ESSE É O REPRESENTANTE DO PARTIDO DA OPOSIÇÃO BRASILEIRA
Deputado do PSDB é acusado de chamar policial de macaco
Carlos Alberto Leréia se sentiu ofendido por servidor que pediu que ele se identificasse
O deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) foi acusado na quarta-feira
(14) de cometer racismo dentro do Congresso. A Polícia do Senado vai
investigar a ocorrência, que teve como alvo um servidor público. O
boletim de ocorrência informa que o Leréia chamou o policial negro de
"macaco" e que mandou que ele "procurasse um pau para subir", antes de
se dirigir do plenário para o cafezinho dos senadores. A ofensa, de acordo com o documento, começou quando o policial, que
trabalha no Senado e não na Câmara, pediu ao deputado que se
identificasse. Irritado, Leréia respondeu que o servidor deveria saber
quem era ele ou que, então, "procurasse na Internet porque ele não iria
se identificar". E repetiu a sugestão de "procurar um pau para subir",
ofensa testemunhada de perto por dois senadores. Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) pediu ao policial que "não retornasse mais a falar com o cidadão que se dizia deputado". - Foi feio, o segurança usou a prerrogativa, mas ele não quis se identificar. Já o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) entendeu que o policial falou
com o deputado num tom elevado de voz e com o dedo em riste. - Eu teria dado voz de prisão [contra o servidor].O boletim de ocorrência registra que não foi esse o primeiro
envolvimento de Carlos Alberto Leréia numa ocorrência no plenário do
Senado. Na ocasião anterior, ele teria mandado outro policial "tomar no
c...". O deputado confirmou ter dito "vai catar um pau para subir" ao
funcionário. Mas negou tê-lo chamado de macaco e alega que não tem de se
identificar para entrar no plenário. - Ele queria que eu mostrasse a identidade. De acordo com Leréia, é desnecessário até mesmo usar na lapela o broche de parlamentar. - Não vou mostrar a identidade no Congresso, se broche for a maneira de entrar, é só mandar fazer [um broche]. Radialista, Leréia disse que mandou seus advogados entrarem com uma
representação contra o policial. Já o diretor-geral da Polícia do
Senado, Pedro Araujo, informa que, se confirmados, os fatos constarão da
representação que será encaminhada à corregedoria do Senado, à qual
compete pedir providências à Corregedoria da Câmara dos Deputados.
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