21 de Outubro de 2011
O Brasil vai parar para marcha dos Trabalhadores em Educação
No dia 26 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Educação (CNTE) e suas 43 entidades filiadas em todo o Brasil irão
fazer uma mobilização que promete reunir cerca de dez mil pessoas no
Planalto Central. É a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da
Educação Pública, que nesta edição pede 10 mil pelos 10% do PIB para a
Educação. O Brasil investe, hoje, cerca de 5% do PIB no setor.
Para a CNTE, não há dúvidas de que o direito à educação depende de
mais recursos financeiros e de sua melhor aplicação. A meta de
investimento de 10% do PIB visa tirar o atraso no qual a educação
pública brasileira se encontra. Atualmente, é notório o quanto os
educadores estão desestimulados devido à baixa remuneração e à
estrutura precária das escolas. Pesquisas denunciam que a juventude não se sente atraída pela carreira
de educador. O número de formandos nos cursos preparatórios de
docentes para os primeiros anos da educação básica - como Pedagogia e
Normal Superior – foi reduzido pela metade em quatro anos, segundo os
últimos dados do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente pelo
MEC. De 2005 a 2009, o número de graduados caiu de 103 mil para 52
mil, comprovando o desinteresse dos jovens pela carreira.
Motivos para parar não faltam. As muitas paralisações organizadas revelam a dificuldade de
interlocução com os governantes para o atendimento das atuais demandas
da educação. Somente na rede pública estadual, a CNTE contabiliza doze
greves em 2011. Atualmente, a rede estadual do Pará está paralisada.
A longa duração dessas greves chama a atenção. Os professores
cearenses voltaram às salas de aula somente após 63 dias e com o
compromisso do governo do estado de pagar o piso vinculado à carreira.
Em Minas Gerais, os professores permaneceram em greve por 112 dias
até conseguirem dar início a um processo de negociação com o governo
estadual.
O motivo principal das greves de 2011 é o descumprimento da Lei
11.738/08, que trata do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).
Sancionada há 3 anos pelo presidente Lula, a lei ainda não é cumprida
integralmente em nenhum estado e município. “Na maioria dos estados e
municípios que dizem cumprir o piso, a norma não é seguida como
deveria, pois não estruturaram uma carreira para os profissionais",
afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão.
Equívoco sobre o valor do piso.
A Lei do Piso estabeleceu o valor de R$950,00 para ser pago como
vencimento inicial de carreira do professor com formação de nível
médio, a partir de 2008. Este valor sofreria reajustes anuais
utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo
por aluno do Fundeb, referente aos anos iniciais do ensino fundamental
urbano. Por isso, a CNTE calcula que os professores de nível médio
deveriam receber em 2011 um salário inicial de R$1.597,87. O
Ministério da Educação, porém, estabeleceu a quantia de R$1.187,97.
Marcha Nacional.
A Marcha Nacional no dia 26 de outubro visa sensibilizar a sociedade e
dar visibilidade para questões que comprometem a qualidade da
educação. Neste dia, os participantes se concentrarão às 9 horas em
frente ao estádio Mané Garrincha (em reforma para a Copa de 2014) e
marcharão a partir das 10 horas até o Congresso Nacional, onde será
feito um ato pela defesa de 10% do PIB e não apenas 7% como consta no
Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.
A CNTE pretende entregar ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco
Maia, e ao relator do PNE, Deputado Ângelo Vanhoni, cem mil
assinaturas de apoio à destinação de 10% do PIB para a educação
pública brasileira.
Também estarão expostos em frente ao Congresso, os trabalhos da mostra
cultural promovida pela Confederação. Nesta mostra, lançada no dia 16
de setembro, alunos de escolas públicas inscreveram desenhos, poemas,
cordéis, qualquer manifestação artística sobre o tema “Por que 10% do
PIB para a Educação Pública?”. A CNTE convida todos a participar do movimento por mais financiamento
para o setor. A educação tem papel importante na formação dos
trabalhadores, na distribuição da renda e no desenvolvimento
sustentável a longo prazo. “10% do PIB não é muito e todos sabem
disso, principalmente em se tratando de educação, que é essencial para
a construção de um país justo e preparado para o futuro” afirma Leão.
(CNTE, 19/10/11).
NOTA DO BLOG: AINDA HÁ NO BRASIL GESTORES QUE RELUTAM EM NÃO CUMPRIR A LEI DO PISO SALARIAL PARA PROFESSORES DO BRASIL, UMA IDEIA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. SABEM POR QUÊ? FALTA DINHEIRO? NÃO. O PROBLEMA É QUE VAI DIMINUIR A MARGEM DE DESVIO PARA O BOLSO DESSES ABUTRES. CERTAMENTE SALVAM-SE UMA PARTE DOS PREFEITOS DO BRASIL. QUAL O PRECENTUAL QUE SE SALVA? VOCÊ JÁ RESPONDEU.
NOTA DO BLOG: AINDA HÁ NO BRASIL GESTORES QUE RELUTAM EM NÃO CUMPRIR A LEI DO PISO SALARIAL PARA PROFESSORES DO BRASIL, UMA IDEIA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES. SABEM POR QUÊ? FALTA DINHEIRO? NÃO. O PROBLEMA É QUE VAI DIMINUIR A MARGEM DE DESVIO PARA O BOLSO DESSES ABUTRES. CERTAMENTE SALVAM-SE UMA PARTE DOS PREFEITOS DO BRASIL. QUAL O PRECENTUAL QUE SE SALVA? VOCÊ JÁ RESPONDEU.
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