sexta-feira, 7 de outubro de 2011


07/10/2011 - 16h33

Meirelles transfere título para SP e vai para o PSD de Kassab

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ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
Atualizado às 17h21.
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) confirmou nesta sexta-feira que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles transferiu para São Paulo o seu domicílio eleitoral. Segundo o tribunal, o pedido foi recebido por volta das 16h desta sexta.
Ex-presidente do BC, Meirelles preside atualmente o Conselho Público Olímpico e tem Goiânia como seu reduto eleitoral, mas transferiu o domicílio de olho na disputa eleitoral de 2012.


Danilo Verpa/Folhapress
 Kassab articula para que Meirelles migre para o PSD e possa disputar a Prefeitura de SP
Kassab articula para que Meirelles migre para o PSD e possa disputar a Prefeitura de SP
Além do domicílio eleitoral, Meirelles também mudou de partido. Ele assinou a ficha de filiação do PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab, por volta das 17h de hoje, em um cartório no centro da cidade de São Paulo.
Segundo a Folha apurou, Meirelles foi ao local acompanhado de um assessor do PSD que o ajuxiliou com a papelada.
O ex-presidente do Banco Central assumirá o capítulo econômico do programa do PSD. Meirelles também deverá auxiliar a sigla a estabelecer contatos no mercado financeiro, já que o PSD enfrentará as próximas eleições com poucos recursos do fundo partidário
A filiação amplia o número de quadros do PSD à disposição do partido para concorrer à sucessão de Kassab na Prefeitura de São Paulo.
O prefeito, que já trabalha com os nomes do vice-governador Guilherme Afif Domingos e de seu secretário de Educação, Alexandre Scheneider, agora poderá testar a recepção ao nome de Meirelles como pré-candidato.

DESFILIAÇÃO
Meirelles pediu ontem a sua desfiliação do PMDB ao diretório de Goiás. O presidente do diretório estadual do PMDB em Goiás, Adib Elias, confirmou que Meirelles comunicou a saída do partido ao diretório de Anápolis e pediu que a desfiliação fosse encaminhada ainda ontem ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado. Segundo ele, o ex-presidente do BC não avisou que deixaria o partido.
"[Meirelles] não avisou nada nem a ninguém, ele não tem essa humildade. Pelo que estou sabendo, Meirelles está querendo ser prefeito em São Paulo, então fez certo em pedir a desfiliação. Desde o começo, era difícil participar das atividades do partido. É nosso amigo, temos respeito por ele, mas fez a coisa certa", afirmou Elias.
O presidente do PMDB nacional, Valdir Raupp, foi informado ontem à noite pela sua assessoria da saída de Meirelles e também não recebeu telefonema do ex-presidente do Banco Central.
As siglas têm até hoje para concluir o processo de filiação para quem quiser disputar as eleições em 2012.
Meirelles se filiou ao PMDB em setembro de 2009, de olho nas eleições de 2010. Foi cotado para disputar o governo de Goiás, Senado Federal e vice-presidente. Sem o apoio do PMDB, foi excluído da disputa.
Raupp disse que repassou a informação ao vice-presidente, Michel Temer. "Eu tive a informação de que ele estaria transferindo o domicílio eleitoral para São Paulo", afirmou Raupp.

TRADUZINDO:

Quando vemos de maneira mais do que normal uma atitude dessas, onde uma pessoa é filiada a um partido político de um outro estado, sua terra natal, e transfere para outro estado e muda-se de partido, logo chegamos à conclusão de que a democracia brasileira capenga pelos cantos e que a sociedade precisa urgentemente amadurecer no seu sentido mais nobre em termos eleitorais. O que que Henrique Meirelles tem a ver com SP? onde está a ideologia partidária que ele defendia até ontem? a política eleitoral, em sua maioria, é um colchão de retalhos, onde as personalidades deste circo nefasto não têm palavra, posição e vergonha na cara, literalmente. Ele não está pensando em saúde, habitação, resolver o problema das enchentes, dentre outras coisas. Ele está pensando no poder pelo poder. Onde estiver poder, ele irá atrás. Isso não é privilégio apenas de São Paulo. Em José da Penha, homens que têm todos os motivos para protestar contra o mal, contra a canalhice, vendem-se pela conveniência, pelo lado supostamente mais fácil e decepciona àqueles que o aplaudiam até ontem. Coisas da politiqueira e não da real política. Representatividade se faz com o mínimo de coerência. E isso parece se concentrar cada vez menos em caciques vencidos da política J. Penhense.

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