quarta-feira, 4 de abril de 2012

ESTAMOS APRENDENDO A LER A POLÍTICA


Dilma bate novo recorde e tem aprovação de 77%, diz CNI/Ibope


A presidente Dilma Rousseff bateu um novo recorde desde o início do seu mandato e ampliou a sua popularidade mesmo depois da divulgação de um crescimento modesto do PIB (Produto Interno Bruto) em 2011 e em meio a turbulências de uma crise política em sua base de apoio no Congresso. Segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (4), a aprovação pessoal da presidente (aqueles que acham o jeito Dilma de governar "ótimo" ou "bom") subiu seis pontos percentuais desde dezembro, de 72% para 77%. É o maior índice registrado desde março do ano passado, quando a primeira pesquisa sobre seu governo foi divulgada. A presidente tem usado como trunfo em sua relação com o Congresso as altas taxas de popularidade alcançadas desde o início de seu governo. A avaliação de sua gestão, contudo, manteve-se a mesma na comparação com dezembro, estacionada em 56%. O índice tinha sido o melhor para um primeiro ano de governo desde que a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria começou a ser feita, em 1995. Comparativamente, o governo Luiz Inácio Lula da Silva tinha avaliação "ótima" ou "boa" de 34% no início de seu segundo ano de mandato, em 2004. Na época, o governo estava abalado pelo seu primeiro escândalo de corrupção, após a revelação do caso Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil. Ainda assim, é maior o número de entrevistados que considera o governo Dilma pior do que o governo Lula (23%). A gestão Dilma é considerada superior por 15%.

LEMBRANÇAS

A pesquisa aponta que os assuntos mais espinhosos, e que poderiam abalar a avaliação positiva do governo, foram pouco lembrados pelos entrevistados. É o caso do crescimento do PIB de 2,7% em 2011, citado por apenas 1%. A crise política, que levou à troca da liderança do governo no Senado, foi citado por 4%. A pesquisa aponta que os assuntos mais lembrados espontaneamente pelos entrevistados sobre o governo foram os "programas sociais voltados para mulheres" e as "viagens da presidente Dilma". A pouco mais de dois meses da Conferência Rio +20 e com a votação do novo código florestal voltando à pauta do Congresso, a pesquisa apontou que as ações e políticas para o meio ambiente foram aquelas que apresentaram maior crescimento na aprovação em relação a dezembro, saltando de 48% para 53%. As áreas com pior avaliação são, de acordo com a pesquisa, impostos (65% de desaprovação), saúde (63%) e segurança pública (61%). A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 19 de março. No levantamento, foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios.

ENQUANTO PORCOS, AVES DE BICO GRANDE E DEMOS SE LAMEIAM NO PRÓPRIO VÔMITO, O POVO IDENTIFICA-SE CADA VEZ MAIS COM O PARTIDO POPULAR, REPRESENTATIVO E COM IDEIAS CENTRADAS NOS ANSEIOS DE MELHORIA DE VIDA DA NOSSA GENTE. APRENDEMOS A LER. PRECISAMOS APRENDER A ESCREVER. 


MUDA TAMBÉM, JOSÉ DA PENHA!

NÃO SE CONSEGUE VIVER LONGE DE UMA "TÊTA" MESMO


PR forma bloco com PTB e volta à base governista no Senado


A bancada do PR no Senado decidiu nesta terça-feira formar um bloco partidário com o PTB, o que na prática representa a volta dos senadores do partido à base de apoio da presidente Dilma Rousseff. Há pouco mais de um mês, os senadores do PR haviam rompido com o governo para fazer oposição a Dilma no Senado - mas voltaram atrás depois de serem recebidos hoje pela presidente. O líder do PR no Senado, Blairo Maggi (MT), negou que Dilma tenha oferecido o Ministério dos Transportes à bancada do Senado como contrapartida ao retorno à base. O ministério é a principal reivindicação do PR junto ao governo. "Não tratamos de ministério, nem vamos tratar", disse. O senador afirmou que agiu no "calor das emoções" quando anunciou o ingresso do PR na oposição. "A nossa manifestação, naquela ocasião, foi mais pela falta de atenção do governo com o partido." Dilma se reuniu hoje com Maggi, no Palácio do Planalto, na tentativa de se reaproximar do partido. Apesar do líder adotar o discurso de que o PR continuará "independente" nas votações do Senado, ele admite que a sigla está mais próxima do governo e fora da oposição. "A presidente me convidou para voltarmos a conversar. É um bloco de apoio porque o PTB faz parte do governo. O PR está voltando a namorar com o governo." O PR decidiu se unir com o PTB para ter mais força política no Senado. Juntos, as duas siglas somam 12 senadores. "Queremos participar mais ativamente no Senado. Ficar sem bloco nos deixa em desvantagens nas relatorias e nas comissões", disse o líder.

CRISE

A crise entre o partido e Dilma começou com a queda de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, em julho passado. A presidente decidiu manter o secretário-executivo, Paulo Passos, na titularidade da pasta e delegou à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) a negociação com o PR sobre a indicação de um novo nome do partido. Sem a definição do governo, o partido anunciou que faria oposição a Dilma no Senado. Na época, Maggi disse que os senadores voltariam à base se a presidente entregasse à pasta um nome apoiado pelo partido.

EM JOSÉ DA PENHA TEM MUITA GENTE ASSIM: SEM PODER MORRE.....ATÉ DE FOME!!!

A LAMA TUCANA É MUITO MAIOR

Cachoeira vazava operações da PF para chefe de gabinete de Perillo
Bicheiro trocou telefonemas e mensagens com Eliane Gonçalves Pinheiro

BRASÍLIA - O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, usou sua rede de policiais para obter informações sobre operação da Polícia Federal e vazá-las para a chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Segundo relatório da Operação Monte Carlo da PF, Cachoeira trocou telefonemas e mensagens com Eliane Gonçalves Pinheiro que, como o senador Demóstenes Torres (sem partido), também foi presenteada com um telefone criptografado comprado no exterior para poder falar com o contraventor. Cachoeira usou o mesmo esquema de acesso a policiais para repassar informações sobre ações da PF à construtora Delta. Num dos trechos das gravações interceptadas com autorização judicial, o contraventor pergunta a Eliane se ela falou “pro maior” (sic). Ela responde que sim, e acrescenta: “Estou com ele aqui. Tá aqui. Imagina como que tava”. Não fica claro se “o maior” é o próprio governador. A ação em questão foi desencadeada no dia 13 de maio de 2011 com o nome de Operação Apate. O objetivo foi combater um esquema de fraudes contra a Receita Federal nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais. Foram expedidos 82 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão. A Receita Federal havia identificado indícios de que em Declarações do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), apresentadas por prefeituras e outros órgãos municipais, havia informações falsas sobre retenções do imposto de renda. Os operadores do esquema contavam com a colaboração de alguns prefeitos e servidores do primeiro escalão municipal. A estimativa da Receita Federal é que o prejuízo aos cofres públicos tenha alcançado cerca de R$ 200 milhões. Antes do telefonema, o contraventor trocou mensagens de texto com a chefe de gabinete de Perillo, informando da ação da PF. O primeiro torpedo ocorreu no dia 12 de maio do ano passado, às 20h16. Ele anuncia: “vai ter busca na casa e prefeitura, ok”. E ela responde: “ok, entendi.” Depois, continua Carlinhos: “somente busca.” E ainda dá conselhos: “pede a ele que tire as filhas de lá.”. Eliane tranquiliza o interlocutor: “elas estão na casa dele em Taguatinga. Vc. acha q eles vão procurar lá tbem? Ele tem as duas residências”. Carlinhos responde: “acredito q não. Uruaçu, Minaçu”, informa, referindo-se a dois municípios onde deveriam se desencadear as ações da Polícia Federal. Depois encerra: “Entendeu? Falou pro chefe?”

Delta também pediu dados

Doze minutos depois da troca de torpedos, o contraventor telefona para Eliane para confirmar se ela recebeu as mensagens.

Carlinhos: Eliane?
Eliane: Estou ouvindo.
Carlinhos: Falou pro maior (sic)?
Eliane: Falei, estou com ele aqui. Tá aqui. Imagina como que tava.

Antes de encerrar o diálogo, a chefe de gabinete de Marconi Perillo procura saber se a operação da Polícia Federal tem mais gente envolvida. Carlinhos: Não. Já, já eu te falo. O que eu sei é esses aí (sic). Num (sic) tem ninguém grande não. Mas Eliane insiste para que ele a avise sobre as novidades: Se você ficar sabendo, me fala. Tem uns pequenos aí que interessa (sic) a gente. Por meio da assessoria de imprensa, Eliane confirmou que conhece Carlinhos desde 2003. Sobre os diálogos, ela afirma, que a Eliane citada em relatório da PF pode ser uma advogada. No relatório da PF, Eliane é identificada pelo sobrenome, número do CPF e até os telefones utilizados por ela. A chefe de gabinete de Marconi Perillo negou que tenha recebido um Nextel de Cachoeira e afirma que foi um amigo, Wladimir Garcez, que lhe emprestou um aparelho quando ela fez uma viagem ao exterior. Garcez é ex-vereador e, segundo a Polícia Federal, também integra o esquema de Carlinhos Cachoeira. Há vários diálogos interceptados entre os dois. O governador Marconi Perillo disse, por meio da assessoria, que desconhece qualquer relação entre sua chefe de gabinete e Carlinhos Cachoeira. Relatório da Polícia Federal mostra que Cachoeira também repassou informações para Cláudio Dias Abreu, ex-diretor da construtora Delta em Goiás. Conversas interceptadas pela PF revelam que Abreu recorreu ao amigo para se proteger de eventual investigação sigilosa da Polícia Federal. Integrantes da organização conversam também sobre movimentação financeira supostamente irregular da empresa. Abreu recorreu aos serviços de Cachoeira em 14 de julho do ano passado para saber sobre operação que a Polícia Federal faria no Pará. - É deixa eu te falar, nós ficamos sabendo que vai ter uma operação lá no Pará, dá pra você levantar se vai ter reflexo aqui? - pede o executivo. Cachoeira diz que, se houvesse reflexo, um dos delegados subordinados à organização já teria vazado a informação. Segundo relatório da polícia, Cachoeira tinha uma extensa rede de espionagem. Em outros diálogos, aparecem referências a suposta lavagem de dinheiro utilizando fornecedores da empreiteira. Por intermédio da assessoria de imprensa, o presidente do conselho da Delta, Fernando Soares, negou qualquer vínculo da empresa com Cachoeira. Segundo ele, Abreu foi afastado em 8 de março, uma semana depois da deflagração da operação. “A Delta Construção está em atividade há 50 anos. Tem uma longa tradição no mercado de construção civil e hoje figura entre as sete maiores e mais respeitadas empresas do setor”, disse a assessoria da empresa.