FHC e Gurgel são 'convidados' a explicar lista de Furnas
Em votação rápida e direta, a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), aprovou, nesta quarta-feira, o requerimento do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), líder da Maioria na Câmara dos Deputados, para que o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, seja gentilmente convidado a prestar esclarecimentos sobre o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro para abastecer campanhas políticas do PSDB, no início dos anos 2000, denunciado no processo conhecido comoLista de Furnas, que integra uma ação em curso no Supremo Tribunal Federal, no bojo do caso conhecido como ‘mensalão tucano’. No requerimento, incluído como pauta extra da reunião, Tatto alega a “importância estratégica para o país da Eletrobrás-Furnas como geradora e transmissora de energia elétrica”. Como gestor do país no período em que teriam ocorrido os fatos divulgados pela imprensa, o deputado questiona que tipo de influência FHC exerceria sobre a empresa. O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) votou contra o requerimento, por considerar o pedido “inverossímil”.
Gurgel na fita
Foi aprovado também como pauta extra requerimento do presidente da CCAI, senador Fernando Collor (PTB-AL), de convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que ele preste esclarecimentos acerca da “confluência das atividades de inteligência com o papel do Ministério Público e da Polícia Federal”. De acordo com Collor, recentes operações da Polícia Federal, como a Vegas e a Monte Carlo, têm demonstrado “o quanto de informações devem ter sido adquiridas por meio de atividades de inteligência, em que pese o fato de esses órgãos, a princípio, não serem dotados de setores específicos e típicos de inteligência”.
Porto Seguro
Foram rejeitados os três requerimentos que constavam da pauta original, destinados à convocação de autoridades do governo e de funcionários afastados para prestar esclarecimentos a respeito dos fatos apurados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Os pedidos haviam sido apresentados pelo deputado Mendes Thame, e propunham a convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e da ex-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha.
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