Nepotismo e privilégios ameaçam Judiciário
O Judiciário brasileiro vive um péssimo momento, e não é de hoje. A novidade é que agora os seus malfeitos, práticas pouco republicanas, corporativismo e defesa de privilégios estão sendo revelados à sociedade, da mesma forma como ocorre com os demais poderes e instituições. Os meritíssimos precisam entender que não estão acima do bem e do mal. A cada dia surgem fatos novos que envolvem magistrados em situações que antes pareciam restritas a membros do Executivo e do Legisdlativo. Ficamos sabendo, por exemplo, em reportagem publicada por Vera Magalhães, na "Folha" desta terça-feira, que o ministro Ari Pargandler está em campanha aberta para emplacar sua cunhada Suzana Camargo na vaga aberta no Superior Tribunal de Justiça, que ele preside. Pargandler é aquele patriota que ganhou notoriedade ao ofender e demitir um estagiário após discussão na fila do caixa automático do tribunal. Por isso, responde a processo criminal no Supremo Tribunal Federal. Suzana Camargo é desembargadora do Tribunal Regional Federal, da 3ª Região, em São Paulo. Ficou famosa em 2009 ao informar ao então presidente do STF, Gilmar Mendes, que o gabinete dele havia sido grampeado, quase provocando uma crise institucional. Até hoje não apareceu o produto do grampo, quer dizer, a tal fita. Na lista tríplice enviada pelo STJ à presidente Dilma Rousseff, a desembargadora aparece em terceiro lugar. O lobby de Pargendler, casado com uma irmã de Suzana, é tão descarado que já está constrangendo outros ministros, como dois deles revelaram a Vera Magalhães. Nos últimos dias, o presidente do tribunal tem feito uma romaria por gabinetes de senadores e deputados em busca de apoio para a sua protegida. Aos poucos vamos conhecendo outras mazelas do Judiciário em espaços antes reservados a ministros e parlamentares. Na mesma edição do jornal, o competente colega Frederico Vasconcelos informa que "Peluzo protege identidade de juízes sob investigação". Atendendo a pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros, o presidente do STF, Cézar Peluso, mandou tirar do site do Conselho Nacional de Justiça as iniciais dos juízes que respondem a processos disciplinares em tribunais estaduais. Fora os casos que correm em segredo de Justiça, os processos são públicos, e não há nenhuma razão para que magistrados tenham um tratamento privilegiado em relação aos demais cidadãos. Ou não somos todos iguais perante a lei, segundo a Constituição em vigor? O país não tem o direito de saber o que consta destres processos, quais as providências tomadas? O que impressiona é o número de magistrados investigados. Na semana passada, havia 1.353 processos em tribunais estaduais. A corregedoria nacional, presidida pela ministra Eliana Calmon, a primeira levantar os véus que protegiam o Judiciário, tem em seu cadastro 2.300 processos envolvendo magistrados. Mais do que em qualquer outra repartição pública, vale para os membros da Justiça a célebre frase da mulher de Cesar: não basta ser honesto, é preciso parecer honesto. Em muitos casos, como vemos, não é o que está acontecendo. A imagem do Judiciário está ameaçada pelos seus próprios integrantes, o que não é nada bom para a nossa jovem democracia.
Meus parabéns à ministra Eliana Calmon pela coragem de revelar o que outros querem esconder. A sociedade brasileira agradece.
NOTA DO BLOG: SOMENTE A PRESSÃO E A MANIFESTAÇÃO DO POVO PARA FAZER COM QUE NOSSOS REPRESENTANTES DE BRASÍLIA ENGULAM LEIS QUE PROIBAM TAIS CANALHICES. ANTES, ACHÁVAMOS QUE AS TOGAS ERAM ALGO INTOCÁVEIS DE GRANDE REPRESENTATIVIDADE PARA OS CIDADÃOS TÃO DESPREZADOS PELOS POLÍTICOS MAJORITARIAMENTE. AGORA, COM A DEMOCRATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES E A CONSCIENTIZAÇÃO, AOS POUCOS, DAS PESSOAS EM GERAL, ESTAMOS CONTEMPLANDO QUE A FARRA TEM REQUINTES DE TODAS AS ESFERAS. É O QUE JÁ CHAMAMOS AQUI: O PODER PELO PODER. "EU TE AJUDO E VOCÊ ME AJUDA. EU NÃO TE CONDENO E VOCÊ AUMENTA MEUS SALÁRIOS QUE NÃO ENTRAM NA LRF. OS MENDIGOS POLICIAIS, ENFERMEIROS, AGENTES PENITENCIÁRIOS, PROFESSORES E OUTROS ENTRAM EM GREVE E NÓS DECLARAREMOS, COM CARA DE SÉRIOS, A ILEGALIDADE PARA NÃO PREJUDICAR O GOVERNO DE VOCÊS E EM CONTRAPARTIDA, OS NOSSOS SALÁRIOS E AS NOSSAS BENECES SÃO AMPLIADAS. NEM TODOS SÃO ASSIM, É VERDADE. MAS A REALIDADE É QUE SÃO MUITO MAIS DO QUE IMAGINÁVAMOS.
DESPERTEMOS, POVO BRASILEIRO! ACABE COM ESSA FARRA! FAÇA AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS. SÓ VOCÊ PODE MUDAR ISSO
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