terça-feira, 4 de junho de 2013

PARA TRISTEZA DA GLOBO E DA VEJA

Produção industrial supera expectativas e sobe 1,8% em abril


Após reagir de fevereiro para março, a produção da indústria manteve a mesma tendência e cresceu 1,8% em abril na comparação livre de influências sazonais (típicas de cada período) com março. O dado, primeiro indicador econômico do segundo trimestre a ser divulgado, é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado de abril ficou acima das expectativas mais otimistas de analistas. Doze consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor esperavam, em média, avanço de 0,9% na produção, com as estimativas variando de 0,5% a 1,7%. Outros 23 analistas consultados pela agência Reuters previam avanço de 1%, em média, sendo que as projeções variaram de 0,49% a 1,7%.
Editoria de Arte/Folhapress
Na comparação com abril de 2012, a produção industrial avançou 8,4%. Na base de comparação anual, a indústria teve seu melhor desempenho desde agosto de 2010 (8,6%), quando o setor vivia um ano de reação pós-crise global de 2008 e 2009. Com esse resultado, o setor acumula uma alta de 1,6% de janeiro a abril. Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a indústria registra queda 1,1%, ainda sob efeito do fraco desempenho do ano passado.

SETORES
De março para abril, os destaques positivos ficaram com os setores de veículos automotores (8,2%), máquinas e equipamentos (7,9%) e alimentos (4,8%). Já as quedas mais significativas foram as dos ramos de bebidas (-5,9%) e material eletrônico e equipamentos de comunicação (-6,5%). Entre as categorias, deram o maior impulso à produção os bens de capital (compostos por máquinas e equipamentos), com alta de 3,2%, ao lado dos bens de consumo duráveis, com expansão de 1,1%, puxados pela produção de veículos, que teve a maior alta desde março de 2012. Segundo o IBGE, a melhora de ritmo da produção foi espalhada pela maior parte dos setores. Dos 27 ramos pesquisados, 17 registraram crescimento. Outras altas de destaque ficaram com edição e impressão (4,6%), perfumaria e produtos de limpeza (9%) e papel e celulose (1,8%). O mesmo perfil generalizado de crescimento ocorreu entre as categorias de produtos: todas tiveram alta. Além dos avanços de bens de capital e de bens duráveis, também tiveram taxas positivas bens intermediários (0,4%) e bens semi e não duráveis (0,9%). Este último setor sofreu impacto positivo da melhora da produção da indústria de alimentos.

VEJA O DESEMPENHO POR SETOR
CATEGORIACRESCIMENTO (em %)
Abr.13/mar.13*Abr.13/abr.12Acumulado em 2013Acumulado em 12 meses
Bens de capital3,224,413,4-4,4
Bens intermediários0,450,4-0,9
Bens de consumo1,87,5-0,2-0,2
(bens de consumo duráveis)1,114,94,51,4
(bens de consumo semiduráveis e não duráveis)0,95,2-1,6-0,7
Indústria geral1,88,41,6-1,1
*série com ajuste sazonal
Fonte: IBGE

MAIS UM ANÚNCIO ESPETACULAR

Dilma anuncia crédito de 136 bilhões para agricultura empresarial

O governo federal lançou nesta terça-feira (4) o Plano Agrícola e Pecuário, que vai liberar R$ 136 bilhões para financiar a safra 2013/2014. O plano, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, abre crédito para agricultores de todo o país investirem na produção. O dinheiro pode ser usado, por exemplo, para compra de equipamentos agrícolas e melhoramento de infraestrutura nas propriedades rurais. O crédito do governo terá uma taxa média de juros de 5,5%, a mesma do plano de 2012/2013. Algumas modalidades específicas, porém, tiveram redução: 3,5% para aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem; 4,5% para o médio produtor e 5% para práticas sustentáveis. O valor de R$ 136 bilhões é 18% maior que o disponibilizado na safra passada, de R$ 115,2 bilhões. Do total, R$ 97,6 bilhões deverão ser usados para financiar os custos da produção e comercialização e o restante, R$ 38,4 bilhões, será destinado a programas de investimento. Em seu discurso, durante lançamento do plano no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff destacou a participação do agronegócio no PIB brasileiro e disse que a agricultura, em 2013, terá um "crescimento excepcional".
GOVERNO HISTÓRICO, GOVERNO DE TODOS. MUDANÇAS CONTÍNUAS E BENEFICIAMENTO PARA TODAS AS CLASSES