terça-feira, 11 de outubro de 2011

QUANTA INTOLERÂNCIA





 A INTOLERÂNCIA DESE SER CONTRA O ASSALTO AOS COFRES PÚBLICOS


O colombiano Juan Pablo Pino, jogador do Al Nasr, da Arábia Saudita, foi preso por exibir em público uma tatuagem de cunho religioso. Segundo a imprensa saudita, o incidente ocorreu quando o atleta passeava com a mulher em um shopping de Riad, capital do país. Com uma camiseta sem mangas e a imagem de Jesus Cristo em um dos braços à mostra, causou indignação das pessoas no local e foi insultado. A confusão chamou a atenção da polícia moral, encarregada de garantir o cumprimento das leis do reino saudita, que decidiu prendê-lo.
O clube publicou declarações em que Pino declara "profunda tristeza" pelo episódio, acusa torcedores rivais e afirma respeitar as leis do país. Lembrou, inclusive, ter comprado uma roupa muçulmana para que sua mulher "saia de maneira respeitosa". A mulher, preocupada, pede que o marido abandone a equipe e deixe a Arábia.

OUTRO CASO
 
Confusão parecida aconteceu com Mirel Radoi, do Al Hilal, ano passado. O romeno beijou a tatuagem de uma cruz em seu braço após marcar um gol e provocou o descontentamento popular.
O xeque Mohammed Nayimi, um dos clérigos mais respeitados do país, disse que os jogadores têm de respeitar às leis que proíbem tatuagens e escondê-las. Pediu ainda que os contratos com estrangeiros tenham uma cláusula que os obrigue a respeitar a lei islâmica (sharia). 

ENTENDA: A lei islâmica (sharia) proibe que seja mostrado publicamente quaisquer tipos de tatuagens, além de criminalizar qualquer propaganda que não o islã. Diante disso, todas as manifestações em sentido contrário
 é passível de punição, incluindo ai o cristianismo e a figura de Jesus Cristo, que, curiosamente, é o quarto profetta mais impostante para o islamismo. A intolerância que denunciamos não é das leis (que sempre devem ser cumpridas) mas das pessoas, de quem fez tais leis. Não poder se manifestar livremente, escolher sua roupa, seu sapato, sua fé, seu estilo de vida, realmente nos dá a impressão de que a liberdade no mundo árabe é condicionada ao bel prazer do entendimento extremista do ser humano. Mas isso não é exclusividade do oriente médio. Se temos a democracia eleitoral em nossa terra, se podemos acionar o ministério público para nos socorrer, se somos livres para manifestações pacíficas, se podemos nos sindicalizar enquanto sociedade civil organizada, por que ainda temos uma educação de última no sentido literal da palavra em José da Penha? falta dinheiro? duvido. Faltam gestores? também não. Faltam, sim, vergonha na cara de um povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário