STF retoma julgamento sobre pensão vitalícia a ex-governadores; oito na PB podem perder benefício
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir
Cavalcante, disse nesta sexta-feira (21) que no máximo em um mês o
Supremo Tribunal Federal (STF) vai colocar em pauta o processo que
questiona subsídios vitalícios para ex-governadores. Segundo
Ophir dentro de 15 ou 30 dias o primeiro processo será julgado e a
decisão proferida será aplicada em todos os processos que trate da
pensão de ex- governadores. “Conversei com ministro Carlos Ayres Brito
que confirmou a pauta sobre pensão de ex-governadores entre 15 ou 30
dias no máximo e que está decisão servirá para todos os outros casos”,
disse Ophir. A declaração foi dada em primeira mão ao apresentador Paulo Neto do programa Correio News PB 2ª edição. No
entendimento da OAB, o subsídio não poderia ser proposto por meio de
Emenda Constitucional. "A eventual instituição de subsídio mensal
vitalício, a título de pensão especial, a ex-governadores, é matéria que
por sua própria natureza deveria ser feita por intermédio de lei
ordinária e com a participação do Poder Executivo", afirma a entidade na
ação proposta no STF. “Não estamos contestando o valor das
pensões, e sim, o exemplo que deve ficar. Nós não podemos conceber que
alguém que ficou 06 meses, ou até mesmo 04 dias apenas no cargo, receba
eternamente um valor apenas por ter tido um cargo público”, disse
presidente da OAB. Ele ainda disse que este assunto merece uma
discussão maior, mas quando for julgado o processo, o STF, vai tirar
qualquer dúvida constitucional a cerca deste assunto. Na Paraíba
são oito ex-governadores que recebem aposentadoria: Roberto Paulino
(01/01/2003), Cássio Cunha Lima (01/01/2007), Cícero Lucena
(01/01/1995), Dorgival Terceiro Neto (15/03/1979), José Maranhão
(06/04/2002), Milton Cabral (15/06/1986), Ronaldo Cunha Lima
(15/03/1991) e Wilson Braga (14/05/1986). O benefício é previsto
na Constituição do Estado da Paraíba, através da Emenda Constitucional
nº 21, de 27 de dezembro de 2006. Os ex-governadores recebem um subsídio
mensal vitalício, a título de pensão especial, paga com recursos do
Tesouro Estadual, igual ao do atual governador, que atualmente é da
ordem de R$ 18.371,50.
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