quarta-feira, 27 de junho de 2012

PALHAÇO NÃO EXPLICA O QUE FEZ COM O DINHEIRO DA ASSEMBLEIA DO PARÁ E TENTA APARECER NA CPI


Aos gritos, senador deixa CPI após pedido de respeito a depoente


O senador Mário Couto (PSDB-PA) protagonizou momento de maior tensão na CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (27) ao questionar o testemunho do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que já dura seis horas. "Que caráter tem esse jornalista? Que moral? O senhor disse que recebeu dinheiro sujo, reconheceu que era sujo. Por que o senhor não devolveu o dinheiro? Tinha açúcar? Estava congelado?", perguntou o senador, aos gritos e com murros na mesa. Mais cedo, Bordoni disse aos parlamentares que recebeu dinheiro de caixa dois da campanha do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) à reeleição em 2010 e que R$ 40 mil lhe foram entregues pelo próprio tucano. Esse dinheiro estava, segundo Bordoni, dentro de um frigobar. O vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), pediu que o senador tratasse o depoente com "urbanidade". Irritado, Couto disse que abandonaria a CPI em protesto. "Eu me retiro. Isso aqui é uma disneylândia, uma avacalhação. Tragam o Pagot", afirmou, também aos gritos, numa referência a Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, órgão que contratou a empreiteira Delta para obras de infraestrutura. A Delta seria um dos braços financeiros do esquema de Carlinhos Cachoeira. Após deixar a sala da CPI, Couto encontrou-se com o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e lhe relatou o episódio. Os dois caíram na gargalhada.

ELE É DO PSDB

E AGORA, IMPRENSA GOLPISTA?

Jornalista diz que recebeu dinheiro sujo da campanha de perillo. Isso, sim, é uma espécie de mensalão

Luiz Carlos Bordoni presta depoimento à CPI nesta quarta-feira (27).
Segundo o jornalista, ele foi contratado por governador de maneira informal


O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que presta depoimento nesta quarta-feira (27) à CPI Mista que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou em seu depoimento que recebeu "dinheiro sujo" da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Parte do pagamento acertado pelo trabalho foi feito por empresas ligadas ao esquema do contraventor. "Vou processar todos eles, inclusive o dono da banda dos desafinados. Pelo meu trabalho limpo fui pago com dinheiro sujo", disse. Bordoni foi contratado por Perillo, segundo o jornalista, de maneira informal, para atuar na campanha de rádio do tucano na disputa pelo governo do estado em 2010. Pelos serviços, o jornalista disse que receberia R$ 120 mil, além de um bônus de R$ 50 mil em caso de vitória. Os pagamentos começaram a ser feitos antes mesmo da campanha. "Do valor acordado com o senhor governador [Perillo], recebi três pagamentos. Um de R$ 40 mil das mãos dele [governador]. Um de R$ 30 mil pago pelo financeiro [da campanha] e um terceiro de R$ 10 mil feito em dinheiro pelo senhor Jayme Rincón [tesoureiro da campanha], no escritório. Antes do começo do programa, eu recebi o primeiro [pagamento] em mãos do candidato. Somando as três parcelas, temos R$ 80 mil, faltando R$ 40 mil e os R$ 50 mil do bônus", disse o jornalista. O restante do pagamento, segundo o depoimento, foi feito por meio das empresas ligadas ao esquema de Cachoeira, sem que ele tivesse conhecimento. Segundo ele, o número da conta bancária da sua filha, Bruna, e a sua, foram repassados a Lúcio Fiúza, ex-assessor pessoal do gabinete de Marconi Perillo. O depósito, contudo, não foi efetuado pelo assessor do governador. "Ao Lúcio foi dada a conta da Bruna, não a cascatas nem a Cachoeira. Pensei que teria sido o senhor Lúcio que fez os depósitos. Eis porque nós nunca nos preocupamos de conferir quem fez. A ele passamos o número da conta", disse. De acordo com o jornalistas, dois depósitos no valor de R$ 45 mil cada, foram feitos na conta da sua filha em nome de duas empresas ligadas ao esquema do contraventor, a Alberto & Pantoja Construções e a Décio e Rafael Construção e Terraplenagem. O depoente também afirmou que o governador de Goiás teria "mentido" ao afirmar que fez um reajuste de R$ 33.300 nos serviços prestados pelo jornalista. "Ele faltou com a verdade quando aqui esteve, a começar por mim, dizendo que reajustou os serviços em R$ 33.300. A nota fiscal de R$ 33.300 está aqui. Se os senhores puderem provar onde está meu nome aqui eu engulo esta folha", disse o depoente. "O governador de Goiás não foi leal com os senhores, quando faltou com a verdade ou a omitiu", disse o jornalista. Segundo Bordoni, o pagamento dos serviços foi feito por meio de caixa dois de campanha. "O senhor governador faltou com a verdade porque não há neste documento prova alguma. O que ocorreu foi pagamento feito a mim com caixa dois. A Alberto e Pantoja, ligada a Cachoeira e a Décio construção, também ligado a Cachoeira", disse. O jornalista entregou aos parlamentares documentos que autorizam a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico dele e da sua filha. "Aqui tenho autorização para quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal meu e da minha filha.Investiguem o quanto quiserem. Eu não tenho medo de ninguém, seja quem for", afirmou. O jornalista afirmou que se sentiu "ofendido" por ter sido envolvido no esquema. "Eu queria que o governador Marconi Perillo estivesse aqui, olho no olho. Ele, o Lúcio o Rincón. Eu quero encará-los, não tenho medo. Eles precisam aprender que não se brinca com a honra e a dignidade das pessoas".
Cachoeira
Bordoni afirmou que não conhece Cachoeira pessoalmente, mas afirmou que o contraventor mantinha forte interferência no governo de Goiás. Segundo o jornalista, a ex-chefe de gabinete de Perillo Eliane Gonçalves Pinheiro. Nesta quarta, a ex-chefe de gabinete esteve na CPI, mas anunciou que iria usar seu direito constitucional de ficar calada, e foi liberada. Ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais. "A comunicação entre Marconi e Cachoeira era a Elaine. Ela era pessoa que tinha o contato direto com ele. Ela viajou aos estados unidos pagos por ele [Cachoeira]", disse.

 

ESTÍMULO


Governo federal corta juro de longo prazo e prevê compras de R$ 8,4 bi

Em novo pacote de medidas para estimular a economia, o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou nesta quarta-feira que a União comprará neste ano R$ 6,6 bilhões a mais do que o previsto no Orçamento de 2012 em máquinas e equipamentos e bens produzidos no Brasil. No total, serão R$ 8,4 bilhões. A TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), referência dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), também foi reduzida de 6% ao ano para 5,5% ao ano. Segundo a imprensa, isso ocorreu por determinação da presidente Dilma Rousseff, que na noite de ontem insistiu no corte a despeito de posições contrárias do Banco Central e do Ministério da Fazenda. O anúncio ocorre às vésperas da divulgação da nova previsão do Banco Central para o crescimento da economia, que ficará abaixo de 3%. O montante em compras governamentais anunciado hoje, de acordo com Mantega, vai além do que já estava previsto no Orçamento de 2012. No total, as compras da União totalizarão R$ 8,4 bilhões neste ano.
"Estamos anunciando o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] para os equipamentos. O PAC deste ano aumentará de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. É um PAC superando os R$ 50 bilhões, o maior que nós já fizemos", afirmou o ministro. O objetivo, de acordo com o ministro, é proteger o país da crise internacional. "A crise europeia continua piorando, conforme todos têm observado. E essa crise está deprimindo o crescimento da economia mundial, que estava crescendo 6% ao ano e agora vai crescer em torno de 3% ao ano em 2012. Em vista desse cenário, o governo está tomando medidas de estímulo à economia, para podermos ter investimentos e aumentar a confiança, acelerando nosso crescimento. Temos que continuar com políticas de estímulo ou anticíclicas". Conforme antecipado pela Folha, os benefícios envolvem os ministérios da Defesa, Saúde, Educação, Cidades e Desenvolvimento Agrário. Segundo o ministro, a União comprará 8.000 caminhões, a um custo de R$ 2,2 bilhões, 3.000 patrulhas agrícolas (com tratores e outros equipamentos), 3.500 retroescavadeiras e motoniveladoras, 50 perfuradoras para poços em época de seca, 2.100 ambulâncias, 160 vagões de trens urbanos, 500 motocicletas, 40 blindados para o Ministério da Defesa, 30 veículos lançadores de mísseis, 8.700 ônibus escolares e cerca de R$ 450 milhões em móveis escolares, entre outros.

MARGEM DE PREFERÊNCIA

O governo também informou que a determinação de margem de preferência de entre 8% e 25% para compras governamentais de 126 produtos de saúde (equipamentos, remédios e vacinas) produzidos no Brasil deve movimentar R$ 2 bilhões no mercado interno e gerar 5.000 empregos. No ano passado, segundo informações do Ministério da Saúde, o governo gastou R$ 4 bilhões com medicamentos e vacinas importados, o que corresponde a 20% do deficit da balança comercial do setor. A margem de preferência permitirá ao SUS (Sistema Único de Saúde) comprar produtos de saúde produzidos no Brasil mesmo que estes sejam de 8% a 25% mais caros que os estrangeiros.

ACREDITAMOS QUE O GESTOR FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL DEVE EFETUAR AS COMPRAS COM O ERÁRIO, PRIORITARIAMENTE, NO LOCAL PARA AQUECER A ECONOMIA E AJUDAR OS COMERCIANTES MUNICIPAIS, REGIONAIS, ESTADUAIS E NACIONAIS. SEU CANDIDATO FAZ ISSO?