Organizado por meio da rede social Facebook, o grupo já havia feito o
mesmo protesto no feriado de 7 de Setembro, quando aproximadamente 10
mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios.
Formalmente, a marcha pressiona pelo fim do voto secreto e em favor da
Lei da Ficha Limpa, mas as faixas dos manifestantes mostram desde
críticas ao governo e ao Judiciário até reivindicações por melhores
salários no funcionalismo público.
Marcha anticorrupção reúne 20 mil pessoas em Brasília |
Parte do grupo carrega uma pizza gigante, desenhada em um painel de 15
m. Outros carregam faixas com a mensagem como "País rico é país sem
corrupção", fazendo alusão ao slogan do governo Dilma Rousseff, e "País
rico é país sem miséria".
Nominalmente, os manifestantes criticaram o presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), e o deputado cassado José Dirceu, que saiu do governo
Lula após o escândalo do mensalão. Ambos foram chamados de "ladrões" e
"corruptos".
Eles saíram às 11h da Museu da República e devem percorrer toda a
Esplanada dos Ministérios até o Palácio do Planalto, onde planejam
cantar o hino nacional.
EVENTO
Segundo a idealizadora do evento, Lucianna Kalil, a ideia de ir às ruas
contra a corrupção ganhou força, inicialmente, por meio de redes sociais
na internet. "O povo se movimenta para tanta coisa, consegue se juntar
para tomar cerveja, para ver uma partida de futebol, para fazer outros
tipos de marchas. E por que não se juntar contra a corrupção que é um
mal que afeta todo mundo, ricos e pobres?", indagou.
Kalil disse que o movimento é apartidário e o dinheiro necessário para a
sua realização veio da venda de camisetas para organizar a marcha. "A
primeira marcha, no dia 7 de Setembro, tratou de um assunto bem genérico
[defendido pelos manifestantes] e, hoje, a gente está focando o nosso
apoio ao CNJ [Conselho Nacional de Justiça], à constitucionalidade da
Lei da Ficha Limpa e ao fim do voto secreto parlamentar", disse.