Como sonhar não é proibido – mesmo que seja com pesadelos para o país e para o povo -, as oposições desejam ardentemente que:
1) - A recessão internacional afete profundamente a capacidade de crescer da economia brasileira, instaurando, aqui também, os descalabros que o neoliberalismo produz na Europa: recesso, desemprego, endividamento, dependência do FMI, inflação, fuga de capitais;
2) - Crise social, grandes mobilizações populares contra o governo, repressão, perda de apoio popular do governo. A CUT se divide, um setor sai e se soma aos grupos de ultra-esquerda;
3) - Brigas se acentuam na base politica do governo, PSB e PMDB se autonomizam e prepararam candidaturas próprias. O governo perde maioria no Congresso e tem dificuldades para librar recursos e aprovar projetos. O PAC se estaciona, assim como o Minha casa, minha vida, o Bolsa Família e outros programas sociais do governo;
4) - Dilma e Lula se estranha e brigam, cada um por um lado, batendo um no outro;
5) As obras do Mundial de Futebol e das Olimpíadas atrasem;
6) - Políticas públicas nas zonas do Rio, antes dominadas pelos narcotraficantes fracassem, diante do ressurgimento dos bandos armados e essas zonas voltarem a estar sob controle dos narcos;
7) - As relações do Brasil na América Latina se deteriorem: conflitos com a Argentina inviabilizem o Mercosul, entrada da Venezuela complique o bloco. Polo neoliberal do Pacífico se fortaleça, em contraposição ao Mercosul;
8) - Usinas e outros projetos governamentais sejam inviabilizados por movimentos indígenas e ecológicos, e o Brasil desemboque num apagão;
9) - Julgamento do “mensalão” desemboca em processo contra o Lula;
Em suma, as oposições apostam em desastres, ficam olhando a economia internacional, pra ver se há nuvens que promovam grandes tempestades, que desequilibrem o modelo econômico que articula crescimento com distribuição de renda. Apostam no pior, nem que isso signifique sofrimento para o povo. Mas apostar no pior não tem dado certo. Não deu no começo do governo Lula, não deu na tentativa de impeachment em 2005, nem no começo da crise internacional, em 2008. Não dará agora também. Mas serve para caracterizar no que apostam as oposições. Elas continuarão vivendo pesadelos.