Enviado em 29 de outubro de 2011, às 15h36min
PSDB cobra 25% de propina em Alagoas
Cadê
as provas? Toda vez que aparece uma denúncia de corrupção, a primeira
providência do acusado é cobrar as provas do crime. Como ninguém costuma
passar recibo registrado em cartório e com firma reconhecida para dar
quitação da propina, na maioria dos casos não acontece nada e a
maracutaia continua. Pois aqui em Maceió, onde estou
participando da V Bienal Internacional do livro de Alagoas, a Polícia
Federal está investigando as provas de que o governo do PSDB cobrou 25%
de propina para pagar uma dívida de R$ 3,3 milhões com o Banco
Panamericano, a 60 dias das eleições de 2010, em que o governador
Teotonio Vilela Filho foi reeleito. "Wilson, na reunião
realizada ontem a pedido do governo de Alagoas, o Dr. Luiz Otávio Gomes,
Secretário de Estado, ratificou que a única forma de liquidarem o
débito é efetuar o pagamento na forma abaixo, ou seja, retorno de 25%
sobre o principal e devolução integral da correção monetária", diz um
dos e-mails apreendidos pela PF, enviado por Luiz Carlos Parandin a
Wilson Roberto de Aro, ambos dirigentes do Panamericano época em que o
banco de Silvio sSantos quebrou, deixando um rombo de 4,3 bilhões de
reais. Comentário do analista da Polícia Federal que consta do
inquérito: "(...e uma taxa chamada "RETORNO" que deverá ser paga pelo
banco a cada repasse do governo alagoano na forma de doação de campanha
para o PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa que
será indicada pelo secretário". O nome de Luiz Otávio Gomes,
secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Estado,
chamado por aqui de "super-secretário" é citado várias vezes na troca de
correspondências que fazem parte do inquérito da Polícia Federal aberto
por determinação do juiz Douglas Camarinha,da 6ª Vara Criminal da
Justiça Federal. O superintendente da PF em Alagoas, delegado
Amaro Vieira, informou à "Gazeta de Alagoas", o jornal da família Collor
de Mello, que, se houver necessidade, o governador Teotonio Vilela
Filho poderá ser chamado para prestar depoimento. No acerto
feito entre o governo e o banco para o pagamento da dívida de R$ 3,3
milhões em quatro parcelas, o PSDB ficaria com uma taxa de retorno de
25% sob a rubrica "doação, no total de R$ 678,5 mil destinados ao "caixa
dois" do partido que deveria ser repassado em espécie, ou seja, em
grana viva. O objetivo do inquérito da PF é investigar "provável
ocorrência de corrupção passiva e ativa". Não é o único caso que está
dando trabalho para a PF em Alagoas, "quase sempre em primeiro lugar no
Brasil nos piores índices de desenvolvimento social", como registra o
jornal dos Collor. Dos 102 municíos do Estado, há investigações em curso
em 91 deles - 50 novos inquéritos foram abertos este ano.
TEM QUE CAÇAR,TOTURAR E MATAR TODO ASSALTANTE DE COFRES PÚBLICOS.
ResponderExcluirRAIMUNDO ANDRADE