Temer quer levar Dilma à propaganda do PMDB na TV
O PMDB prepara-se para levar ao ar, em novembro, sua última propaganda partidária televisiva do ano. Serão dez minutos em horário nobre, mais 12min30s em inserções distribuídas ao longo da programação. No
comando da operação, o vice-presidente Michel Temer decidiu reservar um
pedaço da publicidade do PMDB à petista Dilma Rousseff. Acha
que um pronunciamento da presidente no horário reservado ao PMDB
tonificaria a ideia de que o partido é, hoje, sócio do governo, não mero
apoiador. De
resto, a presença Dilma reforçaria a “unidade” de propósitos que anima o
PMDB a compor o condomínio partidário que provê suporte congressual ao
governo. Curiosamente, a sugestão de Temer não obteve aceitação unânime da cúpula partidária. Houve quem torcesse o nariz. Os
argumentos da turma do contra evidenciam as trincas do relacionamento.
Alega-se, por exemplo, que o PMDB não recebeu de Dilma o tratamento que
esperava. Perdeu ministérios poderosos que controlava sob Lula: Integração Nacional, Comunicações e Saúde. Em
troca, recebeu “apêndices” inexpressivos –Turismo e Secretaria de
Assuntos Estratégicos— e uma pasta que não toca “obras”: a Agricultura. De
resto, argumenta-se que a aparição de Dilma interessa menos ao partido e
mais a Temer, hoje concentrado em viabilizar a reedição da chapa para a
sucessão de 2014. Na
propaganda partidária do primeiro semestre, exibida em 2 de junho, o
PMDB levara à TV uma mensagem de Lula. Nem sinal de Dilma. A ausência da presidente recém-eleita açulara a especulação de que Dilma não frequentava os planos do PMDB para 2014. Temer e a maioria dos dirigentes do partido enxergam os argumentos contrários à aparição como veneno fraco. Mantendo-se o quadro atual, Dilma só não aparecerá na publicidade do PMDB se não quiser.
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