terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A PIADA DO DIA


Agripino é reconduzido e DEM fala em candidato próprio em 2014



Em uma convenção discreta, o DEM confirmou nesta terça-feira o senador José Agripino (RN) na presidência da legenda. No evento, líderes falaram em candidatura própria à Presidência em 2014. Um dos nomes colocados como possível presidenciável é do líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO). Ao discursar aos correligionários, ele abordou temas nacionais, como escola em tempo integral, sinalizando sua disposição de participar da disputa e cobrou que o partido marque posição. "Vou lembrar frase do Ronaldo Caiado [deputado] que disse 'que é melhor ser cabeça de cachorro do que ser rabo de leão'. Temos que nos preparar para ter candidato à Presidência da República em 2014". Agripino, que fica no comando do partido até 2014, reconhece que há uma pressão da base para que o partido tenha candidato ao Planalto, mas adota um discurso cauteloso. Segundo ele, a ideia não está consolidada. "É normal almejar candidato", minimizou após ter declarado na convecção que "se deus quiser, teremos candidato".

Agripino Maia (na ponta da mesa) cumprimenta correligionários na reunião em que foi eleito presidente do DEM
Agripino Maia (na ponta da mesa) cumprimenta correligionários na reunião em que foi eleito presidente do DEM

Questionado se o PSDB lançar o senador Aécio Neves (MG) para concorrer ao Planalto, mudaria o cenário, o presidente do DEM disse que a prioridade é a estratégia interna. "Ninguém lançou candidato". E completou: "O diálogo mais próximo, sim, com PSDB, compulsório, não!". O partido descarta aliança com PSD, do prefeito Gilberto Kassab e responsável por um enxurrada de desfiliações da legenda, e PT. Agripino disse que há um forte trabalho da legenda para crescer nas eleições municipais. Para Agripino as eleições municipais vão reerguer o partido. "Não podemos nos curvar. Temos que resistir e sobreviver em nome dos nossos ideais. Em 2012, vamos sair melhores. Vamos voltar melhor do que antes do ataque que sofremos". A escolha do senador para a presidência era uma das condições impostas pelo Kassab para permanecer na sigla, mas não foi suficiente para mantê-lo no partido. O prefeito deixou o DEM e fundou o PSD. Também não faltaram críticas ao governo Dilma Rousseff pela queda de seis ministros envolvidos em denúncias de irregularidades, pelo tamanho da máquina pública, com o primeiro escalão com 37 integrantes, além da baixa execução de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

NOTA DO BLOG: ACREDITEM NO QUE FALAMOS: ESSE PARTIDO, DOS DEMOS, JAMAIS TERÁ AUTORIDADE MORAL PARA LANÇAR CANDIDATO PRÓPRIO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. ELE É UM PARTIDO QUE REPRESENTA AS OLIGARQUIAS DO PASSADO, OS REMANESCENTES DA DITADURA E OS MAIS RETRÓGRADOS POLÍTICOS BRASILEIROS. ESSE PARTIDO É O TÍPICO CONGLOMERADO DE PESSOAS QUE QUEREM SEMPRE ESTÁ EM SEGUNDO PLANO DESDE QUE ESTEJAM COM CERTO PODER. SEMPRE ESTIVERAM NA ABA DO AMIGO DE SANGUE, O PSDB, E JAMAIS SE SEPARARÃO PORQUE ELES SÃO UM SÓ PARTIDO. O FATO DE ADIANTAREM QUE PODERÃO TER CANDIDATO PRÓPRIO NADA MAIS É DO QUE UMA FORMA DE GANHAR ESPAÇO COM O IRMÃO TUCANO, UMA VEZ QUE O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS (PSB-PE) PASSA A SER ENAMORADO APAIXONADAMENTE PELOS BICOS-GRANDES. COMO SEMPRE INDICARAM NA CHAPA OPOSICIONISTA O CANDIDATO A VICE-PRESIDENTE, ESSA É UMA ÓTIMA MANEIRA QUE ELES TÊM PARA MOSTRAR QUEM SÃO: PRESSIONAR PELO BOLO LATERAL. 

CADA UM NESSA VIDA MOSTRA O QUE TEM E O QUE É

RATIFICADO


Comissão do Senado aprova indicação de Rosa Weber para o STF



Após mais de cinco horas de sabatina, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta terça-feira (6), com 19 votos favoráveis e 3 contrários, a indicação de Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para o cargo de ministra do STF (Supremo Tribunal Federal). O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) pediu urgência para a votação da matéria pelo plenário do Senado. Em meio à sabatina, a atual ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) se declarou impedida de expressar opinião sobre ações em julgamento no STF. A atitude da indicada para o cargo de ministra da Suprema Corte foi criticada pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Aloysio Nunes (PSDB-SP). "Lamento o fato de não poder saber como o sabatinado vai encarar questões delicadas e que serão definidas pela Corte que vai integrar", afirmou Aloysio Nunes (PSDB-SP). Rosa justificou essa recusa com base na Loma (Lei Orgânica da Magistratura), que a impediria de adiantar posição sobre processos que terá de julgar. Assim, se concordasse em responder a essas indagações, estaria ferindo a lei. O único compromisso público firmado foi o de guardar a Constituição caso chegue ao Supremo. Taques reagiu ao silêncio da indicada sobre temas afetos ao Supremo defendendo mudanças na Loma. Mas não se furtou de questioná-la, por exemplo, sobre atos de corrupção envolvendo membros do Poder Judiciário.
Sérgio Lima/Folhapress
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado sabatina Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, indicada para o cargo de ministra do STF
CCJ do Senado sabatina Rosa Maria Weber Candiota da Rosa, indicada para o cargo de ministra do STF

Escolhida pela presidente Dilma Rousseff, ela será a terceira mulher da história a se tornar ministra do STF. Rosa ocupará a vaga deixada por Ellen Gracie, que decidiu se aposentar em agosto deste ano. Juíza trabalhista de carreira, ela é hoje ministra do TST, apontada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rosa sempre atuou na área trabalhista e será a primeira vez que ela atuará com outros temas. A posse do novo integrante do STF está sendo aguardada com ansiedade para a conclusão de votações importantes no tribunal, como a que estabelece a validade da Lei da Ficha Limpa para as eleições municipais de 2012.
Com Agência Senado

NOTA DO BLOG: COM ESSA INDICAÇÃO, A PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF CONSOLIDA UMA MARCA DESTACÁVEL NESSE PRIMEIRO ANO: O FEMINISMO. ALÉM DE VÁRIAS MINISTRAS DA SUA COTA PESSOAL NO PODER ADMINISTRATIVO, DE TER SUGERIDO PARA O NOME DO FUTURO AEROPORTO DE SÃO GONÇALO DE AMARANTE O DE UMA MULHER, HOJE ELA CONSEGUE VER SUA INDICADA REFERENDADA PELO SENADO COMO A MAIS NOVA MINISTRA DO STF. TODOS SOMOS IGUAIS E ESSA ÊNFASE NO FEMINISMO AJUDA A DIMINUIR AS DISTÂNCIAS DE GÊNERO NO QUE TANGE AS CORTES NO PAÍS, ALÉM DA PRÓPRIA POLÍTICA BRASILEIRA. A TRAJETÓRIA DA MAIS NOVA MINISTRA ROSA É CONDIZENTE COM A IMPORTÂNCIA DO CARGO. BOA SORTE.

TOMARA QUE DÊ CERTO


Senado aprova texto-base do projeto que reforma Código Florestal


Por 59 votos contra 7, o Senado aprovou nesta terça-feira o texto-base do projeto que reforma o Código Florestal. Os senadores, no entanto, ainda precisam analisar mais de 40 emendas que foram apresentadas e que pedem mudanças no texto. Há um acordo de líderes para que as propostas sejam votadas ainda na noite de hoje. O PSOL foi o único a recomendar a rejeição do texto.Um dos relatores do projeto, o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que mais da metade dessas emendas estão prejudicadas e serão derrubadas porque tratam da proposta aprovada pela Câmara, que já passou por modificações em três comissões do Senado. Os senadores devem discutir pelo menos duas mudanças significativas que foram negociadas com o governo antes da votação. A principal divergência é quanto a manutenção de parte dos manguezais como áreas de proteção permanente. Nesse bioma, ocorre a produção de camarão. A bancada do Nordeste, que tem apoio dos ruralistas, defende que os mangues não sejam considerados áreas de preservação, o que livraria a produção de regras rígidas. Uma emenda deve permitir que autorizações seja concedidas quando houver interesse social. Pelos cálculos de técnicos do governo, 65% dos mangues terão que ser preservados.
Antonio Cruz/Agência Brasil
Ativistas do Greenpeace protestam em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, contra votação do Código Florestal
Ativistas do Greenpeace protestam em frente ao Congresso, em Brasília, contra votação do Código Florestal

Outra questão polêmica é em relação às atividades rurais nas bacias hidrográficas mais ameaçadas. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) propõe que comitês de bacia tenham prerrogativa para decidir o aumento de percentuais de proteção dessas áreas. Os ruralistas dizem que isso dá poder demais para os comitês. A alternativa em discussão é permitir que os governadores decidam sobre a proteção especial após ouvir os comitês. Uma proposta que chama atenção é a emenda do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que propõem desmatamento zero por dez anos na Amazônia. Ele reuniu apoio de 11 colegas.

ANISTIA

Peça-chave da legislação ambiental brasileira, o Código Florestal impõe limites ao avanço da produção agrícola e da pecuária no país ao definir quais áreas podem ser ocupadas pelos proprietários rurais e quais devem ser obrigatoriamente preservadas. A proposta poupa a presidente Dilma de desgaste ao excluir a anistia explícita a desmatadores embutida no projeto da Câmara dos Deputados. O texto da Câmara regularizava toda a produção agropecuária nas áreas de preservação permanente, deixando sem recuperação 55 milhões de hectares de florestas desmatadas até 22 de julho de 2008 --uma área do tamanho da França. Os desmatadores ficariam livres de multa. Os senadores obrigam os fazendeiros a recompor de 15 metros a 100 metros de mata ciliar. Propriedades até quatro módulos são isentas. Na volta do texto para Câmara, esse ponto deve ser rediscutido. O projeto mantém 2008 como data-limite para a regularização, livrando de multa os proprietários que aderirem a planos de regularização a serem implantados em um ano. A proposta agrada ao governo que avalia que os senadores melhoraram e avançaram na proposta encaminhada pela Câmara. A ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) e assessores participaram ativamente das negociações, permitindo, por exemplo, a anulação de multas aplicadas a fazendeiros que desmataram sem autorização áreas que podiam ser exploradas, mas só com licença ambiental. O projeto estabelece ainda que o Brasil poderá impor barreiras comerciais a produtos agrícolas de países que não adotem legislações ambientais "compatíveis" com a brasileira. Foram mais de cinco horas de discussão. O tema dividiu os senadores. Parlamentares alinhados aos ambientalistas fizeram discurso contra a matéria. Argumentam que a proposta deixa brecha para novos desmatamentos e fragiliza a legislação ambiental. 0 senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que o texto prejudica especialmente a Mata Atlântica e fragiliza a legislação amebiental. "O Brasil precisa e pode ser uma potência ambiental. Nós precisamos e podemos ser uma potência utilizando os recursos que temos nas nossas florestas. Nós não podemos e não precisamos de legislações que relativizem a proteção ambiental brasileira." Presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse que esse é o texto possível, que os produtores não saem 100% satisfeitos. Ela lembrou que essa discussão dura mais de 15 anos no Congresso e afirmou que a proposta vai permitir a recuperação de 30 milhões de hectares e representa uma redução de US$40 bilhões no agronegócio. "É um prejuízo. Isso não é qualquer coisa. É um forte impacto na produção, no PIB e na geração de empregos. Agora, não é um texto ideal para todos, mas o texto possível." Estremecido com os movimentos ambientalistas, Viana voltou a alfinetar os segmentos. "Tem alguns que não vivem sem problemas." E completou: "Isso não trás alvore de volta, não ajuda o Brasil. as condições estão dadas.' Para Márcio Astrini, do Greenpeace, o Senado produziu um texto com uma série de dúvidas que poderão ser enfrentadas na Justiça. "São várias as inseguranças que podem chegar na Justiça. Como essa interpretação da anistia. O Ministério Público, técnicos do Senado, cientistas todos apontam que há anistia, menos o governo que adotou um discurso diferente". A Polícia do Senado adotou um sistema mais rígido de controle para acesso às dependências da Casa durante a votação. Os protestos de estudantes ocorreram no local de desembarque dos parlamentares. Como a proposta sofreu mudanças no Senado, se aprovada, terá que passar por uma nova avaliação dos deputados.

FHC RECOMENDA TIRO NO PÉ À OPOSIÇÃO

Oposição tem que dizer ‘o que é contra e o que é a favor’, afirma FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que o seu partido, o PSDB, deve dizer “o que é contra e o que é a favor” para marcar suas posições em relação governo federal, em entrevista nesta segunda-feira, 5, ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante sua participação no programa, FHC falou sobre política, economia e a sociedade brasileira, entre outros temas. Ele admitiu que seu partido não soube “deixar uma marca” nas políticas sociais, apesar dos esforços do seu governo nessa área, e atribuiu a isso a imagem mais associada às parcelas ricas da população. FHC lembrou também que, durante a sua Presidência, ocorreram algumas crises econômicas e “a situação da população era objetivamente pior”. “A política depende muito das circunstâncias”, observou. Ao ser questionado o slogan em inglês “Yes, we care”, que sugeriu para o PSDB em recente evento partidário, FHC esclareceu que não pretendia ser interpretado literalmente. “Imagine se eu iria falar isso pro povo. Só se fosse um débil mental”, disse. O ex-presidente comentou a atual situação da economia nacional, que avançou muito nos últimos anos, e afirmou que, segundo ele, “o Brasil está saindo de uma fase de escassez para um começo de prosperidade”. Sobre a nova classe média, ele disse que hoje ela é apenas uma “classe de  renda”. FHC prevê que no futuro, a nova classe vai superar a busca pelo acesso e vai querer mais qualidade. “É essa hora que entra a questão do valor.” Além do jornalista Mario Sergio Conti, que apresenta o programa, participaram da bancada o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour; o editor-executivo do jornal Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila; o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Góis; a psicanalista e escritora Maria Rita Kehl, e a historiadora e antropóloga, professora titular de Antropologia da USP, Lilia Schwarcz. Redes sociais. FHC destacou mais de uma vez durante o programa o papel importante que atribui às novas formas de comunicação, como os sites de relacionamento e outras plataformas da internet. “Acho que hoje em dia que está fora do Facebook não está na vida real”, disse logo no início da transmissão. “Esse mundo me fascina”, admitiu o ex-presidente, que aos 80 anos estreou nesta segunda-feira sua página na rede social criada pelo norte-americano Mark Zuckerberg. FHC destaca que não é “usuário habitual” desses meios, mas já apresenta uma  visão pessoal sobre sua utilização. O ex-presidente criticou a exposição pessoal através da rede e disse não achar que o espaço deve ser usado para dizer “fiz isso, fiz aquilo, estive com fulano”.

Veja como foi:

23h43 - Termina o programa Roda Viva.
23h40 - Ao comentar sua estreia no Facebook, FHC afirma que “o mundo novo é um mundo que tem essa discussão direta” e admite: “Esse mundo me fascina.” Ele diz não ser “usuário habitual” das redes sociais, mas afirma ter “interesse pelo que acontece”. O ex-presidente critica a exposição de si mesmo através da rede e diz que não achar que o espaço deve ser usado para dizer “fiz isso, fiz aquilo, estive com fulano”. Para resumir seu sentimento sobre os novos meios, afirma: “Tem muita coisa boa no mundo.”
23h32 - Estimulado a comentar a criação da Comissão da Verdade pelo governo Dilma, FHC afirma ser “totalmente favorável” ao projeto. “As vitimas têm o direito de saber o que aconteceu”, ressalta. Ele diz ter sido vítima da ditadura e ter visto pessoas que foram torturadas. “Pra mim não é uma questão retórica, é uma questão existencial.” Ele conclui indicando que acredita que o modo como a Comissão da Verdade foi feita é “equilibrada”.
23h25 - Gandour questiona se o modelo chinês seria perigoso, por unir desenvolvimento econômico e falta de democracia. Para FHC, pode ser uma tentação para “atrasar” determinadas ações. Ele afirma que o governo “hesita  entre modelos” e cita como exemplo a privatização dos aeroportos. “Não se assume.”
O ex-presidente afirma que considera a Educação um setor “essencial”. “O mundo mudou muito e nos continuamos ensinando a mesma coisa”, afirma. “Acho que tem que ir mais fundo, não adianta só dar mais.” Ele diz se assustar com um dado sobre as escolar: “A evasão escolar estava ocorrendo pela falta de interesse do aluno no que estava sendo lecionado.”
Sobre a economia, diz que o mundo “só vai sair” da situação atual quando “abrir novas frentes de investimento”. Segundo FHC, “tanto a China como os Estados Unidos sabem disso e estão se preparando”.
23h10 - Após pergunta pré-gravada do ex-governador de São Paulo José Serra sobre as diferenças entre o governo FHC e o governo Lula, o tucano destaca a atual situação da economia. “Pela primeira vez a definição de desindustrialização cabe”, diz o ex-presidente. “Quando saí, a indústria era 60% e a os commodities 40%, e agora se inverteu”, afirma FHC, que atribui a mudança ao cenário externo.
O ex-presidente critica a criação de cargos de confiança e diz que há clientelismo demais no governo federal. É um “botim do Estado, vou repartir o Estado e assim tenho uma maioria”, diz FHC ao descrever a mentalidade atual. Ele afirma que, se pudesse dar um conselho à presidente Dilma Rousseff, diria que “não precisa de uma maioria tão grande”. “Se você quiser uma maioria  absoluta, 80%, você vai ter que negociar com todo mundo.”
22h59 - Sobre a crise europeia, FHC afirma que faltou capacidade política e que isso é “preocupante”. O ex-presidente aponta a “falência dos partidos” europeus como uma das causas da crise política que acompanhou os problemas econômicos. Ao ouvir uma comparação com o Plano Real, ele diz que a Europa terá que fazer os seus sacrifícios e se reorganizar, como ocorreu no Brasil para superar a hiperinflação. FHC destaca que a falta de punição aos grandes banqueiros norte-americanos é um problema. “Houve crime, mas não houve castigo.”
22h49 - Ricardo Gandour lembra que ele tem escrito sobre a predominância do mercado e pergunta se, no âmbito econômico, não é mais difícil fazer oposição devido aos avanços do País nos últimos anos. “Na pratica hoje, o que orienta é o mercado”, responde FHC. “Está todo mundo obcecado com o mercado.” Ele diz que, na Europa, os governos “de esquerda e de direita” caem porque o mercado “está lá embaixo”.
Para o ex-presidente, a crítica à corrupção pode ser vista como um “estilo UDN”, mas destaca que os jovens “nem sabem o que é UDN hoje em dia”. O partido tem que dizer “o que é contra e o que é a favor”, opina. Questionado se foi isso que faltou na campanha de 2010, ele responde. “Não posso falar da ultima, mas falta em geral.” Segundo o ex-presidente, nas redes sociais não existe “individualismo possessivo” e as pessoas “querem ser pessoas, querem opinar”.
Sobre as novas classes médias, ele diz que hoje são apenas “classes de  renda”. FHC prevê que no futuro, a nova classe vai superar a busca pelo acesso e vai querer mais qualidade. “É essa hora que entra a questão do valor.”
22h39 - Lilia Schwarcz lembra de posição sobre a ação afirmativa e compara àquela expressa pelo ex-presidente sobre a descriminalização da maconha. “Equidade é o principal problema para mim. É preciso ter equidade”, diz FHC sobre as ações afirmativas para negros.
Sobre a questão das drogas, ele diz que a “preocupação veio pela desmoralização das instituições”. FHC cita número de mortos na guerra contra o narcotráfico no México e compara aos mortos dos EUA no Vietnã. “O país que mais progrediu nesta matéria foi Portugal, que conseguiu diminuir o consumo e descriminalizar.”
FHC diz que, com base em estudos que leu, sabe que “a maconha faz menos dano do que o álcool e do que o cigarro” e pergunta: “Porque não fazer com a maconha o que fizeram com o cigarro?”
22h34 - Após ouvir pergunta pré-gravada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre o grande número de partidos no País, FHC diz que temos “legendas, não partidos”. O ex-presidente lembra que as “poucas tentativas” de alterar esse quadro, “como a cláusula de barreira”, foram derrubadas na Justiça.
22h28 - Maria Rita Kehl lembra declarações de FHC sobre a impossibilidade de incluir todos na economia e sobre “quebrar a espinha” dos petroleiros em greve durante seu governo. Sobre a primeira, FHC diz: “Nos vivemos no regime capitalista. O regime capitalista raramente dá pleno emprego.” Ele destaca que não queria dizer que era “impossível” a inclusão de todos, mas que naquele momento não ocorreria. O ex-presidente lembra que, durante seu governo, havia a hiperinflação e diz que na atualidade “dá pra incluir”.
“O Brasil está saindo de uma fase de escassez para um começo de prosperidade”, analisa FHC. Sobre a segunda declaração, o ex-presidente  afirma que a greve era política e a frase foi “uma força de expressão”. Ele lembra que, na década de 1980, participou das greves no ABC e do início da Força Sindical. Sobre a greve na refinaria, diz que os grevistas queriam “criar condições de inviabilidade do governo”.
22h19 - Conti lembra critica de FHC a Lula, na qual o compara aos stalinistas. O ex-presidente afirma que é um exagero, mas destaca que o Congresso perdeu importância durante o governo petista e diz que Lula tem um discurso que deixa a entender que “começou tudo”.
22h15 - Sérgio Dávila lembra do slogan “Yes, we care” e pergunta se acha que isso funciona. “Imagine se eu iria falar isso pro povo. Só se fosse um débil mental”, responde FHC. Ele diz que usou a expressão em inglês em evento político para exemplificar o que acredita ser o discurso certo para o partido, mas ressalta que não espera que o slogan seja usado em inglês.
22h13 - FHC destaca o papel das novas tecnologias e diz que falta ao partido a capacidade de se apresentar nesses meios. “O povo muda”, diz ele, indicando que o partido deve seguir essas mudanças.
22h10 - Ao iniciar o programa, o apresentador lembra de uma pesquisa que mostra que o PSDB é um partido mais identificado com os ricos e o PT, com os pobres. Ele pergunta se é um problema de comunicação. Para FHC, “dizer que não consegue se comunicar é colocar toda a culpa na comunicação”. O ex-presidente afirma que seu partido não soube “deixar uma marca” nas políticas sociais e apresentar os esforços do governo nesta área. FHC lembra que, durante sua presidência, ocorreram crises e “a situação da população era objetivamente pior”. “É muito difícil para quem melhorou e antes economicamente era pior que antes era melhor.” O ex-presidente conclui que “política depende muito das circunstâncias”.
22h00 - Antes do início do programa, Mario Sérgio Conti lembra que Fernando Henrique Cardoso lança nesta segunda-feira, 5, o seu perfil no Facebook. Ao ser questionado sobre o motivo da adesão à rede social, afirma: “Acho que hoje em dia que está fora do Facebook não está na vida real.”

NOTA DO BLOG: ACASO A OPOSIÇÃO DIGA O QUE É CONTRA E O QUE É A FAVOR  A SUA SITUAÇÃO SÓ VAI PIORAR. VÃO DIZER QUE É A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS E PERDERÃO PARTE DOS EVANGÉLICOS AMIGOS. DIRÃO QUE NÃO ACHAM "TÃO IMPORTANTE O VOTO ABERTO NO CONGRESSO" E PERDERÃO AINDA MAIS A CLASSE MÉDIA COMO ELEITORES. TERÃO QUE DIZER QUE CONTINUARÃO OS PROJETOS: BOLSA-FAMÍLIA, PROUNI, MINHA CASA, MINHA VIDA, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, PAC, TRANSNORDESTINA, NORTE-SUL, SAMU, FAMÁCIA POPULAR, REDE CEGONHA E SÓ EXALTARÃO O ATUAL GOVERNO. CONCLUSÃO: COM MUITA CERTEZA, O PSDB VAI CONTINUAR ENROLANDO OS ELEITORES E ADOTANDO A TESE DO DENUNCISMO PARA DERRUBAR MINISTROS EM ESCALA. CONFORME DISSEMOS, OUTROS VIRIAM NO RODÍZIO DE MINISTROS. A VELHA MÍDIA QUER MOSTRAR QUE AINDA TEM FORÇA E FAZ A TABELINHA. AGORA NESTA SEMANA O ALVO DA VEZ É O MINISTRO FERNANDO PIMENTEL. ESTÃO QUERENDO CHEGAR MAIS PERTO DA PRESIDENTA. ATENTEM BEM!

QUEM DERA TIVESSEM ELES OS ARGUMENTOS QUE A OPOSIÇÃO DE JOSÉ DA PENHA TEM PARA SUGERIR MUDANÇAS. CERTAMENTE O PSDB, OS DEMOS E DEMAIS TERIAM MUITOS E PLAUSÍVEIS MOTIVOS PARA SEREM ALTERNATIVAS. O PT INCOMODA MESMO.