quarta-feira, 11 de abril de 2012

SIM, NÓS QUEREMOS


Em Harvard, Dilma diz que Brasil deve superar atraso na educação

Presidenta encerrou visita oficial aos Estados Unidos com palestra em universidade.




A presidenta Dilma Rousseff encerrou na noite desta terça-feira sua visita oficial aos Estados Unidos com um discurso na Universidade de Harvard, onde discutiu a necessidade de se melhorar a educação no Brasil e enumerou os avanços econômicos do país nos últimos anos. A presidenta também teve que se esquivar de questões delicadas dos estudantes da universidade, principalmente em relação à questão dos imigrantes brasileiros nos EUA e à situação política na Venezuela. Em uma palestra de pouco menos de uma hora na Kennedy School of Government, a escola de governo de Harvard, Dilma classificou como 'gravíssimo' o atraso na educação no Brasil. Afirmando ser necessário resolver o problema "da creche à pós-graduação", ela afirmou que é preciso resolver alguns "deficits" que existem na pesquisa científica no Brasil, para que priorize a inovação. "Não podemos dar mais importância a uma publicação do que uma patente. Nós temos que dar importância à patente."

Educação.
 A primeira visita de Dilma aos EUA teve como foco a questão da cooperação entres dois países principalmente nas áreas de educação e inovação. Entre as principais pautas estava o programa Ciência sem Fronteiras, que pretende conceder 100 mil bolsas para alunos brasileiros em universidades do exterior. Em Harvard, Dilma participou de atos de assinatura de acordos entre a universidade e o Ministério da Educação que preveem projetos conjuntos de pesquisa, intercâmbio de pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, além da criação de uma bolsa para um professor-visitante brasileiro. "O Brasil tem de correr muito para estar à altura dos desafios que nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação", disse. Aos citar as parcerias entre o governo e a universidade, Dilma provocou risos na plateia quando afirmou que o "Brasil precisa de Harvard", mas que considerando que o país é hoje a sexta maior economia do mundo, "é bom para Harvard se aproximar do Brasil".

CAÇA AOS CULPADOS

Marco Maia (PT/RS): CPI Mista sobre Carlinhos Cachoeira investigará “Estado paralelo”

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), está convicto sobre o andamento dos trabalhos da CPI Mista que será instalada em conjunto com o Senado Federal para investigar a ligação do empresário Carlinhos Cachoeira com parlamentares. O caso virou assunto de CPI depois da ampla divulgação na mídia de que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) mantinha negócios ilícitos com o empresário que controlava a rede de jogos ilegais em Goiás. Cachoeira é acusado de explorar jogos ilegais e de montar uma rede de tráfico de influência que inclui agentes públicos e políticos, especialmente no estado de Goiás. Ele foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Após reunir-se com o presidente do Senado, José Sarney, Marco Maia adiantou que a CPI Mista será instalada para investigar o que ele chamou de “Estado paralelo” em relação às ligações de parlamentares com figurões dos jogos ilegais. “Vamos convocar deputados que não serão candidatos nas eleições municipais”, disse Maia sobre a composição da CPI. A estratégia é evitar que a disputa eleitoral interfira no andamento da Comissão de Inquérito. O presidente da Câmara disse ainda que a instalação da CPI não vai paralisar o Congresso Nacional. “A pauta vai andar normalmente, a CPI não interfere”, afirmou Maia. O próximo passo é encaminhar o requerimento no Senado, para que a Comissão seja instalada em conjunto com a da Câmara, onde parlamentares da base do governo já se articularam no recolhimento de assinaturas para criar a CPI.