quinta-feira, 31 de maio de 2012

ATAQUE DE QUADRILHA ORQUESTRADO


Perillo tenta intimidar Lula, que agora é defendido por ministro do STF


Depois de Gilmar Mendes, o ministro-suspeito do Supremo Tribunal Federal (STF) que fala muito e não prova nada, chegou a vez de Marconi Perillo - o governador tucano de Goiás enrolado até o pescoço com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Segundo o portal Goiás 247, assessores do governador estão tentando intimidar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula vai se arrepender amargamente de ter colocado Marconi Perillo no olho do furacão", é a frase de um post na página de um assessor do governador Marconi Perillo que foi postada no meio da noite desta quarta-feira, 30, e logo em seguida retirada (mas 'printado' pelo 247). Outra mensagem postada e apagada: "Perguntinha - E se pintar pato roco nas conversas de Carlinhos Cachoeira?" A afirmação tem endereço certo: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o dia, informações de bastidores davam conta de uma informação com origem em fontes ligadas ao governador tucano: o vazamento de informações da Operação Monte Carlo foi programado e entre as "muitas coisas" que ainda não teriam sido divulgadas estaria um protocolo da Polícia Federal sobre conversas de lulistas com Cachoeira. Assim, sem mais nem menos, a informação circulou de boca em boca até os dois posts, publicados e apagados, que por sua vez sucederam declarações fortes do governador no final da tarde com mais tiros na direção de Lula. "Nós vivemos em um país em que algumas lideranças que se consideram acima do bem e do mal, se consideram verdadeiros deuses, não passam de lideranças de quinta categoria. Basta uma oportunidade para que as pessoas comecem a entender as coisas, a conhecer falsos líderes que se firmam na demagogia barata junto às pessoas menos esclarecidas", disparou Marconi, com endereço certo - Lula - durante discurso no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), onde entregou 52 cartões do programa Bolsa Futuro. Segundo informação do site A Redação, o governador também afirmou que tem sido perseguido por causa de sua 'suposta relação' com o contraventor Carlinhos Cachoeira. "A pior coisa do mundo não é a pobreza financeira. É a pobreza de espírito daqueles que nutrem ódio contra as pessoas. Daqueles que querem se perpetuar no poder a qualquer custo. Aqui em Goiás somos um povo livre", falou, ele que está no terceiro mandato de governador. Lula, vale lembrar, ficou dois mandatos no Poder. Interessante também, no mesmo portal 247, é a informação de que a família Perillo já tem um novo herói. "É o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que acusou o ex-presidente Lula de "tentar melar o processo do mensalão". O recado foi dado por Ana Luísa Perillo, filho do governador tucano Marconi Perillo, de Goiás. "Gilmar Mendes, me dá um autógrafo????????????", postou a moça. Coincidência ou não, foram 13 interrogações no seu tweet, numa possível alusão ao número do PT. Já na Folha de S.Paulo, Felipe Seligman ousa fazer jornalismo e informa que pelo menos cinco dos 11 ministros do STF se encontraram com Lula neste ano, mas apenas Gilmar Mendes afirma ter discutido sobre o julgamento do mensalão. Talvez por isso a maioria dos ministros da suprema corte tenham avaliado que o STF nao deve se posicionar em defesa do colega Gilmar Mendes ou contra o ex-presidente Lula. Entre os magistrados, segundo outra reportagem de Seligman, predomina o entendimento de que o encontro entre Lula e Gilmar não foi um episódio institucional, mas pessoal.  Ainda na mesma Folha, Fernando Rodrigues conta que o ministro Marco Aurélio Mello, segundo mais antigo dos 11 integrantes do STF, disse ontem considerar "legítimo" e "normal" que Lula manifeste sua opinião sobre a data que considera mais conveniente para o julgamento do mensalão. "Admito que o ex-presidente pudesse estar preocupado com a realização do julgamento no mesmo semestre das eleições. Isso aí é aceitável", afirmou o ministro, que diz não ter entendido a entrevista de Gilmar à Veja devido ao "espaço de tempo entre o ocorrido, o encontro, e a divulgação do encontro". Talvez por isso, e por outras coisinhas mais, Lula tenha dito ontem, em um encontro na capital da República, que precisa tomar cuidado com os seus inimigos. "Vocês sabem que tem muita gente que gosta de mim, mas tem outras que não gostam e eu tenho que tomar cuidado com essas. Elas são minoria, mas estão aí no pedaço", desabafou o ex-presidente da República, segundo reportagem do jornal O Globo.

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