terça-feira, 17 de abril de 2012

PARECE MENTIRA MAS NÃO É

FHC defende CPI e diz que Brasil cansou de corrupção

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta terça-feira (17) a instalação de uma CPI no Congresso para apurar o caso Carlinhos Cachoeira. Segundo ele, a corrupção no país continua "assim porque você não tem punição" e uma CPI seria a a oportunidade de o Congresso crescer. "Então, eu acho que não dá. Chegou o momento de o Congresso assumir suas responsabilidades com serenidade", afirmou o ex-presidente. "Acho que é bom [CPI], porque o país precisa muito passar a limpo as questões com serenidade. Nós cansamos de ver o grau de corrupção existente. [Com] Isso, eu não estou criticando A, B ou C, porque infelizmente atinge a quase todos. Digo, não pessoas, mas partidos. Acho que o país cansou", completou. FHC afirmou ainda que é possível fazer política no país sem caixa 2. "É preciso fazer, dá para fazer. Se não dá, tem que criar condições para fazer. É uma questão de ter respeito ao povo. Claro que dá." Apesar da mobilização inicial pela instalação de uma CPI mista, o temor de que as investigações respingem em membros do PT ou do Palácio do Planalto fez integrantes do partido começarem a trabalhar pelo adiamento da investigação no Congresso. O PSDB, de FHC, é a favor da CPI. A afirmação do ex-presidente foi dada após cerimônia de apresentação de um documentário sobre a sua vida, chamado "A Construção de Fernando Henrique". O vídeo foi produzido pela TV Câmara. Hoje, a apresentação foi de cerca de nove minutos, mas o material tem 57 minutos e estréia prevista para o dia 19, às 21h30, no canal da TV Câmara. Em seu discurso, FHC agradeceu a homenagem e disse que gostaria de ser lembrado pelo seu papel na consolidação da democracia. "Gostaria de ser lembrado não só pela estabilidade da moeda, pelo social, porque os demais governos avançaram mais nessa área, mas pelo papel na democracia", disse, enfatizando o papel importante do Congresso. Ele também falou sobre a importância de os diversos governos trabalharem pelo bem do povo e do país. O tucano foi elogiado, inclusive, pelo petista Marco Maia (RS), presidente da Câmara. "Ninguém pode questionar o papel na consolidação da democracia, o profundamento político social e o respeito ao povo."

ANOS ATRÁS ISSO SEQUER SERIA  IMAGINÁVEL. HOJE, DEVIDO À EVOLUÇÃO POLÍTICA EM NÍVEL NACIONAL, PERSONALIDADES ABAFADORAS DE CPIs COMO O EX-PRESIDENTE SOCIÓLOGO, VEEM A OPORTUNIDADE DE TENTAR LIMPAR SEU PASSADO, FAZENDO TAL DECLARAÇÃO. O ESCLARECIMENTO DOS ELEITORES NACIONALMENTE "OBRIGA" PESSOAS DESSA ESTIRPE A MUDAR DE OPINIÃO MESMO A CONTRA-GOSTO. OBRIGADO PT PELO PODER. SUA PRESENÇA PROPORCIONA CIRCUNSTÂNCIAS COMO ESSA.

PENSEM NAS ENTRELINHAS

A grande mídia procurou na semana que passou reorganizar as forças da oposição

A semana que passou foi quente. Novos lances específicos ocorreram dentro da permanente disputa na atualidade brasileira sobre quem vai predominar na direção da vida e do pensamento nacional: ou a pequena elite rica ou a maioria da população. A primeira tem grande presença nas instituições públicas e profundas raízes ideológicas na sociedade, se vincula às elites do capitalismo internacional, tem uma mídia poderosa. A segunda está bem representada hoje no Poder Executivo nacional, tem boa presença no Congresso e nos poderes locais, dispõe de movimentos organizados e militância com forte atuação na disputa econômica, política e ideológica.  Na frente de batalha econômica, o governo e o capital financeiro continuaram na semana passada seu jogo de braço, onde o lado do governo quer a queda dos juros cobrados pelos bancos. Na frente de batalha política, a grande mídia privada comandou um movimento da oposição para sair da defensiva no caso Demóstenes & Cachoeira e ir para o ataque. Quando veio à luz o elo entre o senador e o chefe da organização criminosa, o DEM quis se livrar logo de seu líder, e do assunto. O PSDB ficou perplexo. A grande mídia privada partiu em auxílio do DEM tentando embaralhar a cena com notícias negativas sobre o PT. A ação do lado governista resultou na viabilização de uma CPMI, que o campo adversário não teve como recusar, sob pena de desacreditar seu discurso moralizante já abalado pela descoberta do verdadeiro Demóstenes. A grande mídia procurou na semana que passou reorganizar as forças da oposição.  Municiada pela turma do Demóstenes, mirou no governo petista do Distrito Federal, e na empresa Delta, que toca muitas obras federais. Secundarizou os fatos e os personagens centrais do caso Demóstenes & Cachoeira. Buscou diluir o DEM e o PSDB no que seria um pluripartidário ‘partido da corrupção’. Abriu campanha dizendo que a CPMI é para desviar a atenção do mensalão. Tentou atemorizar o governo e os partidos governistas, sugerindo um clima de arrependimento por terem permitido a CPMI, do tipo ‘o governo está indo tão bem, que pena vir uma CPMI para perturbar’. Na verdade, quem tem muito a temer com os desdobramentos do caso Demóstenes & Cachoeira é a oposição e a grande mídia privada. Em particular o DEM, que se recolhe gravemente ferido pelo caso Demóstenes, antes o fora pelo caso Arruda, à espera de quem será o próximo. Ou o PSDB, preocupado com as relações entre o governador de Goiás e Cachoeira. Ou a revista Veja, que foge e teme. Na semana anterior sua capa destacava um assunto de 2 mil anos ( o santo sudário). A desta semana traz um assunto de sete anos atrás (o mensalão). Ela trata com polidez seus velhos parceiros de jornalismo, Demóstenes e o bando de Cachoeira, e investe com superagressividade contra o PT. A oposição agora tem arranhada sua credibilidade pela dúvida sobre quantos falsos moralistas como Demóstenes há entre eles. Esta é uma excepcional oportunidade de reafirmar à sociedade que o PT, o governo Dilma, muitos aliados, e os movimentos sociais, querem moralizar os costumes políticos, inegável aspiração popular. Os governos Lula e Dilma já fizeram muito neste sentido, especialmente com o impulso e a liberdade de investigação dadas à Polícia Federal e à CGU, com a autonomia reconhecida da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público Federal, inéditas em relação a governos anteriores. Agora dá para fazer mais. Que tal uma reforma, por exemplo, que tire do setor privado o financiamento da política? A grande mídia e a oposição divergem da atual condução da economia essencialmente vinculada à distribuição da renda; da forma como se ampliam os direitos democráticos do povo com respeito aos movimentos sociais; da política internacional soberana que se pratica. E o país está indo muito bem nisso. Se virem quebrado o monopólio que pretenderam ter da bandeira contra a corrupção, vão perder mais terreno na grande luta de poder que se trava na atualidade brasileira. É o que temem.

CANALHA É CANALHA EM TODO LUGAR. A DIFERENÇA É O TAMANHO ROUBO E A FALTA DE VERGONHA DE QUEM ROUBA, CORROMPE, CONCORDA COM O ROUBO E FAZ TUDO PARA ABAFAR OS DESMANTELOS, TENTANDO MANCHAR QUEM DENUNCIA AS PODRIDÕES DOS PORÕES. VAMOS ACORDAR!