Você é um cidadão brasileiro, cheio de vontade de viver. Quer comprar comida, roupa, sapatos, ter uma vida digna. Parece que o passar do tempo, o complexo de inferioridade, a falta de educação e a cultura enraizada são componentes para o aviso prévio da sua derrota. Você se conformou em ver meia dúzia trocando de carro, com boas roupas, perfumes destacados, fazendo passeios, comprando casas e quando olha para o espelho não vê esperança em dias melhores. No fundo tem o conhecimento de que aquilo é fruto do roubo, das trapeças dos canalhas e dos desmandos desse país. Nesse sentido, você não sabe, por cultura, que esse dinheiro é seu e que ele não pertence a nenhum bandido, a nenhum fazendeiro, a nenhuma madame da corrupção. A tropa vive sorrindo com os deleites da gordura que escorrega entre as mãos desses malfeitores enquanto você sofre, você se conforma e continua sem voz. A solução é a bebida, os porres e a anestesia. No outro dia, se não for preso, tentará curar a ressaca ou algum mal mas logo percebe que não existe hospital para ele. A unimed é mais longe que a Conchichina. Seus filhos não têm nenhuma esperança de dias melhores porque na realidade eles vivem no conjunto da amargura de não ter uma alternativa. Educação? ele, na sua inocência, não consegue entender como autoridades dão um atestado de incompetência e a verdadeira educação fica na cidade ao lado, pago com o dinheiro dele. Mas como Deus sempre trabalhou com minorias, ele fará questão de sempre dá conforto àqueles que desejam saciar a sede de justiça. O que nos resta, então? fazer parte desse lamento? usemos nossa voz para incomodar os ouvidos corbertos por cabelos louros, pretos, fora a calvície, e falemos sem medo de qualquer bandido:
DEVOLVA NOSSO DINHEIRO, CANALHAS!
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