sábado, 8 de outubro de 2011

E SE EU FOSSE UMA ABELHA...


08/10/2011

PF investiga contratos da Petrobras com empreiteiras

Reprodução/Revista Época
As obras de reforma e modernização da Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), na cidade paranaense de Araucária, viraram caso de polícia.
Inquérito aberto pela Polícia Federal em fevereiro investiga suspeitas de sobrepreço em contratos bilionários firmados pela Petrobras com empreiteiras.
Deve-se a revelação aos repórteres Andrei Meirelles e Murilo Ramos. A dupla conta que, no total, as obras da Repar estão orçadas em R$ 8,6 bilhões.
Responsável pela investigação da PF, o delegado Felipe Eduardo Hideo Hayashi lança sua lupa sobre cinco contratos que somam R$ 7,5 bilhões.
Nesse lote de contratos, celebrados com sete consórcios de empreiteiras, o TCU detectou pagamentos de R$ 1,4 bilhão acima dos valores de mercado.
O trabalho de auditoria do tribunal serve de base para a investigação da PF. O delegado Hayashi já teria detecatado, por ora, pagamentos indevidos de R$ 499 milhões.
Entre as beneficiárias, informa o inquérito, estão as construtoras Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS e Mendes Júnior.
Além dos relatórios do TCU, o delegado manuseia documentos de outra investigação, batizada de “Operação Caixa Preta”.
Nesse inquérito, mais antigo, a PF perscrutou os borderôs de obras de reforma feitas em dez aeroportos. Negócios conduzidos pela Infraero.
Foram à alça de mira as mesmas empreiteiras. Na peça inaugural do inquérito da Repar, o delegado Hayashi anota: os dados relativos aos aeroportos são necessários “para análise de eventual continuidade delitiva.”
Uma das suspeitas que embalam a apuração da refinaria paranaense envolve o suposto desvio de verbas da Petrobras para o caixa dois de campanhas políticas.
O inquérito corre em segredo, no Paraná. O delegado Hayashi guarda silêncio.
A reforma da Repar começou em 2006, no alvorecer do segundo reinado de Lula. Dois anos depois, em 2008, o TCU debruçou-se sobre os contratos.
Em 2009, os auditores do tribunal anotaram em relatório a descoberta de “graves irregularidades” nas licitações e nos preços.
Órgão auxiliar do Congresso, o tribunal recomendou à Comissão de Orçamento do Legislativo o bloqueio dos pagamentos.
A recomendação alcançava, além da Repar, outros três projetos da Petrobras.
São eles: a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; o Complexo Petroquímico do Rio e o Terminal de Escoamento de Barra do Riacho, no Espírito Santo.
Ao votar o Orçamento da União de 2010, o Congresso ratificou a orientação do TCU, bloqueando os repasses às obras da Petrobras.
Ao receber o texto aprovado pelos congressistas, Lula vetou, em janeiro de 2010, o pedaço que proibia os pagamentos.
Três meses depois, em 12 de março de 2010, Lula visitou a Repar. Acompanhado de Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil, inaugurou parte do empreendimento.
Em discurso, Lula justificou, à sua maneira, o veto: “Se tem de fazer investigação, que se faça…”
“…Mas não vamos deixar que trabalhadores fiquem desempregados porque alguém suspeita que alguma coisa está acontecendo.”
No ano passado, munido de nova auditoria, o TCU voltou a recomendar o bloqueio dos pagamentos.
José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, foi à Comissão de Orçamento. Negou o superfaturamento apontado pelo tribunal.
Os congressistas deram-se por satisfeitos. Em dezembro de 2010, aprovaram a continuidade das obras da Repar.
O texto incorporou alegação da Petrobras segunda a qual cinco dos sete contratos da Repar já estavam 60% executados. O bloqueio afetaria 9,55% do orçamento total.
Em seu relatório, a comissão do Congresso escreveu: “A hipotética recuperação de um porcentual tão baixo por meio da paralisação não justifica a interrupção.”
O diabo é que, considerando-se o vulto do projeto, a cifra tida por irrisória somava notáveis R$ 793,3 milhões.
As empreiteiras negam irregularidades. Em nota oficial, a Petrobras reitera:
“Não há superfaturamento, sobrepreço ou qualquer outra irregularidade nas obras da Repar…”
“…O relatório da equipe técnica do TCU é preliminar e, portanto, não há nenhuma decisão definitiva.”
Há seis meses, em maio, o TCU voltou a manifestar-se sobre a Repar. Em novo acórdão (1.256/2011), suprimiu a recomendação de paralisação das obras.
Manteve, porém, a avaliação de que há sobrepreço nos contratos. De diferente, agora, apenas o inquérito da PF, que corre contra o relógio.

NOTA DO BLOG:  Isso é dinheiro seu, J. Penhense. Quando nós, por mais que moremos em um lugar distante em qualquer rincão deste país, contemplamos tamanha barbárie, temos que nos conscientizar de que esse dinheiro é nosso, inteiramente nosso. A única diferença é que nós pagamos os melhores salários para os executores gerirem a nossa riqueza, assim como super-remuneramos os "supostos fiscalizadores" para vigiarem a correta execução do que é coletivo. Todavia, grande parte dos vereadores, deputados, senadores e integrantes da administração indireta entram no caldo da folia, com suas famílias e bajuladores. Quem perde? você, J. Penhense, você brasileiro, você potiguar. A quem diremos: "ave", a quem diremos "socorro". Façamos como o Chapolin: e agora quem poderá nos defender? a tendência é piorar, seu Chaves disfarçado. O kiko está logo ali...

E NA CASA DA MÃE JOANA...


Fraudes no Amapá já desviaram pelo menos R$ 1 bilhão dos cofres públicos

Inquérito final da Operação Mãos Limpas, ao qual o 'Estado' teve acesso, descreve envolvimento de integrantes dos três Poderes estaduais, do Tribunal de Contas e da Prefeitura de Macapá em esquema de desvio de recursos que opera há pelo menos uma década

08 de outubro de 2011 | 14h 16



Com o TCE se eximindo das suas tarefas, deputados da Assembleia e funcionários do governo estadual e da Prefeitura de Macapá puderam agir sem freios. O inquérito calcula que o total de desvios entre os deputados estaduais chegou a R$ 300 milhões. Parlamentares abusaram do uso de verbas indenizatórias, de gastos com passagens e diárias, justificadas por meio de prestação de contas irregulares.Só uma agência de viagens, a Martinica, cujo diretor fora sócio do presidente da Assembleia da época, Jorge Amanajás, recebeu mais de R$ 28 milhões em verbas de passagens da Casa.

Lavagem. Mais R$ 400 milhões foram desviados em contratos supostamente fraudulentos feitos pelo Estado e pela prefeitura. Segundo a PF, uma empresa de ônibus municipal, a Marco Zero, foi criada para lavar dinheiro dos desvios. Em um dos contratos irregulares investigados - com as empresas de segurança privada Serpol e Amapá Vip, que prestavam serviços para a Secretaria Estadual de Educação -, foram desviados perto de R$ 70 milhões em seis anos. As irregularidades afetaram compras de remédios, consertos de equipamentos hospitalares, verbas para programas sociais, reformas em escolas, aluguel de veículos e compra de combustível.
As consequências são vistas por todo o Estado, repleto de esqueletos de obras paralisadas por causa das irregularidades contratuais e com serviços deficientes na educação e na saúde. É exemplar o caso do Hospital Metropolitano, em Macapá, obra parada pela Justiça desde 2004, em um Estado que sofre com déficit de leitos.
Planejamento. Para evitar vazamentos e conseguir prender políticos graúdos no Amapá, a deflagração da Operação Mãos Limpas, ocorrida em setembro do ano passado, precisou alugar um navio com capacidade para 700 policiais federais, que viajaram 22 horas pelo Rio Amazonas até desembarcar em Belém, numa espécie de Dia D.
As tábuas de maré do Amazonas, que quando secam dificultam o trânsito de navios em Macapá, foram exaustivamente estudadas para evitar o encalhe.

ANÁLISE: Você, cidadão, que acompanha este blog acha que isso acontece também em nosso estado? somos imunes a isso? ora, os componentes do TCE são indicados por eles. A corrupção reina nesse país e ninguém faz nada. Vivem vendendo ilusão a você, caro contribuinte, de que essas pessoas estão sendo investigadas, que poderão sofrer sanções. Você viu alguma vez algum político atrás das grades por causa de desvio de dinheiro público? esse país é um paraíso para quem quer roubar, desviar, sonegar. Vale a pena, sinceramente. Agora se você protesta em sua cidade, em seu estado, se você se revolta com os canalhas de plantão ai, sim, prepare-se: você será duramente perseguido, ultrajado, humilhado, sendo negado seus direitos básicos de cidadania como saúde, educação, dentre outros. Essa é a realidade que a mídia não fala ou relata "suavemente". A tendência é piorar, salvo se todos juntos nos mobilizarmos nas ruas e nas urnas.


José da Penha: MP investiga forma de admissão de assessores pela Câmara



JOSÉ DA PENHA (RN) - O Ministério Público, através da Promotoria de Justiça da Comarca de Luís Gomes, instaurou inquérito civil com o objetivo de verificar a forma como os assessores jurídicos e contábeis da câmara de vereados do município de José da Penha foram admitidos.

De acordo com o Promotor responsável pela investigação, Ricardo José da Costa Lima, o inquérito consiste na averiguação da natureza desses cargos, que segundo ele, devem ser preenchidos de forma efetiva, através da realização de concurso público. “Nós estamos buscando informações para que seja especificado de que maneira esses cargos foram providos. Como são cargos de natureza efetiva, não podem ser preenchidos através de contrato, ou de comissão”, explica.

O inquérito requisita ao presidente da câmara municipal de José da Penha, em até dez dias úteis, uma relação contendo o nome, endereço e número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de todos os advogados que exercem as funções de assessores jurídicos e/ou procuradores do poder legislativo no município, solicitando também uma relação com nome, endereço e número de registro no órgão de classe dos profissionais que prestam assessoria contábil à Câmara de vereadores da cidade.

O MP requisita ainda cópia dos atos de nomeação e/ou dos contratos firmados entre a câmara e os profissionais que atuam nas referidas funções, solicitando também cópia de processos de licitação ou da formalização de procedimentos de dispensa ou inexigibilidade referentes à contratação de advogados e contadores pela câmara de José da Penha e cópia das leis ou outros atos normativos que disponham sobre a criação dos cargos de assessor jurídico ou contábil no âmbito do Poder Legislativo da cidade.

A Promotoria de Luís Gomes instaurou inquérito semelhante para apurar a atual situação dos assessores jurídicos e contábeis na câmara municipal de Major Sales. “Queremos regularizar as possíveis pendências, com a proposição futura de um Termo de Ajustamento de Conduta, culminando na realização de concurso público”, conclui o Promotor Ricardo José da Costa Lima.

*Fonte: Ministério Público
NOTA DO BLOG: Notícias assim dão a real dimensão do descaso com a coisa pública. Não importam os princípios. Importa a conveniência. Atitudes como essa, uma vez sendo comprovada a ilegalidade dos contratos, não podem mais ser toleradas pelo povo. Despertai, ó, J. Penhenses!!!

BRASIL: NESTE CIRCO O PALHAÇO É VOCÊ


Para evitar licitação rigorosa, deputados limitam emendas
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DE SÃO PAULO

Mais da metade de todo o dinheiro liberado pelo governo de São Paulo para a realização de obras indicadas pelos deputados estaduais se refere a emendas cujos valores não ultrapassam R$ 150 mil, o que facilita a assinatura de contratos pelas prefeituras, informa reportagem de Silvio Navarro, publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Até esse valor, é permitida a realização da forma mais simples de licitação, aquela feita por meio de convite.



Eduardo Anizelli/Folhapress
Roque Barbiere em seu gabinete, na Assembleia Legislativa de São Paulo
Roque Barbiere em seu gabinete, na Assembleia de SP
Pivô do escândalo de vendas de emendas na Assembleia paulista, o deputado Roque Barbiere (PTB) deu a entender, em entrevista nesta semana, que esse modelo de licitação facilitaria as fraudes.
A polêmica a respeito da liberação de emendas parlamentares em São Paulo começou após o deputado Roque Barbiere (PTB) afirmar, em entrevista ao jornal "Folha da Região", que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras. Ele, no entanto, não citou nomes.
Leia mais na edição da Folha deste sábado, que já está nas bancas.
Editoria de Arte/Folhapress
NOTA DO BLOG: Isso acontece em todo o Brasil, em todos os estados e em todos os municípios, com raríssimas exceções. Burlar as regras  através do "jeitinho brasileiro" com a anuência das próprias leis feitas por eles, para eles e seus correligionários. Será que no Rio Grande do Norte e em José da Penha existe isso? será que as licitações são sérias? há a integralidade do dinheiro público empregado naquilo que fora proposto? não podemos condenar ou inocentar ninguém. Todos são inocentes até que se prove o contrário. Mas para que tivéssemos certeza da seriedade dos homens públicos, bastaria que houvesse a explicitação das ações, a participação popular nas decisões, a prestação de contas rigorosa e a certeza de que quem não deve, não teme.

Os dois lados de uma história


7/10/2011 - 22h52

Ao som de rap, Chávez lança coalizão política rumo às eleições


Dançando ao som de rap e prometendo "uma surra" na eleição que acontecerá dentro de exatamente um ano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ressuscitou nesta sexta-feira uma coalizão política de esquerda com a qual pretende obter um novo mandato.

O líder socialista de 57 anos se submeteu a quatro etapas de quimioterapia desde que passou por uma cirurgia para retirar um câncer, em junho, mas isso não o impediu de dançar ao lado de jovens rappers venezuelanos no lançamento do "Grande Polo Patriótico."
"Viva a Venezuela! Viva o hip-hop!", riu Chávez, que na semana passada jogou uma bola de beisebol para jornalistas a fim de negar uma notícia, publicada nos Estados Unidos, de que ele teria sido internado às pressas com problemas renais.
Chávez, no poder há 12 anos, havia abandonado o Polo Patriótico, mas agora o recriou, reunindo o seu Partido Socialista Unificado a movimentos comunitários e outras agremiações menores, como o Partido Comunista.
"Este é um marco no transcurso da revolução socialista", disse ele numa cerimônia no palácio presidencial de Miraflores.
Desde que se tornou presidente, Chávez já convocou cerca de uma dúzia de eleições no país, das quais só perdeu uma. Ele consegue isso graças à desunião da oposição e da popularidade dos seus programas de educação e saúde nas favelas. O presidente prevê que obterá um novo mandato no ano que vem com mais de 60 por cento dos votos.
"Vamos dar uma surra na burguesia!", disse ele, com sua retórica habitual, pedindo a seus partidários que lhe deem a inédita votação de 10 milhões de votos.
Desta vez, porém, Chávez enfrentará uma oposição mais unida, que irá escolher um candidato de consenso em uma eleição primária em fevereiro.

As pesquisas mostram que Chávez tem aprovação popular em torno de 60 por cento, refletindo a solidariedade despertada pela doença. Mas também há grande insatisfação com a elevada criminalidade, com a precariedade da infraestrutura, o que inclui repetidos apagões, e com a inflação.
Vários candidatos de oposição também realizaram eventos nesta sexta-feira em todo o país. Alguns inauguraram contagens regressivas para o fim do mandato de Chávez.

Analistas dizem que há muitos venezuelanos que não apoiam nem Chávez nem a oposição, e que serão decisivos no pleito do ano que vem. "2012 terá uma acirrada batalha pelos eleitores flutuantes e indecisos, em torno de 2 milhões num eleitorado de 18 milhões", disse o boletim LatinNews, publicado em Londres.

TRADUZINDO: Realmente na Venezuela há muitos problemas sociais. A criminalidade em alta, a inflação  crescente e o mais perigoso de todos: a pretróleo-dependência. As consequências de se ter uma grande e abundante riqueza são enormes e estão acontecendo na Venezuela. A política industrial está capengando, os produtos alimentares são em sua maioria importados (quando poderiam ser do próprio país), a falta de incentivo empreendedor, enfim, tudo gira em torno do petróleo, o que está deixando a Venezuela refém de apenas uma fonte de riquezas. Quando há oscilação do preço no mercado internacional o país de Chávez simplesmente é refém e a população se sente cada vez mais amarrada em torno do ouro negro. Fora isso, o problema dos blecautes por falta de energia elétrica é uma constante. Em contraposição, a saúde, as estradas, a urbanização, a educação, o incentivo ao esporte, a participação das massas na política e nos destinos da nação e outras questões dão um exemplo ao Brasil de como os serviços essenciais têm prioridade. Naquele país, a excelência desses serviços é algo espantoso, de dá inveja a qualquer país do mundo. É nesse sentido que os venezuelanos têm que despertar dentro de si a coragem para aprofundar as reformas, retomar a política industrial, a capacidade de produção de alimentos em seu próprio país, investir em inteligência tecnológica para que assim as consequências da riqueza Orinoca perpassem para as gerações do futuro. Politicamente, o fato da popularidade de Hugo Chavéz, com todos os seus defeitos, não cair, sendo certa a sua vitória, se faz, principalmente, pelo fato da oposição, de alma golpista, ter maltratado o povo quando estava no poder, repartindo a riqueza do petróleo com uma minoria canalha que pisava nos mais pobres e, para conter as massas, deixava cair migalhas aos "cães" da plebe. Esse sentimento de humilhação vai demorar muito de ser esquecido pela população e, aliado ao fato do carisma de Chavéz e de uma direita que nasceu apenas para governar e não sabe ser oposição, concluimos que a Venezuela tende a permanecer com o socialismo chavista pelos próximos anos. Em José da Penha, a tática é a mesma. Estratégias de manutenção do poder são realizadas para conter o povo de seus inflames e de segurar a fidalgia para continuarem no poder a qualquer custo. O problema é que parte dessa elite também despertou encarnadamente.