domingo, 24 de fevereiro de 2013

E O TEMPO VAI PASSANDO E NADA MUDA

Hospital Walfredo Gurgel está em perigo constante
Atheneu: extintores vencidos. A escola mais antiga do Brasil, o Colégio Atheneu Norte-Riograndense,na avenida Campos Sales tem 59 anos de existência. Tombado pelo patrimônio histórico estadual em 1991, a escola espera por uma ampla reforma para seu aniversário de 180 anos. Enquanto as melhorias não chegam, os estudantes  tem aulas em meio a deficiências estruturais, como pilares seiriamente corroídos. No que diz respeito a prevenção contra incêndios, a escola só possui extintores e alguns deles estão vencidos. O prédio tem dois pavimentos e capacidade para receber até 1.500 conforme a direção.  A escola informou que, na primeira semana de aulas só pode se dedicar aos problemas com as matrículas.
O incêndio que matou 239 pessoas no Rio Grande do Sul ainda não foi suficiente para que autoridades públicas e até parte da população ampliasse as desconfianças para além das casas noturnas. Em Natal, as deficiências em sistema de combate - ou a falta deles - a incêndios podem ser verificadas em escolas, repartições públicas, bibliotecas  e até em hospitais. É o caso do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. "O perigo aqui é iminente, ou seja, se não for tomada uma providência futura, a qualquer momento pode acontecer uma fatalidade ou acidente", classificou o técnico em segurança do trabalho do próprio hospital José dos Santos Oliveira. Segundo ele, o prédio do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho não possui  chuveiros automáticos, que devem ficar no teto das rotas de fuga. Hidrantes existem em alguns andares, mas ele não garante que funcionem. Em determinadas áreas, existe apenas o lugar indicado para os extintores, mas não há equipamento. Quando se encontra um equipamento, ele pode estar com um obstáculo no entorno como um mural. Na Emergência, as portas abrem para dentro, o que dificulta a evacuação. Além disso, segundo o técnico, deveria haver também uma brigada de incêndio civil, formada pelos próprios funcionários para atuar nesses momentos. De acordo com o Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio (lei estadual 4.436/74), um hospital do porte do Walfredo Gurgel também deveria está estruturado com: área de refugio na cobertura (nos prédios entre 15 e 60 metros), escadas protegidas, sinalização de fuga, detectores de fumaça/calor nas enfermarias e alarme de incêndio (exceto nas enfermarias). O complexo hospitalar é composto por quatro blocos de prédios e cada um deles tem suas especificidades. Também existe um déficit na equipe de segurança do trabalho do Hospital. Conforme José Oliveira, mais quatro técnicos e mais um engenheiro em segurança do trabalho são necessários. Entre o público fixo e flutuante, o técnico estima que pouco mais de mil pessoas circulam pelo hospital. A terapeuta Leidiane Queiroz está lotada no hospital há três anos e nunca passou por nenhum tipo de treinamento ou orientação.  "Precisaria de uma vistoria mais constante e também de orientar os funcionários. Sem isso, ninguém se sente seguro", declarou. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a mais recente vistoria do Corpo de Bombeiros foi em 2010. Um relatório foi elaborado e entregue à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e à direção do hospital para que as deficiências fossem sanadas. Mas, até agora, poucas providências foram tomadas. Embora fosse um documento público, o Hospital do Walfredo Gurgel negou o acesso direto ao relatório do Corpo de Bombeiros. Conforme a assessoria de imprensa do hospital, uma licitação para a compra de novos extintores está em andamento. A casa de gás e a casa de bombas (que impulsiona a água para os sprinklers e para os hidrantes) estão em reforma.

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