Se houve 'corrupção', mídia será investigada, diz relator de CPI
"Se houve cooptação e corrupção de alguns atores da mídia, isso deve ser investigado", disse nesta quinta-feira (3) o relator da CPI mista do Cachoeira, deputado federal Odair Cunha (PT-MG). Ele afirmou que "não há tema proibido" nos trabalhos da comissão. Cunha disse que analisará inquéritos da Polícia Federal antes de se posicionar "sobre a participação de qualquer pessoa, não só da mídia" na suposta organização criminosa de Carlinhos Cachoeira. O deputado afirmou ainda que "é preciso individualizar condutas" e que a CPI deverá apurar suspeitas que recaem sobre "membros da imprensa, membros do empresariado brasileiro, membros do Congresso Nacional, agentes de governos municipais e estaduais e agentes do governo federal". Sobre não ter convocado governadores suspeitos para depor em maio, primeiro mês de funcionamento da comissão, Cunha disse não haver indícios suficientes para justificar a medida. "Se ficar evidenciado cooptação e corrupção, este tema dos governadores deve ser tratado por nós [da CPI]". Já foram associados a fatos do escândalo Cachoeira os governadores Agnelo Queiroz (PT), de Brasília, Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro. Odair também falou sobre possível convocação do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish. Isso acontecerá, segundo o deputado, "se ficar evidenciado que a Delta como um todo ou que o sr. Fernando Cavendish participou dessa organização criminosa".
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