Dilma assina acordo que amplia limite de endividamento de sete Estados
Agência Brasil
Sete estados poderão pegar R$ 21,3 bilhões emprestados no sistema
financeiro para obras de infraestrutura. Acordo para liberação dos
recursos foi assinado nesta quinta-feira, 10, pela presidenta Dilma
Rousseff. A medida beneficia aos estados de Alagoas, do Maranhão, de
Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e de São
Paulo. A liberação não resultará em desembolsos por parte da União.
Isso porque esses estados apenas tiveram aumentados os limites impostos
pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a obtenção de
empréstimos. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, não esteve em Brasília
nesta quinta para firmar o acordo porque participa de protesto contra a
mudança na repartição dos royalties do petróleo, realizado no centro da
capital fluminense. O Estado foi contemplado com R$ 6 bilhões dos R$
21,3 bilhões, mas a liberação efetiva ainda depende da ida do governador
a Brasília para assinar o documento. Em relação aos demais estados, os recursos foram distribuídos da
seguinte forma: R$ 7 bilhões para São Paulo, R$ 3 bilhões para Minas
Gerais, R$ 2 bilhões para o Maranhão, R$ 1,497 bilhão para o Rio Grande
do Sul, R$ 1,192 bilhão para o Paraná e R$ 666 milhões para Alagoas. No mês passado, a presidenta Dilma havia assinado acordo semelhante
com mais dez estados, que tiveram R$ 15,7 bilhões liberados, totalizando
R$ 37 bilhões em aumento de recursos neste ano. Até o fim do ano, mais
oito unidades da Federação assinarão o acordo – apenas o Amapá e o
Tocantins ficarão de fora porque não aderiram ao programa de ajuste das
contas públicas. Na cerimônia de assinatura, a presidenta ressaltou que o acordo aumentará a capacidade de investimento dos estados
em meio ao agravamento da crise econômica no exterior. “O acordo
constitui uma certeza do nível de investimentos que o Brasil vai ser
capaz de fazer nos próximos anos. Acredito que [a liberação] de R$ 37
bilhões, com estabilidade, é algo com que temos de congratular”,
declarou. Também presente à solenidade, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
esclareceu que as liberações não afetam o cumprimento das metas fiscais.
“Os estados que têm direito a isso são aqueles que cumprem
rigorosamente as exigências, ou seja, estão diminuindo seu
endividamento, estão produzindo resultado fiscal anual”, explicou. Para terem direito ao aumento dos limites da LRF, os estados tiveram
de assinar um acordo com o Ministério da Fazenda comprometendo-se a
cumprir metas fiscais e a receber uma missão de técnicos do Tesouro
Nacional. A equipe econômica analisa o desempenho dos estados e aprova a
liberação dos recursos para os estados se endividarem no sistema
financeiro.
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