11/10/2011
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19h14
TST determina fim da greve dos Correios a partir de quinta
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou que os funcionários dos
Correios em greve retornem ao trabalho a partir da zero hora de
quinta-feira. A decisão do tribunal prevê reposição na inflação de 6,7% e
um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro.
A multa diária por descumprimento é de R$ 50 mil para a Fentect
(Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares).
Após diversas tentativas frustradas de acordo, o dissídio de greve foi julgado na tarde e noite de hoje no plenário do TST.
Os ministros do TST determinaram o desconto no salário dos grevistas de
sete dias de paralisação. Os outros 21 serão repostos pelos funcionários
em trabalho extra aos sábados e domingos.
A decisão contrariou o voto do relator do caso no tribunal, ministro
Mauricio Godinho Delgado, que defendeu a reposição de todos os dias. O
ministro argumentou que a greve corresponde a uma quebra no contrato de
trabalho, mas que a decisão cabe a uma instância "normativa". Os
Correios teriam se antecipado ao realizar o corte nos salários.
"Nossa proposta é que o pagamento pelos trabalhadores se faça pela
prestação de serviços e não por descontos", afirmou o relator do caso.
Os ministros também foram unânimes ao afirmar que a greve dos servidores não é abusiva.
HISTÓRICO
A greve dos Correios começou no dia 14 de setembro (há 28 dias). A
empresa manteve a versão durante toda a paralisação que a adesão não
passou de 25% dos 110 mil funcionários em todo o país.
A maior parte dos funcionários que pararam as atividades foram carteiros, o que provocou atrasos na entrega.
Praticamente não houve fechamento de agências durante a paralisação, mas
a empresa calcula que 184 milhões de cartas e encomendas atrasaram.
Nesse período, a empresa suspendeu os serviços com entrega marcada: Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta.
Marcelo Camargo/Folhapress | ||
Ministros do TST julgaram o reajuste salarial, o desconto dos dias parados e se a greve dos Correios era abusiva |
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