domingo, 3 de junho de 2012

E AGORA, NATAL?


PT oficializa candidatura de Fernando Mineiro em Natal

Definiu-se ainda resolução transferindo à Executiva Municipal decisão sobre alianças na majoritária e na proporcional.


O Partido dos Trabalhadores de Natal realizou seu Encontro Municipal na tarde deste sábado (2) e oficializou a candidatura a prefeito do deputado Fernando Mineiro, bem como definiu a nominata dos candidatos petistas vereador. 
“Temos um grande espaço pela frente. Estou muito decidido a enfrentar esse caminho e convicto de que é possível, sim, vencer essa luta e chegarmos ao segundo turno”, discursou Mineiro. O petista reafirmou que sua candidatura vai fazer o “debate propositivo sobre Natal”, afirmou que o desafio é colocar a cidade “no contexto do processo de transformação que vive o Brasil” e, em tom emocionado, disse que é preciso “reacender a chama do PT no peito e na alma dos petistas e de Natal”. A deputada Fátima Bezerra, coordenadora-geral da campanha, defendeu enfaticamente a candidatura de Mineiro, declarou que o “PT está oferecendo o quem tem de melhor para Natal” e afirmou que, juntamente com a militância, vai “ocupar as avenidas e os cantos da cidade” para conquistar a população. “Estamos lado a lado, preparados para enfrentar esse belo desafio que é disputar um projeto para nossa bela Natal. O novo nesta campanha tem nome. Natal merece o novo e o novo é Mineiro”, declarou. Fátima ressaltou a “história e o preparo” de Mineiro, falou sobre o “desafio” que será a disputa eleitoral e destacou que a campanha vai “exigir de cada um de nós a participação, a solidariedade e a militância”. “Temos o dever de nos empenhar de corpo e alma nessa campanha. O povo de Natal não merece o que está passando. Dói ver a cidade passando pelas circunstâncias de hoje. Vamos para essa campanha sem medo, porque não tenho dúvida nenhuma que a candidatura que melhor representa o futuro para Natal é a do nosso companheiro Fernando Mineiro”, discursou Fátima. No encontro, foi homologada a chapa proporcional do PT, com uma nominata de 28 candidatos a vereador e vereadora. Esse número, porém, ainda pode aumentar até o dia da convenção, marcada para 17 de junho. Os delegados petistas aprovaram, ainda, uma resolução transferindo à Executiva Municipal a definição sobre a possibilidade de alianças na majoritária e na proporcional e, ainda, a escolha do vice na chapa de Mineiro. Além da homologação das candidaturas, o encontro também serviu para apresentação do programa de governo de Mineiro para Natal, estruturado em cinco eixos temáticos: planejamento urbano; desenvolvimento econômico, sustentável e solidário; políticas sociais e garantias de direito; gestão democrática, eficiente e moderna; e projetos especiais.

AS EVIDÊNCIAS AUMENTAM


Governador tucano de Goiás quintuplica patrimônio e omite bens

Desde que assumiu o governo de Goiás pela primeira vez, em 1998, Marconi Perillo (PSDB) multiplicou por cinco seus bens declarados. De R$ 299,5 mil em 1998, saltou para R$ 1,503 milhão em 2010. Mas Marconi, que foi convocado para prestar depoimento na CPMI do caso Cachoeira, possui um patrimônio que vai além do que está escrito. Em pesquisas nos cartórios goianos, Setores da imprensa identificaram pelo menos cinco imóveis que não constam das declarações entregues à Justiça Eleitoral. Um deles, adquirido em 7 de janeiro de 2008, é uma área de mais de um milhão de metros quadrados, que tem entre os compradores Marcelo Henrique Limiro Gonçalves, ex-sócio de Carlinhos Cachoeira na ICF, empresa que faz teste de medicamentos em Anápolis (GO). O negócio está registrado no cartório de imóveis de Pirenópolis, cidade onde Perillo tem fazenda. A primeira-dama Valéria Jayme Peixoto Perillo juntou-se a um grupo de 12 pessoas e duas construtoras para adquirir um terreno denominado Chácara José Leite. A área, segundo os registros, foi adquirida por R$ 800 mil, pagos em duas parcelas. O nome de Perillo consta na escritura, mas quem assina é sua mulher. Eles detêm 22%, o que daria uma contribuição de R$ 176 mil na ocasião. Entre os demais sócios no empreendimento estão as empresas R. Diniz Construções e Construtora Central do Brasil. Marcelo Henrique é um grande empresário na cidade, ligado a Carlinhos Cachoeira. Ele também é sócio do senador Demóstenes Torres (sem partido) em uma universidade em Minas Gerais, e foi doador das campanhas do governador e do senador. Em 2010, segundo atestam documentos a que a imprensa teve acesso, Marconi fez um negócio que, pelo que está registrado, foi quase um presente do irmão dele, Antonio Pires Perillo. Em 14 de maio de 1998, Antonio adquiriu uma área de 43,75 hectares em Pirenópolis por R$ 30 mil. E, 12 anos depois, em 24 de fevereiro de 2010, revendeu o imóvel para o governador por R$ 13 mil. Ao invés de valorizar, o terreno teria desvalorizado. A Prefeitura de Pirenópolis, porém, fixou em R$ 120 mil o valor venal da área para efeito de Imposto de Transmissão de Bens Intervivos (ITBI). A alíquota do imposto é de 2% — Marconi pagou R$ 2,4 mil. O governador também omitiu de sua declaração o fato de ser coproprietário de um apartamento de 86,70 metros quadrados no edifício Jardins de Versailles. Ele foi adquirido em 20 de fevereiro de 2001 e, de acordo com o Cartório de Registro de Imóveis da 1 Circunscrição de Goiânia, 55% estão em nome de Marly Jayme Peixoto, sogra do governador. Os outros 45% são divididos entre Perillo e a mulher dele, Valéria. Na época, o imóvel custou R$ 49 mil. Hoje, está avaliado em cerca de R$ 300 mil. Dono de propriedades rurais em Pirenópolis, o governador deixou de registrar ainda a aquisição de 91,96 hectares. A terra foi comprada em 30 de maio de 2003 de sua sogra sogra e dos cunhados. Mais uma vez quem assina é a primeira-dama, citada como compradora ao lado do marido com quem vive em regime de comunhão parcial de bens. Ou seja, tudo o que é comprado após o casamento é do casal. Pelas terras foram pagos R$ 70 mil. Além de omitir bens, Marconi incluiu em declarações enviadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bem que, legalmente, ainda não lhe pertencia. Embora o governador declarasse, desde 2006, ser proprietário de dois lotes em Alphaville Flamboyant, somente em 7 de julho do ano passado é que ele passa a ser o dono, de fato, dos terrenos. Documento do cartório de registro de imóveis da 4 circunscrição atesta que a escritura pública foi registrada em 9 de setembro de 2011, com a venda datada de 7 de julho do mesmo ano. Consultada pela imprensa sobre como os candidatos devem proceder em relação à declaração de bens, a procuradora eleitoral Sandra Cureau informou que todo o patrimônio deve ser informado à Justiça Eleitoral. O candidato só não precisa incluir na declaração bens que vendeu antes do prazo para apresentar o registro de sua candidatura. Segundo ela, omissões revelantes podem levar à rejeição da prestação de contas e até mesmo à inelegibilidade do político.