sábado, 30 de junho de 2012

VOCÊ ACREDITA NA PALAVRA DESSA GOVERNADORA?


Uern: reajuste será em quatro parcelas


A greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) chegou ao fim após 57 dias. Reunidos ontem (29) em Assembleia Geral Extraordinária, os professores decidiram aceitar a proposta do Governo do Estado, negociada no dia 28. As aulas retornam nesta segunda-feira. Ficou acertado um reajuste salarial de 3,5% em julho deste ano, com retroativo de junho, mais 5% em setembro, outros 9% em maio de 2013 e finalmente 10% para maio de 2014.  A proposta, encaminhada formalmente por ofício pelo secretário de Administração e de Recurso Humanos, Álber Nóbrega, assegura que um Projeto de Lei com as alterações salariais será enviado à Assembleia Legislativa em 10 dias sem condicionar os valores à Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar de o acordo ter sido considerado um sinal de avanço pela Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), a categoria afirma que continuará o movimento em defesa da universidade para solucionar outros problemas da instituição, como infraestrutura e orçamento. Para isso, segundo o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, pretende-se reativar o Fórum Permanente de Discussão sobre a Uern. Os professores disseram ainda que mantêm as negociações salariais, pois, de acordo com eles, a legislação rege que o menor salário de um professor da Uern deve ser maior ou igual ao maior salário de um professor de ensino médio da rede estadual. "Tivemos perdas de 34% em 2011 e 22% em 2012", afirmou o diretor da Aduern,Neto Vale.

O VERDADEIRO MENSALÃO, QUE É DO DEM, ESTÁ AI


"Negócio fantástico", verdadeiro mensalão, que é do DEM, desviou R$ 110 milhões em Brasília

A denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra 37 suspeitos de envolvimento no escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM informa que o valor desviado pelo esquema, entre 2005 e 2010, seria de aproximadamente R$ 110 milhões. Entre os acusados da ação, divulgada nesta sexta-feira, estão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octavio, além de secretários de governo, deputados distritais e membros do Tribunal de Contas do DF. O montante teria sido pago a título de reconhecimento de dívidas por prestação de serviços em favor das empresas beneficiadas pelo esquema e viria de contratos que totalizaram R$ 712 milhões. Segundo a denúncia, por meio de Durval Barbosa, Arruda cobrava entre 7% e 10% do total líquido pago pelo governo às empresas - dentre as quais a Linknet, Adler e Call Tecnologia - em cada prestação de serviço, totalizando cerca de R$ 110 milhões desviados. Para a Procuradoria, 40% do valor solicitado e arrecadado pela quadrilha era destinado ao ex-governador, 30% a Paulo Octávio e 20% ao secretário da pasta que reconhecia a dívida. Os 10% restantes ficariam à disposição de Arruda "para ser destinado à corrupção de parlamentares e representantes de partidos políticos".  "Em contrapartida, esse referido grupo de empresários logrou êxito em manter relacionamento comercial com o governo do Distrito Federal, recebendo altos valores", diz o texto.  A denúncia afirma ainda que Arruda seria o "líder máximo" de uma "poderosa quadrilha". O grupo, segundo o texto, "implantou um sofisticado estratagema de corrupção e de desvio de recursos públicos" dentro do governo do Distrito Federal, "com a finalidade de cometer crimes para financiar suas atividades ilícitas, conquistar e manter o poder político e enriquecer seus membros e aliados". O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada. O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas. As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário. Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.