Brasil está na 82ª posição em ranking de desigualdade entre os sexos
Mesmo com uma mulher na Presidência pela primeira vez em
sua história, o Brasil ocupa a 82a posição no ranking de desigualdade
elaborado pelo World Economic Forum publicado nesta terça-feira, logo
atrás de países como a Albânia, Gâmbia, Vietnã e República Dominicana. A má colocação do Brasil, que está em último na América do Sul, se
deve a um desempenho extremamente fraco na iniciativa para combater a
desigualdade entre os sexos na economia e na política. Um dos problemas
mais graves é a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem o
mesmo cargo. "O Brasil é um dos piores países do mundo nesta questão salarial. As
mulheres chegam a ganhar metade dos homens em alguns casos para
trabalhar na mesma função", disse Saadia Zahidi, pesquisadora do World Economic Forum responsável pelo levantamento. Na política, mesmo com a eleição da presidente Dilma Rousseff no ano
passado, o Brasil também tem uma performance que o coloca fora dos cem
primeiros colocados. Segundo Zahidi, "faltam mulheres em posições
ministeriais e acima de tudo no Parlamento". O Brasil é o 103o e 111o colocado quando se leva em conta as mulheres
em cargos ministeriais e parlamentares respectivamente em um desempenho
considerado péssimo para um país com uma das maiores economia e
democracias do mundo. O World Economic Forum também adverte que faltam no Brasil mulheres
em posições de liderança na iniciativa privada, ainda dominada pelos
homens, de acordo com o levantamento. Apesar de ter subido duas posições em relação ao mesmo ranking no ano
passado, o Brasil manteve uma posição praticamente idêntica ao
levantamento anterior. Mais grave, o país está bem distante da 67a
colocação de cinco anos atrás, quando teve a sua melhor performance. Na América do Sul, Colômbia, Peru, Paraguai, Bolívia, Venezuela,
Uruguai, Chile, Equador, Argentina estão à frente do Brasil. Os
argentinos, com um desempenho incomparavelmente superior ao dos
brasileiros, estão na 28o colocação. Apesar da fraca performance para igualdade entre os sexos na economia
e na política, o Brasil ocupa a primeira colocação no ranking na área
da saúde, empatado com vários outros países. Na educação, os brasileiros
também lideram quando se leva em conta a educação secundária, mas
despencam para 105a colocação na primária.
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