. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul pôs todas as unidades do Exército em estado de alerta e indicou que aumentou a vigilância ao longo da fronteira com as Forças Combinadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. 


REINO UNIDO E EUA


O ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, pediu à nova liderança da Coreia do Norte que trabalhe "pela paz e pela segurança na região" e que participe de negociações para o fim das atividades nucleares do país, setor cujo desenvolvimento foi impulsionado por Kim Jong-il. Em comunicado, Hague reconheceu que a morte do ditador norte-coreano "é um momento difícil" para o povo do país, mas assinalou também que pode marcar "um ponto de inflexão". "Esperamos que a nova liderança (da Coreia do Norte) reconheça que o envolvimento com a comunidade internacional oferece as melhores perspectivas para melhorar a vida do povo desse país", declarou. O governo dos Estados Unidos afirmou que "acompanha de perto" as notícias da morte do ditador e que está comprometido com a estabilidade na península coreana e a segurança de seus aliados. "O presidente [Barack Obama] foi informado e estamos em contato direto com nossos aliados na Coreia do Sul e no Japão", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carnei. "Seguimos comprometidos com a estabilidade na península coreana e com a liberdade e a segurança de nossos aliados". Na Rússia, o ministro de Relações Exteriores, Serguéi Lavrov, disse esperar que a morte de Kim Jong-il não afete as "relações de amizade" entre Moscou e Pyongyang.


JAPÃO E CHINA


O Japão ofereceu suas condolências à Coreia do Norte pela "repentina morte". O porta-voz japonês, Osamu Fujimura, disse esperar que isso "não afete a paz e a segurança na península coreana". Segundo ele, após reunião com altos comandantes de segurança nacional, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, ordenou "fortalecer as comunicações" com os Estados Unidos, China e Coreia do Sul. Noda pediu uma estreita relação entre estes países, de forma que estejam preparados para possíveis imprevistos, disse Fujimura. Assim como seu colega sul-coreano, o primeiro-ministro japonês cancelou todos os atos programados para esta segunda-feira. As autoridades chinesas, por sua vez, ofereceram suas "profundas condolências" pela morte do norte-coreano, destacando que foi um "bom amigo" da China. O regime comunista assegurou que Pequim continuará apoiando Pyongyang para "salvaguardar a paz e a estabilidade" na região. "A notícia do falecimento do camarada Kim nos impactou. Oferecemos ao povo da República Popular Democrática da Coreia nossas condolências. Foi um grande líder e um bom amigo", assinalou na entrevista coletiva diária o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Liu Weimin. Em Taiwan, o Ministério das Relações Exteriores formou um grupo especial de acompanhamento da situação da Coreia do Norte e da segurança na Ásia Oriental. "Também estamos em contato com os taiwaneses que moram na Coreia do Norte e Coreia do Sul para ver como protegê-los", disse o porta-voz, James Chang. Na ilha, existe preocupação sobre os possíveis efeitos desestabilizadores na Ásia Oriental da morte de Kim e sobre o impacto na China, que é ao mesmo tempo o principal parceiro comercial e o máximo "inimigo político" de Taiwan.