quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

NOVA ROUPAGEM POLÍTICA


O  tempo, o esclarecimento e as tecnologias favorecem a novos conceitos na análise política e social do Brasil
A imagem dos gestores do Estado, sejam eles políticos, técnicos ou magistrados está ficando mais clara para o cidadão comum. Não só porque os meios de comunicação de maior porte dedicam um espaço amplo para a publicação de reportagens investigativas, mas porque as novas mídias sociais oferecem as mais diversas informações e interpretações sobre esses personagens. De quebra há livros com biografias ou reportagens mais aprofundadas sobre como o poder se mexe no Brasil. Isto mostra o vigor da democracia em construção e que certamente vai tomar novos contornos nos próximos anos queiram ou não os que controlam hoje os poderes do Estado. Há um redemoinho de ideias, Informações, opiniões, investigações que pululam dos mais estranhos gadgets eletrônicos. Ninguém fica esquecido, seja para o elogio, seja para a crítica ácida e demolidora. Os dominadores do Estado usam e abusam do seu poder econômico, político e jurisdicional para plantar as notícias que interessam para a perpetuação no poder de seus detentores Colhem melhores resultados de aprovação popular. Vale tudo, até economizar recursos necessários para saneamento básico, educação, saúde, defesa do meio ambiente para investir em propaganda e publicidade. Não é mais possível distinguir uma coisa da outra quando o Estado, em suas diversas formas, a patrocina. Há comerciais de 30 segundos, assessorias de todo tipo, sites, blogs, disparo automático de e-mails, releases de toda ordem, enfim com o dinheiro público é mais fácil. No meio dessa guerra midiática, fruto das transformações econômicas e tecnológicas do nosso tempo, o cidadão comum tem condições de formar sua própria opinião, ainda que alguns continuem achando que o povo não sabe votar. Os partidos políticos utilizam com perfeição o ferramental disponível para vender a melhor imagem possível. Usam e abusam de programas políticos pagos pelo contribuinte e seus personagens não dispensam nem edição, nem foto shop, nem maquiagem. Que mal tem? Contudo entre a imagem que se quer passar e a percepção que o cidadão tem desses personagens há uma distância considerável. São personagens distantes um do outro. A confusão só não é maior porque há legendas com nomes. Em determinados momentos é difícil crer que o personagem na propaganda oficial dos partidos ou dos governos  é o mesmo do noticiário. O conteúdo do que fala não bate com as informações publicadas na velha e na nova mídia a seu respeito. Os solavancos políticos e sociais vividos hoje são sintomas da jovem democracia brasileira, que quer queiram ou não, se consolida e ganha contornos de maior participação popular. Os que têm consciência que são os contribuintes que mantêm tudo isso são os mais ativos, o que é indiscutivelmente um progresso.

FONTE: HERÓDOTO BARBEIRO

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