Fórum Social Mundial começa hoje com 'ecoagenda'
A edição 2012 do Fórum Social começa nesta terça-feira (24) no Rio Grande do Sul com uma farta "ecoagenda". Das 660 atividades oficiais que devem ocorrer em Porto Alegre e em cidades vizinhas, 25% têm relação com questões ambientais. Neste ano, o "capitalismo verde" se tornou um dos principais alvos de críticas dos participantes, ao lado das "políticas neoliberais", que são tradicionalmente combatidas pelos ativistas. A crítica é direcionada às empresas que apenas utilizam temas ambientais em campanhas de marketing em vez de discutir formas de diminuir a pressão sobre os recursos naturais. Outros alvos dos debates serão o novo Código Florestal, a construção da hidrelétrica de Belo Monte, o agronegócio, usinas nucleares e projetos de mineração. A ex-ministra Marina Silva será uma das atrações da semana. O evento terá ainda plenárias para organizar um encontro paralelo à conferência mundial Rio+20, em junho. Para amanhã e sábado estão marcadas discussões sobre "ecossocialismo", uma delas promovida pela fundação alemã Rosa Luxemburg. A diretora regional da entidade, Kathrine Euhl, diz que a aproximação entre entre as esquerdas e o movimento de ecologistas já existe há décadas na Europa e nos EUA, mas ainda é recente no Brasil, onde a causa ficou mais restrita à classe média. "A esquerda deixou à margem as questões ambientais. Achamos que não se pode separar", afirma. A maior parte das atividades do Fórum Social não é promovida pela organização do evento, e sim pelas entidades participantes. O encontro será iniciado com uma marcha pelas ruas de Porto Alegre hoje à tarde e vai até o próximo domingo.
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