terça-feira, 12 de junho de 2012

AOS POUCOS, AS COISAS ESTÃO MUDANDO

Atenção, atenção, leitores!


Em quaisquer blogs da região você pode ver a lista completa dos cidadãos inadimplentes junto ao TCE. O contraditório é importante e um direito. Mas a pergunta: se, ao menos, metade dos inclusos na famosa lista tiver culpa no cartório, o que fizeram para isso? foi com o dinheiro do povo? se sim, vão devolver? quando? vão pagar a pena? quando? você vai votar neles? liberdade é uma causa de espírito e de vergonha na cara de cada povo.

A REFERÊNCIA DO PSDB É ESSA

Sócios de Marconi Perillo têm contratos públicos em Goiás

 


BRASÍLIA - Três dos oito sócios do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na compra de um terreno de um milhão de metros quadrados, em Pirenópolis (GO), receberam milhões do governo do estado. Na lista dos sócios do governador estão as empreiteiras Fuad Rassi Engenharia e CCB Construtora Central do Brasil, e José Augusto D’Alcântara Costa, dono de uma empresa de eventos que também tem contratos com o governo. O imóvel foi adquirido em 2008, dois anos depois de Perillo deixar o governo do estado. Ele voltou para o cargo em 2011. Em 2006, a Fuad recebeu R$ 10,4 milhões. Entre 2007 e 2010, período em que Perillo não estava no governo, a construtora recebeu R$ 15,5 milhões. Em 2011, primeiro ano do novo mandato de Perillo, não recebeu nada, mas, neste ano, há empenhos previstos para a empresa de R$ 14 milhões. A Fuad Rassi, com capital social de R$ 36 milhões, tem entre os donos Luiz Alberto Rassi. Ele é proprietário de 11% do terreno de Pirenópolis adquirido em sociedade com Valéria Perillo e Marconi Perillo — o casal é o maior acionista do negócio, com 22%. Outro sócio de Perillo no empreendimento é José Augusto D’Alcântara Costa, também com 11%. Desde 20 de janeiro do ano passado, ele é titular do conselho fiscal da Saneago, empresa responsável pelo saneamento do estado. Costa é proprietário do cartório em Trindade, cidade vizinha a Goiânia, onde o governador passou a escritura da casa do Condomínio Alphaville vendida ao empresário Walter Paulo e que serviu ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. Costa figura também como responsável pela Augustus Eventos. Em 2006, a empresa de eventos recebeu dos cofres do estado R$ 770 mil. Depois, o dinheiro começou a minguar: foram R$ 164 mil em 2007, nada em 2008, R$ 128 mil em 2009 e R$ 37 mil em 2011. Mas, nos primeiros seis meses deste ano, a Augustus Eventos já ganhou R$ 3,2 milhões. Já a CCB também foi beneficiada na gestão de Perillo, mas a construtora recebeu mais recursos quando o tucano não estava no governo. A CCB recebeu R$ 12,2 milhões em 2006. Entre 2007 e 2010, fora da gestão Perillo, foram R$ 163,9 milhões. Em 2011, com o tucano de volta ao governo, foram R$ 19,9 milhões e mais R$ 3,3 milhões, já pagos este ano. A empresa tem como sócios Edgar de Almeida e Silva Júnior, Wilton José Machado e Maria Nilda Machado, e tem um capital social de R$ 29 milhões. De acordo com o Cartório de Registro de Imóveis de Pirenópolis, ela é detentora de 11% da área adquirida por Perillo e sua mulher.

Condecoração a sócios e à mulher

Em março de 2006, um mês antes de deixar o cargo de governador para se candidatar ao Senado, Perillo condecorou quase todos os sócios, incluindo sua mulher, Valéria, a primeira da lista, que recebeu a Ordem do Mérito Anhanguera, no grau Grã-Cruz, a mais alta honraria, por “relevantes serviços prestados ao estado”. Também foram agraciados o ex-vereador Wladimir Garcez, que intermediou a venda da casa de Perillo e é apontado pela Polícia Federal como braço político do grupo de Carlinhos Cachoeira, e o empresário Walter Paulo, que comprou o imóvel com dinheiro vivo. A assessoria do governador ressaltou que a área em Pirenópolis foi comprada quando Perillo já não era governador. Argumentou ainda que os contratos foram firmados com as empresas no período em que o tucano estava no Senado. “Todos os contratos foram feitos através de concorrência pública, realizadas por diversos órgãos do governo do estado, sem nenhuma influência ou participação do governador, e não existe nenhum impedimento legal para a contratação destas empresas, já que todas venceram licitações e atenderam aos requisitos dos editais.” Diz a assessoria também que Costa é amigo pessoal de Perillo, e o salário de R$ 1.100 que ele recebe da Saneago é depositado mensalmente em instituição de caridade.




 

NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR


Procurador-geral de Minas Gerais impede promotoria de investigar Aécio Neves

A Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais decidiu avocar a representação levada pelos deputados Rogério Correa (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB) à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público com pedido de investigação dos repasses do governo mineiro a empresas de comunicação que têm integrantes da família do ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB) como sócios. Os deputados haviam feito a representação na promotoria em protesto contra a investigação conduzida no ano passado pelo Procurador-Geral de Justiça, Alceu Tadeu Marques — indicado para o cargo pela primeira vez por Aécio —, considerada por eles insuficiente. A avocação ocorreu sob a argumentação de que os fatos denunciados teriam tido continuidade no atual governo e, por isso, deveriam estar sob a guarda do procurador-geral. O ato impede que o caso seja investigado pela promotoria e causou indignação no promotor do Patrimônio Público João Medeiros, que já havia iniciado suas apurações. — O fato trazido ao conhecimento da promotoria é preciso no tempo e espaço e se refere ao período em que Aécio era o governador. A PGJ fez uma ginástica argumentativa absurda para justificar este ato de força — criticou o promotor, que estuda medidas para trazer a investigação de volta para sua alçada. Reportagem publicada na imprensa nesta segunda-feira mostra que quase um terço (oito) dos atuais procuradores-gerais de Justiça do país chegou pela primeira vez ao cargo sem ter sido o mais votado na eleição interna do Ministério Público. A possibilidade de os governadores escolherem o nome daquele que poderá ou não investigá-los tem colocado a atuação dos chefes do MP em xeque em função do engavetamento precoce de inquéritos e da falta de iniciativa em assuntos sensíveis aos governos estaduais. No caso de Minas, Alceu chegou ao cargo em 2008 apesar de ser o segundo lugar da lista tríplice do MP. Em 2010 ele foi reconduzido por Antonio Anastasia, desta vez na condição de primeiro lugar na votação interna. Na representação levada ao procurador-geral no ano passado, os parlamentares pediam também investigações sobre as atribuições do Núcleo Gestor de Comunicação Social do Governo do Estado, coordenado pela irmã de Aécio, Andrea Neves, sócia nas empresas de comunicação que receberam recursos.Alceu Torres Marques decidiu encerrar o caso "por ausência de justa causa", com base em resposta oficial apresentada pelo governo, em ofício, em apenas três meses de apuração. O fato levou os deputados a representarem contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). “O Procurador-Geral tinha o poder e o dever de investigar a fundo as denúncias e não simplesmente contentar-se com declarações de pessoas que que se servem do governo e não têm interesse de esclarecer os fatos”, escreveram os parlamentares na representação ao Conselho, acusando Alceu de não "esgotar as possibilidades de diligências e colheita de provas". Ontem, a assessoria do senador Aécio Neves divulgou nota informando ser improcedente a denúncia. Na nota, a assessoria lembra que a investigação realizada pela procuradoria-geral analisou "vasta documentação encaminhada pelo Governo", atestando a "regularidade dos contratos firmados com a emissora" e a" isonomia no relacionamento com os veículos de comunicação".

O PODER JUDICIÁRIO E O MINISTÉRIO PÚBLICO SÃO AS INSTITUIÇÕES MAIS OBSCURAS DA NOSSA REPÚBLICA. A LEI DE ACESSO A INFORMAÇÕES PODE AJUDAR A CLAREAR NOSSAS MENTES. AS MÍDIAS SOCIAIS JÁ O FAZEM. PRECISAMOS DE MAIS.