quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ATÉ NISSO MELHORAMOS

Saúde, educação e Dilma fazem Brasil subir em ranking de igualdade entre sexos

 Em um ano, o Brasil saltou de 82º colocado para 62º no ranking de igualdade entre sexos (Global Gender Gap Index) do Fórum Econômico Mundial, a ser divulgado hoje em Nova York. O avanço tem "duas razões-chave", de acordo com a diretora de Paridade de Gênero e Capital Humano da organização, a paquistanesa Saadia Zahidi: aumentou de 7% para 27% a proporção de mulheres ministras e, "é claro, a presidente Dilma Rousseff estava no poder neste último ano, o que também tem impacto no índice". Outro fator é que o país, "de fato, acabou com a diferença de gênero tanto em saúde como em educação" ao longo dos últimos anos, dividindo agora o primeiro lugar com diversos outros países, em ambas as áreas. O estudo, realizado anualmente desde 2006 por Zahidi e pelos professores Ricardo Hausmann, de Harvard, e Laura Tyson, de Berkeley, leva em consideração quatro categorias: saúde e sobrevivência; realização educacional; participação e oportunidade econômica; e fortalecimento do poder político. Se por um lado avançou em aumento do poder das mulheres, com Dilma e ministras, e já vinha melhorando em saúde e educação, por outro o Brasil segue atrás em participação econômica. Mais precisamente, em dois dos cinco indicadores que compõem a categoria: a participação na força de trabalho e a similaridade de salário. No primeiro, "sobrevive uma grande diferença", com 64% das mulheres participando da força de trabalho, contra 85% dos homens. "Para um país onde mais mulheres se formam nas escolas, mais mulheres se formam nas universidades, é um desperdício de todo esse talento", critica Zahidi, 32. No segundo indicador, diante da pergunta "Mulheres e homens recebem salários similares?", executivos brasileiros responderam que os rendimentos são "muito mais baixos" para mulheres, cerca de 52% dos rendimentos dos homens. O ranking geral traz algumas surpresas, como a Nicarágua em primeiro lugar na América Latina e em nono no mundo ou a África do Sul em 16º no mundo. Segundo Zahidi, isso se deve ao fato de focar as diferenças entre os sexos, não o nível de desenvolvimento do país. Ela destaca que, de modo geral, "o mundo está indo bem" na paridade de gênero em saúde em educação, mas nem tanto em empoderamento político e participação econômica, "áreas em que nem os países nórdicos acabaram com a diferença". 

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