sábado, 30 de junho de 2012

VOCÊ ACREDITA NA PALAVRA DESSA GOVERNADORA?


Uern: reajuste será em quatro parcelas


A greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) chegou ao fim após 57 dias. Reunidos ontem (29) em Assembleia Geral Extraordinária, os professores decidiram aceitar a proposta do Governo do Estado, negociada no dia 28. As aulas retornam nesta segunda-feira. Ficou acertado um reajuste salarial de 3,5% em julho deste ano, com retroativo de junho, mais 5% em setembro, outros 9% em maio de 2013 e finalmente 10% para maio de 2014.  A proposta, encaminhada formalmente por ofício pelo secretário de Administração e de Recurso Humanos, Álber Nóbrega, assegura que um Projeto de Lei com as alterações salariais será enviado à Assembleia Legislativa em 10 dias sem condicionar os valores à Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar de o acordo ter sido considerado um sinal de avanço pela Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), a categoria afirma que continuará o movimento em defesa da universidade para solucionar outros problemas da instituição, como infraestrutura e orçamento. Para isso, segundo o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, pretende-se reativar o Fórum Permanente de Discussão sobre a Uern. Os professores disseram ainda que mantêm as negociações salariais, pois, de acordo com eles, a legislação rege que o menor salário de um professor da Uern deve ser maior ou igual ao maior salário de um professor de ensino médio da rede estadual. "Tivemos perdas de 34% em 2011 e 22% em 2012", afirmou o diretor da Aduern,Neto Vale.

O VERDADEIRO MENSALÃO, QUE É DO DEM, ESTÁ AI


"Negócio fantástico", verdadeiro mensalão, que é do DEM, desviou R$ 110 milhões em Brasília

A denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra 37 suspeitos de envolvimento no escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM informa que o valor desviado pelo esquema, entre 2005 e 2010, seria de aproximadamente R$ 110 milhões. Entre os acusados da ação, divulgada nesta sexta-feira, estão o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octavio, além de secretários de governo, deputados distritais e membros do Tribunal de Contas do DF. O montante teria sido pago a título de reconhecimento de dívidas por prestação de serviços em favor das empresas beneficiadas pelo esquema e viria de contratos que totalizaram R$ 712 milhões. Segundo a denúncia, por meio de Durval Barbosa, Arruda cobrava entre 7% e 10% do total líquido pago pelo governo às empresas - dentre as quais a Linknet, Adler e Call Tecnologia - em cada prestação de serviço, totalizando cerca de R$ 110 milhões desviados. Para a Procuradoria, 40% do valor solicitado e arrecadado pela quadrilha era destinado ao ex-governador, 30% a Paulo Octávio e 20% ao secretário da pasta que reconhecia a dívida. Os 10% restantes ficariam à disposição de Arruda "para ser destinado à corrupção de parlamentares e representantes de partidos políticos".  "Em contrapartida, esse referido grupo de empresários logrou êxito em manter relacionamento comercial com o governo do Distrito Federal, recebendo altos valores", diz o texto.  A denúncia afirma ainda que Arruda seria o "líder máximo" de uma "poderosa quadrilha". O grupo, segundo o texto, "implantou um sofisticado estratagema de corrupção e de desvio de recursos públicos" dentro do governo do Distrito Federal, "com a finalidade de cometer crimes para financiar suas atividades ilícitas, conquistar e manter o poder político e enriquecer seus membros e aliados". O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada. O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas. As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário. Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ISSO A 'VEJA' NÃO MOSTRA


STJ inocenta irmão de Genoino no caso  dos supostos 'dólares na cueca' por falta de provas.


O Superior Tribunal de Justiça livrou o vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE) --irmão de José Genoino-- da acusação de improbidade administrativa por envolvimento no caso "dólares na cueca", em 2005. Ainda cabe recurso da decisão. A decisão foi publicada ontem no "Diário Oficial da Justiça" e revelada hoje em reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". Em julho de 2005, José Adalberto Vieira da Silva, assessor de Guimarães, foi preso no aeroporto de Congonhas com US$ 100 mil na cueca e R$ 200 mil em uma bolsa. A prisão acabou sendo a gota d'água que levou o então deputado Genoino a renunciar à presidência do PT. O Ministério Público Federal afirma que o dinheiro apreendido com Silva seria de propina paga pelo consórcio STN (Sistema de Transmissão Nordeste) ao Banco do Nordeste em troca de um financiamento. O STJ decidiu, por unanimidade, que não havia provas suficientes para demonstrar o envolvimento de Guimarães no episódio e que, por isso, o processo deveria ser extinto com relação a ele. O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, afirmou em seu voto que o juiz de primeiro grau acusou Guimarães "com base, unicamente, nas relações de amizade e companheirismo político e partidário mantidos entre ele e alguns dos demais réus". Além de Silva ser assessor parlamentar de Guimarães à época, Kennedy Moura Ramos, que ocupava o cargo de assessor da presidência do BNB, havia sido assessor e tesoureiro de Guimarães quando ele ocupava a presidência do PT no Ceará.

SE NÃO VIGIAR GRANDE PARTE DOS PREFEITOS DO BRASIL NÃO ADIANTA NADA


Saúde receberá R$ 994 bilhões em investimentos até 2014


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje (29) investimentos de R$ 994 bilhões no setor de saúde até 2014. A prioridade será o fortalecimento da pesquisa e da produção de medicamentos e equipamentos médico-hospitalares no país, disse o ministro, durante seminário sobre saúde e desenvolvimento. "Nossa estimativa é que, com as margens de preferência [dadas a 80 itens nacionais que poderão ser comprados com preços até 25% superiores aos dos concorrentes intarnacionais], combinada à ampliação da capacidade de financiar a renovação e melhoria dos equipamentos médico-hospitalares, podemos ter um impacto positivo de reduzir em US$ 2 bilhões as importações desse tipo de equipamento no país", ressaltou o ministro. De acordo com Padilha, o governo vai também estimular ainda a produção de biotecnológicos, que representam aproximadamente 30% do orçamento da pasta da Saúde, embora estejam presentes apenas em 5% das unidades de tratamento no país. Ele anunciou uma série de iniciativas para estimular a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a produção nacional, entre elas, nove novas parcerias público-privadas para este ano, além das 34 já existentes, para a produção de equipamentos, medicamentos e vacinas. Em pouco mais de um ano, o poder de compra de medicamentos do governo cresceu de 5,8% para 12,5% sobre o orçamento final  (R$ 1,9 bilhão para R$ 7,7 bilhões). O governo oferece 810 medicamentos gratuitos à população e a produção nacional de medicamentos gerou economia de R$ 400 milhões para o ministério em 2011. "Hoje a saúde mobiliza 8,8% do Produto Interno Bruto [PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] ou R$ 364,58 bilhões. Isso é mais do que o agronegócio ou o turismo conseguem mobilizar", disse Padilha. Ele lembrou que cerca de 90% do mercado de vacinas é movimentado pelo Sistema Único de Família e que o setor emprega 10% da força de trabalho do país. Outra estratégia para aumentar a demanda por produtos nacionais na área da saúde é uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para oferecer aos estados e municípios um nova linha de financiamento para compra de equipamentos com 60% de componentes nacionais, que pretende dobrar o investimento direto em equipamentos médico-hospitalares com conteúdo nacional. "É mais um esforço para estimular a compra de equipamentos médicos-hospitalares produzidos aqui, que têm um impacto muito importante na economia, sobretudo, no setor privado brasileiro, e assim ajudar a reverter o déficit de balança comercial que existe na compra de bens no nosso país". O ministro não divulgou o valor do financiamento ou uma previsão para o lançamento da linha de crédito. A perspectiva de crescimento da indústria da saúde é de 9,8% e o déficit da economia da saúde gera cerca de US$ 10 bilhões por ano, sendo US$ 3,18 bilhões somente em equipamentos, máquinas e materiais, segundo dados do ministério.

CHORA, OPOSIÇÃO DEMO-TUCANA!


Avaliação positiva do governo Dilma bate recorde, diz CNI/Ibope

A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff atingiu, em junho, o maior índice desde que a presidente tomou posse. De acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (29), 59% da população considera o governo Dilma "ótimo" ou "bom". A última avaliação, de março, apontava que 56% dos brasileiros avaliavam o governo de forma positiva. A maneira de governar da presidente Dilma Rousseff permanece aprovada por 77% dos brasileiros, o mesmo índice apurado em março. A pesquisa também apurou que o percentual dos brasileiros que confiam na presidente Dilma manteve-se em 72%. Já o percentual de pessoas que considera o governo "regular" caiu de 34% para 32%. O índice de brasileiros que avaliam o governo "ruim" ou "péssimo" mateve-se em 8%.

ECONOMIA
Conforme a apuração da CNI/Ibope, a melhora na avaliação do governo Dilma foi ocasionada pelas medidas econômicas, lançadas para enfrentar a crise mundial. Dentre as nove áreas específicas avaliadas, as três que registraram melhora na comparação com a avaliação março são: taxa de juros, inflação e impostos. No caso da avaliação da Taxa de Juros, o percentual de aprovação da população é de 49%, contra 33% na última pesquisa. O percentual de desaprovação caiu de 55% para 41%. O movimento pela redução das taxas de juros tem sido uma das obsessões da presidente Dilma Rousseff, que vem utilizando seus discursos para imprimir essa marca. Em maio, a presidente Dilma Roussef aproveitou um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV para dizer que é "inadmissível que o Brasil continue com um dos juros mais altos do mundo", em um recado claro aos bancos privados.

PESQUISA

O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios. A pesquisa CNI/ibope avalia trimestralmente a opinião pública sobre a administração federal. A pesquisa contém margem de erro de dois pontos percentuais.

A 'VEJA' NÃO FALA DISSO


Perillo cobrou dinheiro de empreiteira. Diálogo em grampo mostra a falcatrua

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), esperava receber um pagamento da empreiteira Delta poucos dias antes de acertar a venda de sua casa, que, no final, acabou sendo comprada pelo empresário Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro pela Polícia Federal. É o que indica uma ligação interceptada pela PF no dia 27 de fevereiro de 2011 entre Cachoeira e o então diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu. Ouça abaixo o diálogo. Falando sobre uma suposta cobrança que estaria sendo feita por Marconi Perillo, Cachoeira diz o seguinte ao seu interlocutor: "Cláudio, e aquele trem do Marconi? Marconi já falou com o Wladimir [Garcez, assessor de Cachoeira] de novo". Cláudio Abreu, o diretor da Delta, diz então que Wladimir "deve ter conversado lá [sobre] esse negócio de R$ 2,5 milhões" com Perillo, mas que não tinha como pagar. Cachoeira responde que o governador Perillo não queria R$ 2,5 milhões, mas só "a diferença". Um dia depois dessa conversa, em 28 de fevereiro, Cláudio Abreu repete para Wladimir Garcez o discurso que havia feito a Cachoeira sobre a falta de dinheiro, mas diz que tentaria solucionar o problema. No dia seguinte, três cheques foram entregues a Perillo por Garcez para comprar o imóvel. Eles totalizam R$ 1,4 milhão. À CPI do Cachoeira, Wladimir Garcez disse que pegou o dinheiro emprestado com Cláudio Abreu, o diretor da Delta. Na conversa do dia 27 de fevereiro, não fica claro sobre o que se referia o pagamento que, aparentemente, estava sendo aguardado por Perillo.

OUTRO LADO

O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) afirmou, em nota, que "jamais recebeu nem, muito menos, aguardou qualquer tipo de pagamento da Delta, do sr. Cláudio Abreu ou do sr. Cachoeira". Perillo afirmou não ter conhecimento sobre a que se referem essas "gravações de terceiros". "Os que insistem em estabelecer alguma relação entre a venda da casa e o sr. Cachoeira continuarão buscando uma situação que contraria os fatos", diz. A defesa de Cláudio Abreu disse que ele não comentaria gravações pontuais. Os advogados de Cachoeira não ligaram de volta.

PT SEMPRE SERÁ PT. ESTE EXEMPLO MOSTRA QUAL É O PARTIDO DELE: DEMO-TUCANO

quinta-feira, 28 de junho de 2012

POR QUE SERÁ?




Às vezes, ficamos perguntando a nós mesmos: qual o motivo de pessoas honestas, honradas e cidadãos de bem ficarem calados com o errado? qual a lógica de concordarem ou se calarem com bens adquiridos ilicitamente, com pessoas ganhando sem trabalhar? se a eleição se faz com o voto secreto e podemos escolher entre pessoas com ideias de um jeito ou de outro. O reflexo da eleição é o reflexo da nossa sociedade. A tristeza abala ao ser humano material mas o espírito daqueles que, verdadeiramente, querem o melhor para as futuras gerações, para as crianças, que querem merenda de qualidade, prestação de contas, fim do nepotismo, meritocracia nos cargos comissionados, orçamento participativo, estradas decentes, lixo recolhido regularmente, saúde para todos sem exclusão de ninguém, piso para os professores e estrutura educacional através do dinheiro do FUNDEB, assistência ao homem do campo para todos e não apenas para alguns, segue inabalável. Vemos cidadãos de bem querendo, sim, vender seu voto, ver quem dá mais, estar do lado do som mais forte, das bombas patrocinadas, dos escândalos que envergonham as famílias que têm vergonha na cara. Incrível! mas o ser humano é capaz de coisas que só Deus para ter tamanho amor. A luta de querer o certo, o direito, o justo, o correto deve pautar a vida daqueles que estão dispostos a amar o próximo, orar pelos inimigos e torcer para que tenhamos uma vida menos corrupta, mais digna e com homens e mulheres evoluídos e pautados pela moral cristã. Sem essas premissas, dificilmente haverá a real mudança que queremos para os nossos filhos.

QUANDO É QUE UM MAL PREFEITO GANHA MAIS DINHEIRO?

PF  e MP fazem operação no vizinho estado da Paraíba para prender suspeitos de superfaturamento na contratação de bandas de forró por prefeituras



Uma operação das polícias Federal e Civil e do Ministério Público da Paraíba está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (28) em várias cidades do estado para prender pessoas suspeitas de participação em fraudes na contratação de atrações musicais para shows durante o período do São João. O MP informou que há mandados de prisão contra os prefeitos das cidades de Sapé, Solânea e Alhandra. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) do MP, 14 cidades são alvo da operação chamada de pão e circo. Dos 14 alvos, 13 são prefeituras suspeitas de superfaturamento nos contratos das bandas. São 65 mandados de busca e apreensão e 28 de prisão temporária. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, há mandados contra prefeitos, esposas de prefeitos, sobrinhos e secretários de prefeituras. Não foram reveladas todas as cidades onde os agentes estão realizando a operação, mas algumas foram citadas. João PessoaCabedelo, Santa Rita, MamanguapeItapororoca, Capim, Sapé, Solânea, Alhandra e Boa Ventura são algumas das cidades. Em outras cidades, a operação tem apenas mandados de busca e apreensão. A Polícia Federal informou que está realizando varreduras em algumas prefeituras em busca de documentos relativos a contratos com o Ministério do Turismo, como é o caso da cidade de Boa Ventura, no Sertão 
O PREFEITO CANALHA DIZ: QUANTO É A SUA BANDA? O OUTRO CORRUPTO DIZ: 20 MIL. REBATE O MAL PREFEITO: TÁ BOM EU DOU 25 MIL PARA VOCÊS E VOCÊS EMITEM UMA NOTA NO VALOR DE 80 MIL. E TODOS SAIMOS GANHANDO. O EMPRESÁRIO DA BANDA DIZ: MUITO BOM, MEU PREFEITO, GRANDE PREFEITO. O SENHOR ESTÁ FAZENDO UMA ÓTIMA ADMINISTRAÇÃO.

ESSE É O RETRATO QUE VOCÊ NÃO VÊ

E O PAC DA EDUCAÇÃO, CADÊ?

Greve dos professores atinge 95 % das instituições federais

A mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou nesta quarta-feira (27) à adesão de 95% das instituições, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Das 59 universidades, 56 têm professores paradosAlém disso, a greve dos servidores técnicos administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além dos dois centros federais de tecnologia e o Colégio Pedro II. Os docentes preparam, para a manhã desta quinta-feira (28), atos em frente às sedes e subsedes do Banco Central em várias cidades brasileiras. A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Negociações
O sindicato reclama da morosidade nas negociações e do fato de elas estarem concentradas principalmente nas mãos do Ministério do Planejamento -- quem coordena o processo é o secretário das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça. "É uma questão de concepção, essa não é uma discussão numérica. Por se tratar de educação, é uma discussão qualitativa", afirmou o professor Tiago Leandro da Cruz Neto, que integra o comando nacional de greve dos docentes. De acordo com ele, o Ministério do Planejamento "discute apenas números", e não aborda a questão da efetiva reestruturação da carreira, que inclui, por exemplo, permitir que os professores atinjam o topo de sua carreira mais rapidamente, e não logo antes, ou mesmo depois, de atingirem o tempo de contribuição mínima para a aposentadoria. "O MEC tem participado, mas de forma bastante tímida, precisa ser mais incisiva, a discussão precisa ser qualitativa", disse Cruz Neto.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

PALHAÇO NÃO EXPLICA O QUE FEZ COM O DINHEIRO DA ASSEMBLEIA DO PARÁ E TENTA APARECER NA CPI


Aos gritos, senador deixa CPI após pedido de respeito a depoente


O senador Mário Couto (PSDB-PA) protagonizou momento de maior tensão na CPI do Cachoeira nesta quarta-feira (27) ao questionar o testemunho do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que já dura seis horas. "Que caráter tem esse jornalista? Que moral? O senhor disse que recebeu dinheiro sujo, reconheceu que era sujo. Por que o senhor não devolveu o dinheiro? Tinha açúcar? Estava congelado?", perguntou o senador, aos gritos e com murros na mesa. Mais cedo, Bordoni disse aos parlamentares que recebeu dinheiro de caixa dois da campanha do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) à reeleição em 2010 e que R$ 40 mil lhe foram entregues pelo próprio tucano. Esse dinheiro estava, segundo Bordoni, dentro de um frigobar. O vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), pediu que o senador tratasse o depoente com "urbanidade". Irritado, Couto disse que abandonaria a CPI em protesto. "Eu me retiro. Isso aqui é uma disneylândia, uma avacalhação. Tragam o Pagot", afirmou, também aos gritos, numa referência a Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, órgão que contratou a empreiteira Delta para obras de infraestrutura. A Delta seria um dos braços financeiros do esquema de Carlinhos Cachoeira. Após deixar a sala da CPI, Couto encontrou-se com o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e lhe relatou o episódio. Os dois caíram na gargalhada.

ELE É DO PSDB

E AGORA, IMPRENSA GOLPISTA?

Jornalista diz que recebeu dinheiro sujo da campanha de perillo. Isso, sim, é uma espécie de mensalão

Luiz Carlos Bordoni presta depoimento à CPI nesta quarta-feira (27).
Segundo o jornalista, ele foi contratado por governador de maneira informal


O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que presta depoimento nesta quarta-feira (27) à CPI Mista que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou em seu depoimento que recebeu "dinheiro sujo" da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Parte do pagamento acertado pelo trabalho foi feito por empresas ligadas ao esquema do contraventor. "Vou processar todos eles, inclusive o dono da banda dos desafinados. Pelo meu trabalho limpo fui pago com dinheiro sujo", disse. Bordoni foi contratado por Perillo, segundo o jornalista, de maneira informal, para atuar na campanha de rádio do tucano na disputa pelo governo do estado em 2010. Pelos serviços, o jornalista disse que receberia R$ 120 mil, além de um bônus de R$ 50 mil em caso de vitória. Os pagamentos começaram a ser feitos antes mesmo da campanha. "Do valor acordado com o senhor governador [Perillo], recebi três pagamentos. Um de R$ 40 mil das mãos dele [governador]. Um de R$ 30 mil pago pelo financeiro [da campanha] e um terceiro de R$ 10 mil feito em dinheiro pelo senhor Jayme Rincón [tesoureiro da campanha], no escritório. Antes do começo do programa, eu recebi o primeiro [pagamento] em mãos do candidato. Somando as três parcelas, temos R$ 80 mil, faltando R$ 40 mil e os R$ 50 mil do bônus", disse o jornalista. O restante do pagamento, segundo o depoimento, foi feito por meio das empresas ligadas ao esquema de Cachoeira, sem que ele tivesse conhecimento. Segundo ele, o número da conta bancária da sua filha, Bruna, e a sua, foram repassados a Lúcio Fiúza, ex-assessor pessoal do gabinete de Marconi Perillo. O depósito, contudo, não foi efetuado pelo assessor do governador. "Ao Lúcio foi dada a conta da Bruna, não a cascatas nem a Cachoeira. Pensei que teria sido o senhor Lúcio que fez os depósitos. Eis porque nós nunca nos preocupamos de conferir quem fez. A ele passamos o número da conta", disse. De acordo com o jornalistas, dois depósitos no valor de R$ 45 mil cada, foram feitos na conta da sua filha em nome de duas empresas ligadas ao esquema do contraventor, a Alberto & Pantoja Construções e a Décio e Rafael Construção e Terraplenagem. O depoente também afirmou que o governador de Goiás teria "mentido" ao afirmar que fez um reajuste de R$ 33.300 nos serviços prestados pelo jornalista. "Ele faltou com a verdade quando aqui esteve, a começar por mim, dizendo que reajustou os serviços em R$ 33.300. A nota fiscal de R$ 33.300 está aqui. Se os senhores puderem provar onde está meu nome aqui eu engulo esta folha", disse o depoente. "O governador de Goiás não foi leal com os senhores, quando faltou com a verdade ou a omitiu", disse o jornalista. Segundo Bordoni, o pagamento dos serviços foi feito por meio de caixa dois de campanha. "O senhor governador faltou com a verdade porque não há neste documento prova alguma. O que ocorreu foi pagamento feito a mim com caixa dois. A Alberto e Pantoja, ligada a Cachoeira e a Décio construção, também ligado a Cachoeira", disse. O jornalista entregou aos parlamentares documentos que autorizam a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico dele e da sua filha. "Aqui tenho autorização para quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal meu e da minha filha.Investiguem o quanto quiserem. Eu não tenho medo de ninguém, seja quem for", afirmou. O jornalista afirmou que se sentiu "ofendido" por ter sido envolvido no esquema. "Eu queria que o governador Marconi Perillo estivesse aqui, olho no olho. Ele, o Lúcio o Rincón. Eu quero encará-los, não tenho medo. Eles precisam aprender que não se brinca com a honra e a dignidade das pessoas".
Cachoeira
Bordoni afirmou que não conhece Cachoeira pessoalmente, mas afirmou que o contraventor mantinha forte interferência no governo de Goiás. Segundo o jornalista, a ex-chefe de gabinete de Perillo Eliane Gonçalves Pinheiro. Nesta quarta, a ex-chefe de gabinete esteve na CPI, mas anunciou que iria usar seu direito constitucional de ficar calada, e foi liberada. Ela é acusada de repassar informações sobre operações policiais. "A comunicação entre Marconi e Cachoeira era a Elaine. Ela era pessoa que tinha o contato direto com ele. Ela viajou aos estados unidos pagos por ele [Cachoeira]", disse.

 

ESTÍMULO


Governo federal corta juro de longo prazo e prevê compras de R$ 8,4 bi

Em novo pacote de medidas para estimular a economia, o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou nesta quarta-feira que a União comprará neste ano R$ 6,6 bilhões a mais do que o previsto no Orçamento de 2012 em máquinas e equipamentos e bens produzidos no Brasil. No total, serão R$ 8,4 bilhões. A TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), referência dos empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), também foi reduzida de 6% ao ano para 5,5% ao ano. Segundo a imprensa, isso ocorreu por determinação da presidente Dilma Rousseff, que na noite de ontem insistiu no corte a despeito de posições contrárias do Banco Central e do Ministério da Fazenda. O anúncio ocorre às vésperas da divulgação da nova previsão do Banco Central para o crescimento da economia, que ficará abaixo de 3%. O montante em compras governamentais anunciado hoje, de acordo com Mantega, vai além do que já estava previsto no Orçamento de 2012. No total, as compras da União totalizarão R$ 8,4 bilhões neste ano.
"Estamos anunciando o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] para os equipamentos. O PAC deste ano aumentará de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões. É um PAC superando os R$ 50 bilhões, o maior que nós já fizemos", afirmou o ministro. O objetivo, de acordo com o ministro, é proteger o país da crise internacional. "A crise europeia continua piorando, conforme todos têm observado. E essa crise está deprimindo o crescimento da economia mundial, que estava crescendo 6% ao ano e agora vai crescer em torno de 3% ao ano em 2012. Em vista desse cenário, o governo está tomando medidas de estímulo à economia, para podermos ter investimentos e aumentar a confiança, acelerando nosso crescimento. Temos que continuar com políticas de estímulo ou anticíclicas". Conforme antecipado pela Folha, os benefícios envolvem os ministérios da Defesa, Saúde, Educação, Cidades e Desenvolvimento Agrário. Segundo o ministro, a União comprará 8.000 caminhões, a um custo de R$ 2,2 bilhões, 3.000 patrulhas agrícolas (com tratores e outros equipamentos), 3.500 retroescavadeiras e motoniveladoras, 50 perfuradoras para poços em época de seca, 2.100 ambulâncias, 160 vagões de trens urbanos, 500 motocicletas, 40 blindados para o Ministério da Defesa, 30 veículos lançadores de mísseis, 8.700 ônibus escolares e cerca de R$ 450 milhões em móveis escolares, entre outros.

MARGEM DE PREFERÊNCIA

O governo também informou que a determinação de margem de preferência de entre 8% e 25% para compras governamentais de 126 produtos de saúde (equipamentos, remédios e vacinas) produzidos no Brasil deve movimentar R$ 2 bilhões no mercado interno e gerar 5.000 empregos. No ano passado, segundo informações do Ministério da Saúde, o governo gastou R$ 4 bilhões com medicamentos e vacinas importados, o que corresponde a 20% do deficit da balança comercial do setor. A margem de preferência permitirá ao SUS (Sistema Único de Saúde) comprar produtos de saúde produzidos no Brasil mesmo que estes sejam de 8% a 25% mais caros que os estrangeiros.

ACREDITAMOS QUE O GESTOR FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL DEVE EFETUAR AS COMPRAS COM O ERÁRIO, PRIORITARIAMENTE, NO LOCAL PARA AQUECER A ECONOMIA E AJUDAR OS COMERCIANTES MUNICIPAIS, REGIONAIS, ESTADUAIS E NACIONAIS. SEU CANDIDATO FAZ ISSO?

terça-feira, 26 de junho de 2012

BOA NOTÍCIA


Câmara aprova Plano Nacional de Educação com destinação de 10% do PIB

Proposta foi aprovada por unanimidade; esse era o ponto mais polêmico do plano


Após 18 meses de tramitação, a Câmara aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). A proposta, aprovada por unanimidade, inclui uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, a ser alcançado no prazo de dez anos. Esse era o ponto mais polêmico do projeto, após muitas negociações o relator apresentou um índice de 8% do PIB, acordado com o governo. Mas parlamentares ligados à educação e movimentos sociais pressionavam pelo patamar de 10%. O relator da matéria, Ângelo Vanhoni (PT-PR), acatou um destaque do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) que aumentava o patamar de 8% do PIB proposto pelo governo para 10%. Conforme o texto aprovado, a determinação é que se amplie os recursos para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10% ao fim de vigência do plano. A proposta agora segue para o Senado. O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. Além do aumento no investimento em educação pública, o plano prevê a ampliação das vagas em creches, a equiparação da remuneração dos professores com a de outros profissionais com formação superior, a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas. Todos esses objetivos deverão ser alcançados no prazo de dez anos a partir da sanção presidencial. A conclusão da votação do PNE, adiada diversas vezes, se deu em parte pela pressão dos estudantes que lotaram o plenário da comissão. Uma caravana da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com cerca de 200 alunos dos ensinos médio e superior, permaneceram na comissão durante toda a reunião pedindo a aprovação do projeto. “Nós soubemos que havia uma tentativa de adiar essa votação para depois das eleições, então nos entendemos que era fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu. Vanhoni disse que foi uma negociação difícil com o governo ao longo de toda a tramitação do plano, principalmente com a área econômica. A primeira versão apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) previa um índice de investimento de 7% do PIB que posteriormente foi revisto para 7,5% até ser elevado para 8% na semana passada. “Quando recebi essa tarefa [de ser relator do PNE] pensei que não estivesse a altura, mas procurei conhecer profundamente todos os problemas da educação. Persegui construir um plano que pensasse desde o nascimento da criança até a formação dos doutores. Um PNE que não deixasse nenhuma criança fora da escola, mas que fosse uma escola diferente que pudesse cumprir um papel social de transformar as pessoas. O governo mandou um texto que não correspondia, na nossa visão, às necessidades do nosso país”, disse o deputado. A bandeira dos 10% do PIB para área é causa antiga dos movimentos da área e foi comemorado por estudantes e outros movimentos que acompanharam a votação. “Para nós os 10% [do PIB para a educação] é o piso para que o Brasil tome a decisão de concentrar investimento em educação. Vem uma década chave aí pela frente de oportunidades para o país com Copa do Mundo, Olimpíadas, pré-sal”, disse o presidente da UNE. A aprovação também foi comemorada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entidade que congrega vários movimentos da área e sempre defendeu que a proposta de 8% do PIB apresentada pelo governo era insuficiente. “A diferença entre os 8% e os 10% está basicamente no padrão de qualidade. É possível expandir as matrículas com 8% do PIB, a diferença está na qualidade do ensino que será oferecida que não fica garantida com o patamar defendido anteriormente”, comparou o coordenador-geral da entidade, Daniel Cara.

PARA MELHORAR O SALÁRIO DOS PROFESSORES O DINHEIRO TEM QUE CAIR DIRETO NA CONTA DO EDUCADOR SENÃO BRASIL A FORA: PROPRIEDADES, TERRAS, ROUPAS CARAS, TROCA TROCA DE CARROS. ESTÁ NAS MÃOS DO POVO SEMPRE.


VOCÊ ACREDITA QUE ELE DEVOLVE?

Ex-governador é condenado a devolver mais de16 milhões de reais

O ex-governador Fernando Freire foi condenado a pagar mais de R$ 16 milhões aos cofres públicos. No processo 0026971-17.2005.8.20.0001 o juiz Ibanez Monteiro, titular da 2ª Vara da Fazenda Pública, julgou procedente a denúncia feita pelo Ministério Público do pagamento ilegal de gratificações feitas pela Vice-Governadoria no período de 1999 a 2002. A sentença foi publicada hoje no Diário da Justiça Eletrônico, edição 1.112, no espaço destinado a 2ª Vara da Fazenda Pública. Fernando Freire pagará R$ 11 milhões como ressarcimento integral ao erário e ainda R$ 5,5 milhões como multa. Além disso, o ex-governador também foi condenado a perda dos direitos políticos pelo prazo de oito anos e está proibido de contratar com o Poder Público pelo prazo de cinco anos. Maria do Socorro Dias de Oliveira, também ré no processo, foi condenada a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e proibir de contratar com a administração pelo prazo de cinco anos. Na sentença, o juiz confirmou a decisão liminar que decretou a indisponibilidade dos bens de Fernando Freire. O magistrado excluiu da listagem dos imóveis um apartamento no Rio de Janeiro e uma casa em Petrópolis, no Estado carioca, que já haviam sido adquiridiso como execução de um título extrajudicial no ano 2000, portanto antes da Justiça ter decretado a indisponibilidade dos bens. “Nos casos narrados nos presentes autos, foram concedidas gratificações de gabinete a pessoas supostamente lotadas na Vice-Governadoria e, posteriormente, no Gabinete Civil da Governadoria do Estado, sem que as mesmas sequer soubessem de tal fato e sem que, portanto, tenham prestado qualquer serviço público efetivo mediante o desempenho de função pública, atribuída por lei. Tampouco ficaram à disposição do órgão concedente de dita vantagem, até porque sequer sabiam que seus nomes haviam sido utilizados para tanto”, escreveu na sentença o juiz Ibanez Monteiro. Ele destacou que funcionários das residências do ex-governador e dos filhos, Fernanda e Fernando Filho, eram pagas como se fossem servidores do Estado. “Pessoas que trabalhavam nas residências de Fernando Antônio da Câmara Freire, Vice-Governador e posteriormente Governador, e de seus filhos foram remuneradas com verbas públicas, como se exercessem cargo ou função no Administração Pública estadual. Tudo isso além da apropriação desses valores em benefício próprio. Há, de fato, prova da prática de atos de improbidade administrativa”, destacou na sentença. O juiz observou ainda que o ex-governador “ em nenhum momento de sua defesa, negou a ocorrência dos fatos, nem apresentou alguma prova capaz de excluir sua responsabilidade”. O magistrado ressaltou ainda que a responsabilidade para conceder gratificações era de Fernando Freire. “Não havendo como negar a existência de provas suficientes para lhe impor a responsabilidade pelos atos que praticou, pois, de acordo com o conjunto probatório encartado no caderno processual, restou evidente a prática de atos de improbidade administrativa que provocaram lesão ao erário, configurados pela atribuição de verbas de gabinete a pessoas estranhas aos quadros do funcionalismo público”, escreveu na sentença.
PRESTEM ATENÇÃO: ESSE INDIVÍDUO PODERIA SER GOVERNADOR, JÁ IMAGINOU? A HORA DE ANALISAR E REFLETIR É ANTES DE VOTAR PORQUE DEPOIS ELES PEGAM O NOSSO DINHEIRO E COMPRAM ROUPAS CARAS, VIAGENS CARAS, APARTAMENTOS, TERRAS, GADO, MOTEIS, CORPO DE MULHERES E VOCÊ FICA SE HUMILHANDO POR UM DIREITO SEU. VIVA A DEMOCRACIA

CADÊ A VERDADE DA 'VEJA'?

Justiça de SP arquiva investigação de lavagem de dinheiro de Pallocci por falta de provas
promotoria afirma que não há provas, nem indícios


O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou nesta terça-feira (26) que foi arquivado no último dia 21 de junho a investigação criminal que apurava a participação do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci em suposto esquema de lavagem de dinheiro no apartamento onde morava, em Moema, na Zona Sul de São Paulo. O Tribunal de Justiça não divulgou outras informações sobre o inquérito, que está sob segredo de justiça. O promotor Joel Carlos Moreira da Silva,  do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público Estadual, disse por meio de sua assessoria que pediu à Justiça o arquivamento porque não havia provas contra o ex-ministro. O procedimento foi aberto no dia 29 de setembro a partir de uma representação protocolada pelo deputado estadual Pedro Tobias (PSDB-SP). A representação ligava Palocci a um suposto esquema de lavagem de dinheiro em um apartamento localizado no Parque do Ibirapuera, avaliado em R$ 4 milhões. De acordo com a representação que deu origem à abertura da investigação, Palocci pagava aluguel de R$ 15 mil do imóvel ao proprietário e sócio, Gesmo Siqueira do Santos, acusado de ser o laranja do esquema. Na época, o advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci, negou qualquer envolvimento de seu cliente no suposto esquema de lavagem de dinheiro. Ele afirmou que o ministro escolheu uma imobiliária aleatoriamente, no bairro do Parque do Ibirapuera, e que jamais conheceu o proprietário do apartamento.

JÁ PRESTARAM ATENÇÃO? QUANDO É 'DEM' E 'PSDB' TEM FILMAGENS, GRAVAÇÕES LEGAIS E O ESCAMBAU. QUANDO É O PT TEM A PALAVRA DE UM CORRUPTO E CANALHA CHAMADO ROBERTO JÉFERSON OU A DENÚNCIA DE UM TUCANO PARASITA SEM PROVAS. COMO DIZ LULA: PELO MENOS MAIS 20 ANOS DE GOVERNABILIDADE POPULAR ATRAVÉS DO PT E ALIADOS.

VEJA QUEM É QUEM NO BANHO DE 'CACHOEIRA'


Perillo mentiu sobre transação de compra de casa, diz relator de CPI

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mentiu ao explicar a transação de compra de um imóvel na capital goiana. Para o relator, Perillo montou uma "história" para que não ficasse evidenciada a relação do tucano com o empresário Carlos Cachoeira, preso desde o último dia 29 de fevereiro, acusado de comandar um esquema de jogos ilegais. "Com certeza [mentiu]. A história da casa foi para negar a relação do senhor governador com o senhor Carlos Cachoeira", afirmou Cunha após depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen, contratado para realizar uma reforma no imóvel. Perillo afirma que a casa foi vendida por R$ 1,4 milhão ao empresário Walter Paulo Santiago. A Polícia Federal suspeita que Santiago tenha servido como laranja de Cachoeira, que foi preso neste mesmo imóvel. Santiago nega. "O que fica evidenciado é que quem contratou o arquiteto foi o senhor Carlos Cachoeira para decorar a casa que lhe pertencia e que comprou do senhor Marconi Perillo", afirmou o petista. No depoimento, Milhomen confirmou que foi contratado no fim de fevereiro por Cachoeira e Andressa para fazer o projeto de uma nova casa, que seria construída futuramente. Para esse serviço, o arquiteto afirma ter cobrado R$ 50 mil, a serem pagos em cinco parcelas de R$ 10 mil. Os áudios interceptados pela Polícia Federal indicam exatamente esse valor, mas não deixam claro qual era o serviço. Milhomem diz que depois disso, por volta de abril, Cachoeira e Andressa lhe disseram para interromper o projeto da nova casa. Como o serviço inicialmente contratado, segundo ele, não foi concluído, o arquiteto afirma que os clientes ficaram com crédito e que, com isso, os serviços de decoração interna em uma outra casa --a vendida por Perillo-- foram cobertos pelos mesmos R$ 50 mil inicialmente acertados. Integrantes do partido de Perillo na CPI contestam a condução das investigações feitas pelo relator. "Tenho a firme convicção que ele está sendo orientado pelo ex-presidente Lula, pelo PT. Ele não quer investigar nada que envolva recursos da Delta, do Dnit, que envolva repasses de recursos para o partido. Ele que saber onde foi comprado o papel de parede para a casa do governador que foi vendida", afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Durante a sessão, alguns integrantes da CPI chegaram a levantar a hipótese de a comissão continuar os trabalhos durante o recesso previsto para iniciar no próximo dia 18 de julho. Cunha, no entanto, descartou essa possibilidade. "Tem que haver convocação do Congresso Nacional, não creio que em um período eleitoral nós teremos uma convocação para manter a CPI", disse o petista.

MORADOR DO RN VOCÊ ESTÁ SEM GOVERNADORA


Mais 11 presos fogem da penitenciária de Alcaçuz

Segundo diretor da penitenciária, presos escavaram dois túneis e fugiram por um setor que estava sem guariteiro. Ontem em Mossoró sete já haviam fugido


O agente penitenciário Cleber Galindo, diretor da penitenciária estadual Alcaçuz, em Nísia Floresta, confirmou há pouco a fuga de pelo menos 11 presos esta madrugada (26). “Ainda estamos fazendo uma recontagem dos presos, até agora já constatamos que onze presos fugiram, mas esse número pode aumentar”. Segundo o diretor os presos escavaram dois túneis e fugiram por um setor que estava sem guariteiro. “Eles cavaram um túnel do pavilhão 3 para fora do pavilhão e outro para saírem da penitenciária”. A Polícia Militar intensificou o patrulhamento nas proximidades da penitenciária, mas até o momento nenhum dos fugitivos foi recapturado.

ISSO É RESULTADO DO SEU VOTO

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A DESMORALIZAÇÃO É TÃO GRANDE QUE...


Luiz Almir não será candidato à Prefeitura de Natal


O radialista e ex-deputado estadual Luiz Almir não será candidato a prefeito de Natal nas eleições deste ano. O nome dele surgiu como provável indicação do Partido Verde (PV) à sucessão de Micarla de Sousa após a prefeita anunciar na sexta-feira (22) que não vai concorrer à reeleição. "Recebi o convite para concorrer à Prefeitura na sexta-feira e tive o fim de semana todo para pensar nisso. Conversei bastante com minha família e com meus amigos e decidi que entre a razão e a vaidade, o melhor para mim seria ficar com a razão", falou Luiz Almir. O ex-deputado estadual deverá concorrer a uma das 28 cadeiras na Câmara Municipal de Natal. "O convite para brigar pela Prefeitura é muito honroso, mas não tenho condições financeiras para bancar essa luta. Além do mais, já fui candidato a prefeito de Natal em 2004 [pelo PSDB] e aprendi muita coisa sobre essa disputa, que sempre é injusta e agressiva. Diante disso, devo lançar meu nome para vereador". Luiz Almir disse que desde a noite deste domingo (24) vem tentando comunicar a decisão que tomou. "Liguei para ela algumas vezes e ainda estou tentando. Espero que Micarla me receba em reunião nesta segunda para eu poder explicá-la minha postura e que ela compreenda", falou. O radialista, que era vereador de Natal antes de ser deputado estadual, disse ainda não saber quem o PV vai indicar para concorrer à Prefeitura. "O partido tem bons nomes para isso. O senador Paulo Davim, a meu ver, é um excelente candidato. Temos também o presidente da Câmara, Edivan Martins. Fora isso, o PV pode apoiar algum coligado, como é o caso do atual vice-prefeito Paulinho Freire, do PP [Partido Progressista]. Mas isso ainda será discutido internamente". Caso se confirme a candidatura de Luiz Almir a uma cadeira na Câmara Municipal, ele terá que deixar os programas que apresenta na 96 FM e na SimTV! no próximo fim de semana, prazo estabelecido pela lei eleitoral.

MAIS UMA VEZ, ERA LULA QUEM TINHA RAZÃO

SERÁ QUE NÃO SOBRA UM?


Grampo flagra assessor de senador

Um assessor do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI do Cachoeira, foi flagrado conversando com um integrante do grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Escuta telefônica feita pela Polícia Federal com autorização judicial mostra o assessor, identificado como Rui, marcando encontro com Francisco Marcelo Queiroga, que atuava junto à quadrilha de Cachoeira. Ele tinha os telefones grampeados e é irmão de José Olímpio Queiroga, um dos braços-direitos de Cachoeira. Foram registradas pelo menos duas conversas, a primeira em 13 de fevereiro deste ano, antes do início da CPI e da Operação Monte Carlo da PF. Rui pergunta se Marcelo ligou para seu celular:


— Quando estou lá, não posso atender, não.



Marcelo cobra, então, pagamentos do assessor de Vital:



— Vamos fazer o seguinte: fica bom para mim, fica bom para você. Vê para mim quando você quer pagar isso aí. Você me dá dois cheques, acabou. Tenho um cheque seu, eu já te passo. É tão pouco agora.



O assessor pede que Marcelo o encontre no gabinete onde trabalha, no Senado. Este, que diz circular sempre pela Casa, pergunta a que gabinete deve ir:



— Vital do Rêgo.



— Ricardo Rego?



— Vital do Rêgo. Mas você não precisa dizer que está indo para lá. Fala que está indo falar com funcionário e dá meu nome.



No dia seguinte, a PF gravou nova conversa. Rui diz que chegou tarde e pede para marcar outro encontro. Os dois ficam de conversar após o carnaval. Vital do Rêgo disse que hoje vai saber se o funcionário citado nas gravações é o mesmo Rui que trabalha para ele.



— Se for, vou perguntar do que se trata essa conversa. O Rui que eu conheço me presta bons serviços, mas nunca me falou nada disso — disse Vital.



Rui Brito Souza, assessor do senador, reconheceu ontem à noite ao Globo que é amigo de Marcelo, mas que não sabia da ligação dele com Cachoeira. Afirmou que pediu dinheiro emprestado e, por isso, falam na conversa em “descontar cheques”. Rui disse que tem “outras atividades fora” do Senado, como consultor em rádio e TV.



— Ele (Marcelo) é meu amigo pessoal e chegou a comentar comigo que o irmão tinha sido preso, mas contou que tudo ia ser resolvido. Não comentei com o senador porque minha vida pessoal diz respeito a mim — afirmou.



O senador contou que Rui acompanha tramitação de projetos na área de telecomunicações e já trabalhava para o senador que o antecedeu. Ontem, Marcelo disse não se lembrar dessa conversa, nem de Rui. Indagado sobre com quem costuma se relacionar no Senado, disse que tem amigos por lá, com os quais pratica esportes. Nas gravações, Marcelo demonstra ter o controle do jogo, atividade que evita citar nos diálogos. Em 28 de fevereiro, dia em que Cachoeira foi preso, numa conversa às 19h52m, ele parece discutir a atividade e diz que o dia não foi bom na banca:



— Tá devagar. Voltando dos campos, mas tá devagar. É geral.



No Espírito Santo, Marcelo e Olímpio foram acusados, em 2004, de matar uma pessoa, que, cinco anos antes, teria roubado objetos da casa dos Queiroga em Vila Velha. Marcelo chegou a ser preso, em Vitória, acusado de desviar recursos do Banestes, que teria sido usado para incrementar seu bingo.

domingo, 24 de junho de 2012

NA SUA CIDADE TEM ISSO?


Sarney é homenageado como pioneiro do nepotismo sustentável

SÃO LUÍS - Reconhecido internacionalmente pelo comprometimento com parentes em cargos públicos, José Sarney foi condecorado com a ordem de Senador Orgânico Sustentável numa cerimônia realizada na Rio+20. "Divido essa homenagem com meu povo. Sinto-me estimulado a fixar metas para que todos os órgãos públicos tenham, pelo menos, 12 parentes de deputados e senadores até 2015", explicou, cofiando o bigode acaju. Convidado para palestrar na mesa "Da fisiologia Verde à Verdinha: Perspectivas", Sarney elencou 193 maneiras de se reciclar no poder. "É preciso saber dosar as emissões de verbas entre a base de apoio e os currais eleitorais", vaticinou, enquanto empregava dois parentes distantes em uma tribo Yanomami. Elogiado pela preservação das tradições populares em seu Estado, o Amapá, Sarney aproveitou a oportunidade para anunciar uma conferência no Maranhão. "O evento debaterá o nepotismo sustentável e se chamará Sarney+200", explicou o senador, enquanto empregava 47 parentes na Cúpula dos Povos. A governadora Roseana Sarney participará hoje da mesa "Bigodes reciclávies: como preservar a tradição sem depredar o meio-ambiente".

SE VOCÊ NÃO MUDA, SUA VIDA TAMBÉM NÃO MUDA

PRESTEM ATENÇÃO: AINDA HÁ POLÍTICOS QUE PRESTAM

Senado: Paulo Paim, que é do PT, enfatiza necessidade de se acabar com o voto secreto no congresso



A tendência, no Senado Federal, é aprovar um texto que acabe de vez com o voto secreto na aprovação de matérias. O senador Paulo Paim (PT/RS) é autor da Proposta de Emenda a Constituição (PEC 50) que acaba com o voto secreto no parlamento. Segundo o senador, a aprovação da PEC dará transparência e a população saberá como cada deputado ou senador votou determinado assunto. “Não dá pra ter meio termo, a minha PEC, PEC 50, que eu vou torcer muito para que o Congresso vote, acaba com o voto secreto,  ela tira da Constituição a palavra voto secreto e nem uma votação para mim deveria ter o voto secreto, cada parlamentar tem que assumir sua posição”. Ele explicou ainda que a matéria está pronta para ser votada e que não vê razões para que ela não seja aprovada e justificou dizendo… “Se eu vou votar com o governo ele tem que saber como eu votei e se eu tiver uma divergência ele também que saber”.


VOCÊ VAI VOTAR EM QUEM?


No Rio Grande do Norte, o crime compensa


Esta semana fez exatamente um mês. 

O que você acha que aconteceria caso uma das principais lideranças políticas do estado fosse flagrado em escutas telefônicas combinando o uso da conta pessoal de um tesoureiro de campanha para transferir dinheiro a fim de comprar apoio político de dois vereadores da capital? Se esse líder político fosse o marido da governadora do estado e um dos vereadores a serem comprados fosse o presidente da Câmara Municipal da capital?  Se esse mesmo líder, marido da governadora, em outra ligação, ao conversar sobre a defecção de dois deputados estaduais da campanha da mulher, dissesse literalmente que tinha “um dinheirinho para mandar” na tentativa de reverter a mudança de voto dos dois deputados? E se um desses dois deputados fosse o presidente da Assembleia Legislativa? E se você ouvisse que seriam depositados R$ 100 mil na conta de campanha de um deputado federal mas que esse dinheiro não era dele? Ou seja, que o grupo político teria que inventar recibos e notas fiscais frios para retirar esse dinheiro da conta do deputado para uso na campanha ao senado. E se essa candidata ao senado, eleita, fosse a atual governadora do estado? E se você ouvisse diversas gravações mostrando as articulações para uso de notas fiscais frias para justificar gastos de campanha na prestação de contas? Você não veria nisso um escândalo político sem igual na história do estado em questão? Você não esperaria ver o tema estampado em todos os jornais locais e, inclusive, em veículos nacionais?  Você não gostaria de ver uma ação enérgica do Procurador Geral da República para investigar e punir exemplarmente os envolvidos - cujos crimes supostos prescreverão apenas em 2018? Por que, então, o #Caixa2doDEMnoRN, com raras exceções, não foi destaque dos veículos convencionais de imprensa? Por que sequer revistas como a CartaCapital não lhe deram espaço? Por que apenas o jornal O Globo se interessou e, ainda assim, foi silenciado pela ação do líder do PMDB na Câmara Federal? E por que ninguém se indignou com essa afronta à liberdade de imprensa? Por que ninguém se indigna com a incapacidade da Procuradoria Geral da República em responder, há praticamente um mês, sobre o que foi feito de uma investigação que recebeu há três anos?  Por que essa enorme inação, silenciamento, sufocamento histórico? Porque, parece, no RN o crime compensa. Para os poderosos. Mesmo que tantos elementos e indícios claros tenham sido levantados e deixem perplexos o que os lêem e ouvem, os poderosos têm o direito de não serem incomodados até que os seus supostos crimes prescrevam. 

E tudo com a anuência, parece, do espreguiçador geral, Roberto Gurgel. 

Vamos deixar, como sociedade, que crimes tão evidentes restem, ao fim, impunes? Vamos deixar que aqueles que fazem o meio campo entre a comunidade e os fatos prossigam omitindo fatos dessa gravidade? Quantos outros ainda serão sonegados? Quantos criminosos restarão impunes e aparecerão como éticos e perfeitos políticos? Probos. 

sábado, 23 de junho de 2012

MELHOR VOTAR BEM DO QUE LER NOTÍCIAS ASSIM



“Desviaram mais de R$ 1 milhão”

Dois ex-dirigentes do PFL, hoje DEM, denunciam o desvio de dinheiro público do partido na Bahia e no Acre

ACUSAÇÃO Chagas Freitas (acima) e Saulo Queiroz (abaixo). Eles denunciam gastos proibidos por lei, cheques voadores e desvios do fundo partidário (Foto: arquivo pessoal)
Em agosto de 2005, o assistente de chancelaria do Itamaraty Francisco Chagas da Costa Freitas se filiou ao então PFL, hoje DEM. No mês seguinte, assumiu a presidência do diretório regional do partido no Acre com dupla incumbência. Primeiro, reorganizar a legenda no Estado. Depois, preparar sua candidatura ao Senado para as eleições de 2006. A primeira tarefa se mostrou mais complexa que a segunda. Chagas Freitas, como ele se apresenta (homônimo do governador biônico do Rio de Janeiro na década de 1970), deparou com um quadro de descalabro: salários de funcionários e aluguéis de imóveis atrasados, disputas trabalhistas e uma série de cheques sem fundos emitidos pela gestão anterior. Eram tantos cheques voando na praça que o Banco Central encerrara a conta do PFL acriano. Orientado pela direção nacional pefelista, ele abriu uma nova conta para movimentar o dinheiro do partido. Começava ali uma longa briga que culmina hoje com uma denúncia grave envolvendo vários dirigentes e ex-caciques do PFL (ou DEM). Com a palavra, Chagas Freitas: “O Saulo Queiroz, que hoje é o braço direito do Kassab, me disse: ‘Chagas, não se preocupe. Nós estamos com um rolo muito grande na Bahia. Na Bahia, houve desvio de mais de R$ 1 milhão. O partido terá de resolver essa questão da Bahia, porque lá tem o ACM e todos esses caras que são importantes no partido. E, depois que a gente resolver o caso da Bahia, vamos resolver o caso do Acre’. Quem me disse isso foi o Saulo Queiroz, com a anuência do Bornhausen”. São tantos os caciques políticos citados numa única denúncia que é necessário colocar legendas. Ei-las:
 - Saulo Queiroz era na época tesoureiro nacional do PFL/DEM. Hoje é secretário-geral do PSD;
 - Gilberto Kassab é prefeito de São Paulo. Liderou uma dissidência no DEM e criou, em 2011, o PSD, do qual é presidente;
 - Antônio Carlos Magalhães (ACM) era um dos nomes de maior expressão no PFL/DEM. Morto em 2007, foi governador e senador pela Bahia;
 - Jorge Bornhausen, político catarinense, foi presidente do PFL/DEM até 2007. Hoje está fora da política.
Depois de assinar uma série de cheques para pagar as despesas do diretório regional, Chagas Freitas, como qualquer outro dirigente partidário, teve de prestar contas à Justiça Eleitoral. Os partidos precisam justificar anualmente seus gastos, entre outras razões, porque recebem recursos da União por meio de um dispositivo conhecido como Fundo Partidário, abastecido com dinheiro público. Em 2006, o Tribunal Regional Eleitoral do Acre rejeitou as contas do PFL local, sob o comando de Chagas Freitas, que perdera a disputa por uma cadeira no Senado naquele ano. O TRE apontou aplicações irregulares de dinheiro do Fundo Partidário. Como se trata de dinheiro público, o caso foi remetido ao Tribunal de Contas da União (TCU), que condenou Chagas Freitas e o tesoureiro do PFL do Acre, Raimundo Aragão, a ressarcir o Tesouro Nacional em mais de R$ 115 mil (hoje o débito está em mais de R$ 200 mil, devido à correção monetária e aos juros). Desde então, Chagas Freitas luta para que o partido assuma o pagamento dessa dívida. O comando nacional do DEM se recusa. Seria, então, a acusação de Chagas Freitas contra o DEM da Bahia uma denúncia infundada, uma chantagem? O próprio Saulo Queiroz reconhece uma sucessão de problemas no PFL baiano entre 2005 e 2006. Ele não admite que houve desvio, mas conta que a Justiça Eleitoral bloqueou o Fundo Partidário do PFL na Bahia depois de detectar vários gastos proibidos por lei, despesas que não poderiam ser pagas com recursos públicos. No caso do Acre, Queiroz afirma que houve mesmo roubo de dinheiro do Fundo Partidário:
– O que aconteceu no Acre? Eles não tinham comprovantes dos gastos. Emitiram cheques sem pagar nenhuma conta do partido. Para onde foi o dinheiro, não faço ideia. Não tínhamos, naquele momento, como resolver. Havia um indício muito forte de desvio. Que, a bem da verdade, não foi feito por Chagas Freitas. Ele tinha um tesoureiro que não era uma pessoa muito honesta. Confiou no cara, o indivíduo saiu sacando dinheiro e botando no bolso. Infelizmente, sobrou para ele. Mas tem 80% de culpa, porque foi ele quem colocou esse tesoureiro lá. E assinava os cheques como se fossem em branco.
E o que ocorreu na Bahia? Eis o que afirma Queiroz, na qualidade de tesoureiro-geral do partido na época:
– Houve um problema na Bahia, mas não era igual a esse do Acre. Prestações sucessivas de contas com problemas. Não caracterizando desvio, mas utilização indevida de recursos do Fundo Partidário, aplicado em coisas que a lei vedava. O que fizemos? Se não me engano, adiantamos seis cotas do Fundo Partidário para a Bahia, para que eles pudessem resolver o problema no Tribunal. Em outra conta, para recebimento de doações, depositamos mais recursos para a sobrevivência do diretório, porque também estavam impedidos de receber dinheiro do Fundo Partidário.
Queiroz diz não lembrar o valor exato aplicado irregularmente pelo PFL da Bahia, mas acredita que seria algo em torno de R$ 600 mil – e não mais de R$ 1 milhão, como diz Chagas Freitas. Segundo Queiroz, a crise na Bahia foi tão grave que a direção nacional do partido teve de intervir no diretório local. Chagas Freitas diz que Queiroz é comedido ao falar em aplicação irregular de dinheiro na Bahia. “Foi desvio de recursos mesmo. Não havia notas fiscais para os gastos”, afirma. Ele diz que não houve roubo no Acre em relação às contas de 2005, como afirmou Queiroz, mas sim o entendimento do TCU de que cheques do Fundo Partidário foram usados de forma irregular. Ele entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal contra a decisão. Na quarta-feira passada, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu uma liminar em favor de Chagas Freitas, suspendendo em caráter temporário a cobrança do TCU. Ele também mandou citar o diretório nacional do DEM, para que o partido se manifeste sobre o assunto. “Temos a comprovação de todos os gastos do diretório do Acre. Somente fiz pagamentos por ordem do diretório nacional do partido. Como o partido quer que eu assuma essa responsabilidade? Sou economista e trabalho há mais de 30 anos no Itamaraty. Já cuidei das contas de várias embaixadas. Nunca sofri uma acusação sequer de qualquer tipo de desvio nesses anos todos”, diz Chagas Freitas. Nos últimos meses, ele mandou várias cartas ao atual presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), cobrando posição do partido. Agripino afirma que o departamento jurídico do DEM entendeu que não há o que fazer. “Esse rapaz nos procurou. Eu disse a ele: ‘Quem te prometeu ajuda foi o Saulo? Então é o Saulo que tem de tratar desse assunto com você’. O partido não pode se responsabilizar por situações da pessoa física”, diz. Agripino e o atual tesoureiro nacional do DEM, Romero Azevedo, disseram que, se houve erros na Bahia, eles não sabem do que se trata, pois os fatos ocorreram antes de seus mandatos no comando do partido. “A responsabilidade pela aplicação dos recursos é da Bahia, não nossa”, diz Agripino.