sexta-feira, 23 de março de 2012

UM TEMPO NA POLÍTICA PARA HOMENAGEM

MORRE UM GRANDE BRASILEIRO. UMA GRANDE PERDA PARA TODOS OS BRASILEIROS, PARA TODOS ARTISTAS, PARA TODOS NORDESTINOS

Morreu nesta sexta-feira (23) Chico Anysio. O humorista e ator tinha 80 anos e estava internado desde o dia 22 de dezembro. Chico faleceu no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde se recuperava de uma infecção urinária. Chegou a receber alta médica em dezembro, mas foi novamente internado um dia depois. O humorista apresentou uma melhora em janeiro e fevereiro e já respirava sem a ajuda de aparelhos. No início desta semana, no entanto, piorou e foi para a UTI novamente. Nessa quinta (22), seus médicos divulgaram boletim dizendo que seu estado era crítico e que ele havia passado por uma punção para retirada de sangue do pulmão esquerdo. A fase de saúde fragilizada do comediante já vinha se arrastando há muito tempo. Em 2009 ele foi internado por conta de uma pneumonia. Os problemas começaram em agosto daquele ano, quando sofreu uma hemorragia digestiva. Logo depois, teve uma pneumonia – doença que já havia causado uma internação em 2009. Em dezembro de 2010, Chico passou por uma angioplastia para desobstruir as artérias e acabou ficando 110 dias internado. Essa internação duraria três meses no total, só terminando em 21 de março de 2011. Foram 110 dias internado, período em que ficou em coma por três vezes, após uma série de complicações em seu quadro de saúde. Chico era casado com a empresária Malga de Paula, sua sexta esposa, e a única com quem não teve filhos. Ele é pai de nove filhos.

SE PUDÉSSEMOS, TERIAMOS AGRADECIDO GRANDEMENTE A CHICO ANYSIO TUDO QUE ELE PROPORCIONOU COM SEU TALENTO AINDA EM VIDA. ALEGRIA, RISOS E HUMOR. NÃO PODEMOS MAIS FAZÊ-LO PORQUE DEPOIS DA MORTE HÁ UM ABISMO INTRANSPONÍVEL ENTRE VIVOS E MORTOS E QUERER QUE ELE OUÇA-NOS AGORA É ESTUPIDEZ ANTI-CRISTÃ. DE TODO MODO, À SUA MEMÓRIA, DIZEMOS: FOI UMA HONRA SER CONTEMPORÂNEO DE CHICO ANYSIO

VOCÊ JÁ OUVIU GRAVAÇÕES DO MENSALÃO? QUANDO É OPOSIÇÃO SEMPRE SE TEM PROVAS CABAIS

Gravações revelam que senador do DEM solicitou ajuda para despesa de táxi-aéreo

BRASÍLIA - Gravações da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás. Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso. O documento aponta ainda ligações comprometedoras entre os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira. O relatório, produzido três anos antes da deflagração da Operação Monte Carlo, escancara os vínculos entre Demóstenes e Cachoeira. Numa das gravações, feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira “pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil”. Em outro trecho do relatório, elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez “confidências” a Cachoeira sobre reuniões reservadas que teve no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente, Demóstenes costuma participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos de segurança pública. O relatório revela ainda que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) “habilitado nos Estados Unidos” para manter conversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram “frequentes”. A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo. Para autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as relações do senador com Cachoeira foram mantidas, mesmo depois da primeira investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe também a proximidade entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Júnior. Leréia também usava um Nextel para conversas secretas com Cachoeira. A polícia produziu o relatório com base em inquérito aberto em Anápolis para investigar a exploração de bingos e caça-níqueis na cidade e arredores. Como não pode investigar parlamentares sem autorização prévia do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF enviou o material à Procuradoria Geral em 15 de setembro de 2009. O relatório foi recebido pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Caberia ao procurador-geral, Roberto Gurgel, decidir se pediria ou não ao STF abertura de inquérito contra os parlamentares. Mas, desde então, nenhuma providência foi tomada. No segundo semestre de 2010, a PF abriu inquérito para apurar exploração ilegal de jogos em Luziânia e se deparou com as mesmas irregularidades da investigação concluída há três anos. Procurado pelo GLOBO, Gurgel disse, por meio da assessoria de imprensa, que estava aguardando o resultado da Operação Monte Carlo para decidir o que fazer em relação aos parlamentares. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou o uso do Nextel por Demóstenes. Segundo ele, o senador usou o telefone, mas não se lembra desde quando. O advogado não fez comentários sobre o suposto pedido de pagamento de despesas e o vazamento de informações oficiais

POR QUE NÃO SE ENCONTRAM GRAVAÇÕES DO MENSALÃO, HEIN?


Denúncias sobre elo de Demóstenes e Cachoeira são 'incômodas', diz DEM


O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou nesta sexta-feira (23) que as denúncias envolvendo o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), e o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, são "incômodas" para o partido. Reportagem publicada nesta sexta afirma que gravações da PF mostram que o senador pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais para Carlinhos Cachoeira. A assessoria de Torres afirmou que o senador não vai se manifestar sobre o assunto. Cachoeira foi preso pela PF no fim de fevereiro em uma ação contra o jogo ilegal e está em uma prisão federal em Mossoró (RN). Investigações da Polícia Federal mostraram envolvimento de Demóstenes e Cachoeira. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, citou ainda que outros parlamentares de Goiás são citados nas investigações da PF. Ele analisa pedido de esclarecimento sobre as denúncias contra Demóstenes. "Negar que é uma situação incômoda é negar o óbvio. Nós esperamos a manifestação do procurador da República. As denúncias e os fatos precisam ser esclarecidos", afirmou o presidente do DEM. Segundo Agripino Maia, apesar da situação incômoda, o partido não tem motivos para duvidar das declarações dadas pelo senador. "Ele próprio [Demóstenes] já pediu as investigações. O partido confia nele e deseja que todos os fatos sejam esclarecidos", afirmou Maia. Ao se defender das denúncias, no começo de março, Demóstenes Torres afirmou, em plenário, que é amigo do empresário, mas não mantém negócios com Carlinhos Cachoeira. "Não há possibilidade jurídica do meu envolvimento ou de qualquer outro parlamentar neste assunto [...] Estamos em um estado democrático de direito. Com a conclusão das informações, sabe-se que nunca existiu nenhuma investigação que envolve meu nome", afirmou o senador, em discurso no dia 6 de março.

PGR
Parlamentares integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção anunciaram que na próxima terça-feira (27) vão se reunir com o procurador-geral da República a fim de buscar informações sobre as denúncias envolvendo parlamentares e o empresário Carlinhos Cachoeira. O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), reclama da demora nas investigações. Também devem participar do encontro o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Francisco Praciano (PT-AM), coordenador da frente. "É de se estranhar essa lentidão para abertura de inquérito. De nossa parte, trata-se de zelo pela ética na política e defesa do próprio Congresso Nacional", disse Alencar.