O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu anteontem no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, vários parlamentares para discutir a CPI do Cachoeira. Ele despachou, separadamente, com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o antecessor Cândido Vaccarezza (PT-SP) e os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Renan Calheiros (PMDB-AL). A despeito dos receios da presidente Dilma Rousseff, Lula disse que a CPI tem de ser feita "doa a quem doer". Ele atribuiu ao empresário Carlinhos Cachoeira um "esquema" para destruir o seu governo, desde o caso Waldomiro Diniz, em 2004, passando pela denúncia de propina nos Correios --que resultou no mensalão--, um ano depois. Líderes partidários protocolaram na noite de ontem o pedido de abertura da CPI. A comissão, que obteve o número mínimo de assinaturas nesta terça-feira, vai investigar a relação do empresário de jogos ilegais com políticos, servidores públicos e empresários. Para a CPI ser instalada, o requerimento precisa ser lido em sessão do Congresso, prevista para a próxima quinta-feira. A reunião deve ser presidida pela vice-presidente do Legislativo, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), já que o presidente José Sarney (PMDB-AP), internado em São Paulo, pediu licença do cargo.
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