segunda-feira, 18 de junho de 2012

A LUTA DO BEM CONTRA O MAL ESTÁ EM TODOS OS LUGARES


Federais lamentam tolerância do Poder Judiciário com a criminalidade organizada

Em nota oficial divulgada agora há pouco, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) critica duramente a posição do desembargador Tourinho Neto em favor da anulação das interceptações telefônicas de Carlinhos Cachoeira e a concessão de liberdade para o bicheiro que está atazanando a república. Segundo a nota, tais posicionamentos "contribuem para a imagem cada vez mais recorrente de tolerância de uma pequena parcela do Poder Judiciário com a criminalidade organizada no país".

Leiam a íntegra: 

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal -  ADPF se mostra preocupada com os recentes entendimentos de instâncias judiciais superiores, no sentido de anular as provas obtidas por meio de interceptações telefônicas, regularmente autorizadas pelo próprio Poder Judiciário, com consequências irreversíveis para as investigações, colocando em xeque a credibilidade do Estado e criando uma insegurança jurídica frente ao combate ao crime organizado no Brasil.  Em que pese o respeito que merece o Desembargador Tourinho Neto, a enfática defesa em favor da anulação de provas obtidas a partir das interceptações telefônicas devidamente autorizadas pela Justiça na Operação Monte Carlo e a celeridade de sua decisão em favor da liberdade do Senhor Carlos Augusto Ramos, conhecido como "Carlinhos Cachoeira", sem ao menos aguardar o pronunciamento dos demais Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, contribuem para a imagem cada vez mais recorrente de tolerância de uma pequena parcela do Poder Judiciário com a criminalidade organizada no país.  As decisões atacadas estão em estrita observância aos arts. 5°, XII e 93, IX da Constituição Federal e arts. 2° e 5° da Lei 9.296/96, e devidamente fundamentadas nas representações formuladas pela Polícia Federal em conjunto com o MPF, após o esgotamento de todas as diligências ordinárias possíveis, não merecendo qualquer reparo. P.S. - Felizmente, a vontade de Tourinho Neto não prevaleceu. Em sessão realizada há pouco, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região considerou legais as provas da Operação Monte Carlo contra  Cachoeira. Só Tourinho Neto votou contra. Cândido Ribeiro votou a favor e Augusto Souza também.

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