segunda-feira, 20 de agosto de 2012

QUEM TEM MEDO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS?

O melhor exemplo para o candidato que quer mostrar que não quer roubar
O homem sai de casa e não diz a mulher para onde vai. Por que? O funcionário é pego com a chave da empresa sendo pressionada numa barra de sabão para, supostamente, tirar uma cópia. Por que escondido? o pastor de uma determinada igreja escolhe um tesoureiro entre os irmãos de fé, mas todos os dízimos e ofertas ficam com ele exclusivamente, sem detalhar as despesas. Por que? o funcionário da companhia de energia elétrica passa em uma rua e um certo morador fica nervoso, preocupado? por que?

VOCÊ SABE POR QUE ESSE COMPORTAMENTO?
Interessante que nesses exemplos sempre há um fator que é semelhante entre eles: o medo. Ora, somente temos medo quando tememos que algo vá acontecer. O homem tem medo da mulher descobrir algo, senão não teria medo de sair escondido ou não teria a covardia de fugir de explicações. O funcionário poderia pedir autorização ao chefe para tirar a cópia da chave do departamento, pois assim não daria margem para pensarem algo diferente de sua pessoa. O pastor, para se respaldar, pediria que fosse feita mensalmente a leitura das entradas e despesas e o que fora feito com a arrecadação das contribuições. E o morador teria o maior prazer em ver o carro da companhia elétrica passando em sua rua bem como em querer entrar na sua casa, afinal a fiscalização rigorosa proporcionaria o fim do furto de energia que todos nós pagamos previamente em nossas contas de energia. 

MAS PARA QUÊ TAIS EXEMPLOS ACIMA CITADOS?

Para mostrar que os atuais representantes do nosso país são reflexo da sociedade. Uma criança, ao crescer em qualquer um desses róis, tende a repetir o que enxergava quando crescer e se tornar adulto. Soa simples e sem explicação saber que em JOSÉ DA PENHA e na grande maioria desta nação, ainda nos conformamos, em maioria, com o nepotismo, com famílias com sete empregos comissionados numa única casa ou a falta da prestação de contas, do portal da transparência ou do orçamento decidido junto com a comunidade. Parece tão óbvio, tão lógico e tão distante que o povo coloque isso na cabeça, que às vezes preferimos deslocar nossas atenções para o binômio BICUDO/BACURAU. Como a vida é uma só e passa rápido, há muitos que se arrependerão de não colocarem como fator preponderante na hora de escolher seus candidatos, a questão da prestação de contas. De mostrar a todos que não quer roubar, para acabar a máxima incutida na mente da grande maioria de que "como todos roubam eu voto em quem me der mais" ou simplesmente fingir que não se rouba nesse país e, também simplesmente, não querer discutir nada a respeito. Afirmamos que é possível haver correção na aplicação do dinheiro do povo, é possível acabarmos com o nepotismo. Se não conseguirmos, é porque a maioria de nós é reflexos dos futuros eleitos e somos mais culpados dos que ainda roubarão muito Brasil a fora.