Contratos venceram e a administração deixou chegar a esse ponto
A Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed) retirou, ontem, profissionais de dois serviços da rede pública estadual: dos plantões do Samu Metropolitano e do atendimento ortopédico Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim. No caso do Samu, localizado na BR-101, em Macaíba, o contrato venceu ontem. Trinta médicos ligados à Coopmed, que complementavam 50% da escala do serviço suspenderam o plantão. Até o dia 12, as escalas serão cumpridas pelos profissionais efetivos da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap-RN). No caso do Deoclécio Marques, o serviço de ortopedia ficou inviabilizado, por atraso no pagamento do salário dos 25 médicos contratados. O atendimento ortopédico nessa unidade está paralisado. Os pacientes estão sendo transferidos para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Segundo a diretora geral do Hospital Walfredo Gurgel, médica Maria de Fátima Pereira Pinheiro, a demanda de atendimento ortopédico cresceu nos últimos dias. Ela admite que o HWG pode enfrentar problemas no atendimento em virtude da paralisação dos serviços no Hospital Deoclécio Marques. Na quarta-feira (27) só havia quatro macas no corredor de urgência do HWG. Ontem, esse número subiu para 19.
Cirurgias
No Hospital Deoclécio Lucena os 25 ortopedistas cooperados respondem por 100% do atendimento e, por isso, nenhuma cirurgia eletiva está sendo realizada, a não ser para os pacientes que já se encontravam internados naquela unidade hospitalar. O presidente da Coopmed, Fernando Pinto, informou que os médicos voltarão a trabalhar, assim que os contratos forem renovados e os salários atualizados pelo governo do Estado. A promessa sempre foi de realizar a licitação pública, afirmou Pinto, para lembrar que a Sesap já fez três contratos emergenciais com a Coopmed. O atraso no pagamento das faturas soma cerca de R$ 2,8 milhões. Em relação ao Samu, explicou Fernando Pinto, a licitação pública para a contratação da Coopmed-RN se arrasta desde 2011, o que obriga a Sesap a recorrer a contratos emergenciais. O contrato que expirou ontem teve vigência de seis meses. Fernando Pinto esclareceu que existem faturas atrasadas de dezembro, janeiro, fevereiro e março dos plantões do Hospital Deoclécio Lucena e dos meses de janeiro e fevereiro do Samu Metropolitano. Fora isso, no caso do hospital, existe um débito decorrente de agosto de 2012, período em que os ortopedistas trabalharam sem contrato. No caso do Samu, há um débito referente ao mês de setembro do mesmo ano. Segundo Pinto, a Coopmed sempre tem o cuidado de alertar dois meses antes do fim dos contratos, para que as providências sejam tomadas para a sua renovação, mas sempre deixam para os 48 minutos do segundo tempo.
ESTE É O GOVERNO DE ROSALBA, DE MICARLA, DE JAJÁ E DE TODA TURMA 'BOA' QUE ENGANOU O POVO EM 2008 E 2010. ENGANA DE NOVO?