EIS A GRANDE DIFERENÇA ENTRE QUEM PRESTA E QUEM DIZ QUE PRESTA
A chamada "grande imprensa" mudou o tom e finalmente vai se rendendo à verdade.
Há alguns dias dizia que a faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff no governo era de mentirinha, de fachada. Hoje conta que a faxina não atinge só os ministérios onde se detecta malfeitos, mas também órgãos governamentais como a Polícia Federal, a Receita do Brasil e até a Controladoria Geral da União. O repórter Vannildo Mendes traz a notícia completa e diferente, muito diferente do que ocorria no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso - quando ninguém era punido e todos os que roubavam e praticavam malfeitos se safaram sem arranhões. O detalhe é que a faxina não começou agora, mas desde 2004 - quando o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva.
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O recorde de seis ministros demitidos por suposto envolvimento com malfeitos foi acompanhado por outro placar que também expõe a corrupção governamental. Em tempos de faxina no setor público, a Polícia Federal prendeu este ano 79 policiais em dez operações de combate ao crime organizado realizadas em todos os Estados. O número de prisões é quase cinco vezes maior que em 2010, quando foram detidos 17 policiais em três operações.
Além disso, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pelo controle interno do governo, de janeiro a novembro deste ano 514 servidores federais foram expulsos da administração pública, um recorde para o mesmo período nos últimos oito anos.
Levantamento feito nas principais órgãos de controle da União mostra que têm crescido tanto as prisões como as demissões de fiscais da lei, como auditores da Receita Federal, analistas da CGU e policiais em todos os níveis. Diante do elevado grau de corrupção entre agentes públicos, a PF intensificou em 2012 as ações repressivas voltadas para o setor policial e as carreiras de Estado das áreas de fiscalização e controle. Novas operações com esse foco, segundo foi apurado, estão programadas. Os expurgos do setor público atingiram não só a PF, mas todas as carreiras típicas de Estado, inclusive as que têm o dever cobrar dos outros o cumprimento da lei. De 2004 a 2011, a CGU puniu malfeitos de 64 analistas e técnicos de finanças da própria equipe. Os números chamaram a atenção das autoridades federais para a necessidade de fortalecimento das corregedorias de controle interno que, com raras exceções, funcionam precariamente e sem independência. Agentes da PF foram detidos em diferentes operações. Três foram presos na Operação Insistência, em agosto, em São Paulo, por envolvimento com esquema de contrabando na Rua 25 de Março. Outro foi detido por corrupção na Operação Pré-Sal, realizada em maio, também na capital paulista. O grupo era acusado de extorquir empresários de combustíveis no litoral norte. Entre 2003 e 2010, a corregedoria da PF puniu mais de 600 policiais com penas que vão de advertência a suspensão e demissão. Desse total, 72 (12%) foram demitidos por irregularidades graves, incluindo corrupção e crime organizado. Em 1434 operações realizadas desde 2005 a outubro deste ano, o órgão prendeu também 1.778 servidores de todas as carreiras e esferas do setor público. Destes, 55 eram policiais federais, sendo seis deles delegados. As ações da PF também resultaram em prisões de policiais militares suspeitos de corrupção. Em fevereiro, a Operação Sexto Mandamento prendeu 13 policiais militares, entre os quais um coronel e vários oficiais, acusados de integrar um grupo de extermínio que atuava há anos em Goiás. Em março, a Operação Mar Vermelho colocou atrás das grades outro militar, por contrabando e homicídio. No Mato Grosso, dois PMs foram presos por assalto a banco, na Operação Balista, realizada em abril. Só na Operação Láparos, realizada em novembro, no Paraná, foram presos por contrabando 23 PMs. Essa mesma operação prendeu oito policiais civis. Na captura do traficante Nem, em novembro, no Rio, foram tirados de circulação quatro policiais civis que deram proteção ao criminoso. Houve ainda prisões de PMs nas Operações Nicot, no Paraná e Loki, em Santa Catarina, ambas por contrabando de mercadorias procedentes do Paraguai. Com corregedoria frágil e sem controle interno eficaz, a Polícia Rodoviária Federal também passou a ser alvo frequente de operações. Na Pisca Alerta, em março, foram presos dez agentes rodoviários de uma só vez, todos acusados de corrupção. Eles eram responsáveis pela fiscalização na BR-101 Sul (Rio-Santos) e agora respondem a processo administrativo disciplinar.
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