segunda-feira, 7 de maio de 2012

A GOTA D'ÁGUA DA DESMORALIZAÇÃO


Paulo Davim defende que Micarla de Sousa não tente reeleição

Senador pevista justificou opinião alegando que prefeita tem saúde frágil e enfrenta desgaste político e administrativo


O senador Paulo Davim (PV) defendeu em entrevista ao Jornal 96 que a prefeita Micarla de Sousa, de mesmo partido, não seja candidata à reeleição "por vários motivos", sendo a saúde o fator preponderante para a gestora abrir mão da disputa. "Eu conversei com a prefeita e externei esse posicionamento a ela. Acho que ela não deveria ser candidata pela questão de saúde. Ela tem uma saúde frágil e digo isso com autoridade de quem foi médico dela", disse. Em seguida, Davim abordou a questão política: "A avaliação administrativa e política é outro fator", disse o senador em alusão ao desgaste da prefeita, traduzido em desaprovação que orbita em 90%. "Eu disse a ela essas razões e ela está refletindo. No final, a decisão cabe apenas a ela", arrematou o pevista.

OU O POVO APRENDE OU VAI CONTINUAR A SOFRER DECEPÇÕES E DEIXAR DE DESFRUTAR A QUALIDADE DE VIDA QUE TEM DIREITO COM O DINHEIRO COLETIVAMENTE DE TODOS. ACORDEMOS, TODOS!

MAIS LIDERANÇAS ADEREM AO PROJETO ALTERNATIVO EM JOSÉ DA PENHA



Neste Sábado o Grupo Amigos de José da Penha juntamente com os partidos que integram o Bloco de Oposicão LANÇARAM A CAMPANHA  “JOSE DA PENHA VOTA LIMPO”. O evento foi marcado pela presença de representantes de várias comunidades e lideranças políticas local e regional que estão se somando ao GRUPO COMO O DR. EDILSON LEITE, FILHO DO EX-PREFEITO OSÓRIO ESTEVAM E EX-CANDIDATO A PREFEITO DO MUNICÍPIO, DO DEPUTADO ESTADUAL GETÚLIO REGO E DO PREFEITO DE PAU DOS FERROS LEONARDO RÊGO. O objetivo do encontro foi esclarecer o eleitorado municipal quanto a importância dos mesmos votarem levando em consideração os interesses coletivos, procurando escolher aqueles que realmente demonstram mais capacidade para administrar este município, principalmente agora em virtude da difícil crise administrativa pelo qual passa, uma crise gerada muito pela AUSÊNCIA DOS SEUS PRINCIPAIS REPRESENTANTES, PREFEITO E VICE. NÃO SE PODE ADMNISTRAR UM MUNICÍPIO POR PROCURAÇÃO, PREFEITO TEM QUE SER AQUELE QUE O POVO ELEGE, NÃO INTERVENTORES QUE NÃO TEM NENHUM COMPROMISSO COM O FUTURO DESTE MUNICÍPIO.

FONTE: JUNIOR-DUBA.BLOGSPOT.COM

CUIDADO COM O QUE VOCÊ LÊ


Trevas ao meio-dia


Por que a mídia nativa fecha-se em copas diante das relações entre Carlinhos Cachoeira e a revistaVeja? O que a induz ao silêncio? O espírito de corpo? Não é o que acontece nos países onde o jornalismo não se confunde com o poder e em vez de servir a este serve ao seu público. Ali os órgãos midiáticos estão atentos aos deslizes deste ou daquele entre seus pares e não hesitam em denunciar a traição aos valores indispensáveis à prática do jornalismo. Trata-se de combater o mal para preservar a saúde de todos. Ou seja, a dignidade da profissão. O Reino Unido é excelente e atualíssimo exemplo. Estabelecida com absoluta nitidez a diferença entre o sensacionalismo desvairado dos tabloides e o arraigado senso de responsabilidade da mídia tradicional, foi esta que precipitou a CPI habilitada a demolir o castelo britânico de Rupert Murdoch. Isto é, a revelar o comportamento da tropa murdoquiana com o mesmo empenho investigativo reservado à elucidação de qualquer gênero de crime. Não pode haver condão para figuras da laia do magnata midiático australiano e ele está sujeito à expulsão da ilha para o seu bunker nova-iorquino, declarado incapaz de gerir sua empresa. O Brasil não é o Reino Unido, a gente sabe. A mídia britânica, aberta em leque, representa todas as correntes de pensamento. Aqui, terra dos herdeiros da casa-grande e da senzala, padecemos a presença maciça da mídia do pensamento único. Na hora em que vislumbram a chance, por mais remota, de algum risco, os senhores da casa-grande unem-se na mesma margem, de sorte a manter seu reduto intocado. Nada de mudanças, e que o deus da marcha da família nos abençoe. A corporação é o próprio poder, de sorte a entender liberdade de imprensa como a sua liberdade de divulgar o que bem lhe aprouver. A distorcer, a inventar, a omitir, a mentir. Neste enredo vale acentuar o desempenho da revista Veja. De puríssima marca murdoquiana. Não que os demais não mandem às favas os princípios mais elementares do jornalismo quando lhes convém. Neste momento, haja vista, omitem a parceria Cachoeira-Policarpo Jr., diretor da sucursal de Veja em Brasília e autor de algumas das mais fantasmagóricas páginas da semanal da Editora Abril, inspiradas e adubadas pelo criminoso, quando não se entregam a alguma pena inspirada à tarefa de tomar-lhe as dores. Veja, entretanto, superou-se em uma série de situações que, em matéria de jornalismo onírico, bateram todos os recordes nacionais e levariam o espelho de Murdoch a murmurar a possibilidade da existência de alguém tão inclinado à mazela quanto ele. E até mais inclinado, quem sabe. O jornalismo brasileiro sempre serviu à casa-grande, mesmo porque seus donos moravam e moram nela. Roberto Civita, patrão abriliano, é relativamente novo na corporação. Sua editora, fundada pelo pai Victor, nasceu em 1951 e Veja foi lançada em setembro de 1968. De todo modo, a se considerarem suas intermináveis certezas, trata-se de alguém que não se percebe como intruso, e sim como mestre desbravador, divisor de águas, pastor da grei. O sábio que ilumina o caminho. Roberto Civita não se permite dúvidas, mas um companheiro meu na Vejacensurada pela ditadura o definia como inventor da lâmpada Skuromatic, aquela que produz a treva ao meio-dia.
Indiscutível é que a Veja tem assumido a dianteira na arte de ignorar princípios. A revista exibe um currículo excepcional neste campo e cabe perguntar qual seria seu momento mais torpe. Talvez aquele em que divulgou uma lista de figurões encabeçada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apontados como donos de contas em paraísos fiscais. Lista fornecida pelo banqueiro Daniel Dantas, especialista no assunto, conforme informação divulgada pela própria Veja. O orelhudo logo desmentiu a revista, a qual, em revide, relatou seus contatos com DD, sem deixar de declinar-lhes hora e local. A questão, como era previsível, dissolveu-se no ar do trópico. Miúda observação: Dantas conta entre seus advogados, ou contou, com Luiz Eduardo Greenhalgh e Márcio Thomaz Bastos, e este é agora defensor de Cachoeira. É o caso de dizer que nenhuma bala seria perdida? Sim, sim, mesmo os mais eminentes criminosos merecem defesa em juízo, assim como se admite que jornalistas conversem com contraventores. Tudo depende do uso das informações recebidas. Inaceitável é o conluio. A societas sceleris. A bandidagem em comum.