terça-feira, 1 de outubro de 2013

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Delta é suspeita de desviar R$ 300 milhões de obras públicas, diz PF

Ao menos R$300 milhões teriam sido desviados de obras públicas federais, estaduais e municipais pela empresa Delta Construção de 2007 a 2012, segundo informações divulgadas por investigadores da Polícia Federal nesta terça-feira (1º), durante ação para desmantelar o esquema. O alvo principal da operação é o empresário Fernando Antonio Cavendish Soares, dono da construtora. Mais cedo, cerca de 100 policiais se mobilizaram para cumprir 20 mandados de busca e apreensão. Um deles aconteceu no apartamento de Cavendish, na avenida Delfim Moreira, na praia do Leblon, área nobre da zona sul carioca. O empresário, no entanto, não foi encontrado em casa. Outros três mandados foram cumpridos na sede da empresa, no centro do Rio, e nos escritórios, em São Paulo e Goiânia. Foram apreendidos documentos, computadores, R$ 350 mil em espécie e três carros de luxo, sob suspeita de terem sido adquiridos com dinheiro ilícito. "Essa transferência [de verba pública] era feita pela Delta para contas de 19 empresas de fachada e possivelmente grande parte [do dinheiro] era sacado em espécie por procuradores dessas mesmas empresas de fachada", disse o delegado federal Tacio Muzzi Carvalho e Carneiro, coordenador da operação batizada de Saqueador. A polícia confirmou que até agora foi constatado apenas a transferência de verba da Delta para as empresas de fachada. O foco inicial da investigação é o crime de lavagem de dinheiro, mas o esquema inclui ainda formação de quadrilha, corrupção ativa, passiva e peculato. "Com relação a essas empresas de fachada o que já se materializou na investigação é que a sede social não é compatível com o montante de recurso movimentado em suas contas correntes. Os sócios também não ostentam capacidade econômico financeira relativa ao volume de recursos transitado nessa conta e a maior parte nunca teve funcionário registrado", afirmou o delegado em referência aos indícios de desvio de verba pública da Delta. Investigação aponta que "há um grupo de 10 a 20 laranjas em comum" envolvidos no esquema. Essas empresas de fachada tinham registro na Junta Comercial, mas a maior parte não tinha sequer uma sede social real. Os nomes das empresas de fachada e dos laranjas envolvidos não foram divulgados. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços comerciais e residenciais. Segundo a PF, a Justiça autorizou o sequestro de bens no valor de R$ 330 milhões de Cavendish e outros dez investigados. O valor se aproxima do montante de recursos públicos que a polícia acredita ter sido desviado. A perícia nas contas da Delta será feita in loco, seguindo um procedimento pouco comum. Os policiais vão ficar pelo menos 30 dias dentro da sede da Delta no Rio e na filial em São Paulo analisando planilhas, contratos e documentos.

RAIO X

A partir desta terça-feira a PF faz um "raio x" na empresa Delta. Durante todo o mês de outubro será realizada na construtora uma perícia contábil financeira para levantar mais provas de desvios. Até o fim da tarde não havia informações sobre mandados de prisões expedidos pela Justiça.

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