quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CARA DE SANTO, SANTO É? LEIAM SOBRE ESTA AUTORIDADE E FORME VOCÊ MESMO A SUA OPINIÃO

Procurador geral suspeito. Quem investiga?
Em 2007, quando renunciou à presidência do Senado para salvar o mandato de senador, Renan Calheiros tornou-se protagonista de um inquérito. Envolve a suspeita de uso de papéis frios para simular renda. Repassado há dois anos ao procurador-geral da República Roberto Gurgel, o processo estacionou. O chefe do Ministério Público Federal nem apresentou denúncia nem arquivou o caso. Por quê? Gurgel mandou a assessoria dizer que o inquérito é gordo (43 volumes) e seu tempo, tomado pelo julgamento do mensalão, era magro. Agora, mais liberado, diz que decidirá o que fazer “nos próximos dias”. Não é a primeira vez que Gurgel senta em cima de processo rumoroso. Reteve por três anos a Operação Vegas, na qual a voz de Demóstenes Torres soara pela primeira vez nos grampos da PF. Só se mexeu depois que foram penduradas nas manchetes as escutas da Monte Carlo, a segunda operação aberta contra Carlinhos Cachoeira e os sócios do ‘clube Nextel’. Se tiver algo a informar ao STF contra Renan, é bom que Gurgel fale logo. Do contrário, pode casar-se com uma encrenca. Dentro de nove dias, o plenário do Senado se reúne para escolher o substituto de José Sarney. Sem dizer que é candidato, Renan é tido como favorito até pelas carpas que nadam no espelho d’água cavado defronte do prédio de Niemeyer. Há cinco anos, Renan abdicou do trono do Senado depois que se descobriu que um lobista da empreiteira Mendes Júnior repassava R$ 12 mil por mês à jornalista Mônica Veloso, com que o senador tivera uma filha. No esforço para provar-se inocente, Renan alegou que dispunha de renda para bancar a pensão da ex-amante. Levou à vitrine um papelório que supostamente atestaria a venda de cabeças de gado. Em relatório da época, a PF apontara indícios de inidoneidade dos documentos. Sem o título de presidente, Renan reteve o mandato. Mas a investigação policial seguiu seu curso… Súbito, sobreveio o dique de Gurgel. O doutor ainda não se deu conta. Mas seu tempo não passa. Já passou.



JP UNIDA: UM ESPAÇO PARA O CONTRADITÓRIO, PARA A LEITURA NAS ENTRELINHAS, PARA VERSÕES NÃO PROTOCOLARES E PARA A SEMPRE VERDADE QUE VOCÊ SÓ LER AQUI

ALÔ, ALÔ, ELEITORES ENGANADOS DA ROSA

RN é destaque todos os dias em matérias nacionais sobre o abandono da saúde pública

Os médicos fizeram fotos de um parto feito no último dia 13, no Hospital Santa Catarina, o segundo maior do Rio Grande do Norte. Por falta de macas, a paciente foi atendida no chão. No Walfredo Gurgel, o principal hospital de urgência e emergência do estado, oficialmente existem 284 leitos e mais 120 macas com pacientes atendidos precariamente nos corredores. Em imagens feitas por um médico, o próprio doente está bombeando a ventilação mecânica. Além de leitos, faltam medicamentos e materiais básicos. Na semana passada, um médico teve de parar uma cirurgia cardíaca no meio. O procedimento só terminou no dia seguinte, depois que o hospital conseguiu fio de aço emprestado. O chefe do setor de queimados reclama da falta de medicamentos. “É uma pomada que se usa no curativo dos queimados, que não tendo essa pomada o índice de infecção aumenta muito”, explica Edilson Carlos de Souza, chefe do Setor de Queimados. Até nas unidades de terapia intensiva UTIs faltam medicamentos.”Tem faltado antibióticos, alguns materiais para punção venosa”, conta Hylana Lopes, enfermeira da UTI. Na farmácia central, os espaços vazios nas prateleiras atestam o desabastecimento. Hoje a farmácia que atende todo Walfredo Gurgel opera com menos de 50% dos itens indispensáveis para a rotina do maior hospital de urgência e emergência do estado. Cerca de dez tipos de antibióticos estão em falta. Nesta quinta-feira, o hospital estava sem soro fisiológico. “A gente já solicitou empréstimo a outros hospitais até o nosso chegar. Assim a gente vive”, diz Carla Magalhães, gerente da Divisão de Farmácia. De acordo com Carla Magalhães, chefe do setor de farmácia, hoje ainda faltam 18 tipos de antibióticos no hospital.


ESSA MATÉRIA PASSOU EM VÁRIOS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO EM NÍVEL NACIONAL. É O DESTAQUE DO NOSSO ESTADO. NINGUÉM FAZ NADA