O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), está convicto sobre o andamento dos trabalhos da CPI Mista que será instalada em conjunto com o Senado Federal para investigar a ligação do empresário Carlinhos Cachoeira com parlamentares. O caso virou assunto de CPI depois da ampla divulgação na mídia de que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) mantinha negócios ilícitos com o empresário que controlava a rede de jogos ilegais em Goiás. Cachoeira é acusado de explorar jogos ilegais e de montar uma rede de tráfico de influência que inclui agentes públicos e políticos, especialmente no estado de Goiás. Ele foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal. Após reunir-se com o presidente do Senado, José Sarney, Marco Maia adiantou que a CPI Mista será instalada para investigar o que ele chamou de “Estado paralelo” em relação às ligações de parlamentares com figurões dos jogos ilegais. “Vamos convocar deputados que não serão candidatos nas eleições municipais”, disse Maia sobre a composição da CPI. A estratégia é evitar que a disputa eleitoral interfira no andamento da Comissão de Inquérito. O presidente da Câmara disse ainda que a instalação da CPI não vai paralisar o Congresso Nacional. “A pauta vai andar normalmente, a CPI não interfere”, afirmou Maia. O próximo passo é encaminhar o requerimento no Senado, para que a Comissão seja instalada em conjunto com a da Câmara, onde parlamentares da base do governo já se articularam no recolhimento de assinaturas para criar a CPI.
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