Prefeito de SP, Fernando Haddad, cria orgão anti corrupção
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), promete adotar uma política de transparência e expor todos os dados da administração municipal na internet. O responsável pela tarefa será o engenheiro civil e matemático Mário Vinícius Spinelli, um dos responsáveis pela implementação da Lei de Acesso à Informação, apresentado ontem como o titular da Controladoria-Geral do Município. O órgão anticorrupção da Prefeitura acumulará, entre outros setores, a Ouvidoria e a Corregedoria. "Mesmo sendo funcionário comissionado, ele terá carta branca para agir", disse Haddad, ao falar sobre o cargo criado para combater a corrução na capital. Spinelli era secretário de Prevenção à Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU). Em São Paulo, Spinelli terá de implementar, de fato, a Lei de Acesso à Informação. Hoje, os pedidos de dados públicos, quando atendidos, podem demorar meses. Também terá de melhorar o site da Transparência da Prefeitura, que é confuso e incompleto. Em pesquisa da Rede Nossa São Paulo, entrevistados elegeram o item "transparência e participação política" como o pior na administração pública. Ao criar a CGM, a Prefeitura concentrará vários setores de controle interno, reunindo aproximadamente cem funcionários. "Temos o Departamento de Auditoria da Secretaria das Finanças, a Ouvidoria do Município, atividades que funcionam de forma dispersa e sem conjunto. Queremos uma organização melhor para intervir na máquina pública. Combater os abusos, criar boas práticas e regulamentar procedimentos", afirmou Haddad. De acordo com o prefeito, o controlador poderá apurar casos de corrupção antigos, como as aprovações feitas pelo ex-diretor do Departamento de Aprovação de Edificações (Aprov), Hussain Aref Saad. No entanto, segundo Haddad, o principal foco do trabalho de Spinelli deve ser prevenir novos casos de corrupção. "Quero que ele garanta a lisura deste governo, mas se tiver qualquer indício de irregularidade para trás (será investigado)." O controlador afirmou que ficou sabendo do escândalo de corrupção pela imprensa e ainda precisa se atualizar sobre a situação. "O primeiro trabalho a fazer é um diagnóstico", disse Spinelli. "A atuação preventiva é mais eficaz, mas é preciso haver um setor de correição, para que o servidor público saiba que, caso se envolva em algum caso de corrupção, será punido", afirmou. Uma das novidades prometidas é um setor de informações estratégicas. "A ideia é que a gente reproduza um setor que trabalhe com cruzamento de dados. Posso tentar descobrir, por exemplo, casos de servidores que acumulam cargos indevidamente pegando o banco de dados de servidores públicos municipais e cruzando com o de servidores da União", disse Spinelli.
INICIATIVAS COMO ESSA DEVERIAM SER COTIDIANAS MAS A MAIORIA QUER ROUBAR, PORTANTO, OGEM DESSES PROCEDIMENTOS. E QUEM SEMPRE INOVA? SIM, ELE, O PT. OS HONESTOS ESTÃO DO LADO CERTO
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