Após manifesto, Temer vai mediar diálogo do PMDB com Planalto
Peemedebistas acusam PT de querer tirar 'protagonismo municipalista'.
Presidente do partido diz que não há necessidade de levar questão a Dilma
O vice-presidente da República, Michel Temer, reuniu na tarde desta terça-feira (6) parlamentares do seu partido, o PMDB, e se comprometeu a intermediar o diálogo da liderança do partido com a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais. Temer recebeu nesta terça-feira manifesto assinado por 53 parlamentares peemebedistas que reivindicam mais espaço dentro do governo e acusam o PT de querer tirar o "protagonismo municipalista" do PMDB no país. Na Câmara, o partido conta com 76 deputados em exercício. O vice-presidente deverá marcar uma reunião da cúpula do partido com as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para "ver de que maneira essa interação pode ser melhorada, pode ser ampliada", segundo informou o líder do PMDB da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). A assessoria de imprensa da Vice-Presidência confirmou a participação de Temer na intermediação. Segundo o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que participou do encontro com Temer, a reclamação do PMDB "não é por ministérios nem por cargos", mas sim por "respeito". "Todos os ministérios poderiam ser do PT desde que nos respeitem. O PT quer ser hegemônico em tudo. Nós não somos sublegenda do PT", reclamou. Por outro lado, o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, disse que não vê necessidade de encaminhar a questão à presidente Dilma Rousseff nem a nenhum ministério do Palácio. "Não há necessidade. Isso tem sido feito com frequência nas reuniões da ministra Ideli Salvatti com os líderes do PMDB", declarou Raupp ao deixar o encontro com Michel Temer. Temer teria achado "justas" as reclamações do PMDB, mas teria relatado a dificuldade que o cargo de vice-presidente da República impõe para conduzir as negociações, disse Osmar Terra.
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