domingo, 9 de outubro de 2011

O PERIGO DA CHINA


China pede reunificação pacífica com 

Taiwan


O pedido foi feito durante as comemorações da Revolução de 1911.
Taiwan foi separada da China em 1949.

Do G1, com agência internacionais
O presidente da China, Hu Jintao, pediu a reunificação pacífica da China com Taiwan neste domingo (9), durante as comemorações do centenário da Revolução de 1911, que acabou com a queda do império manchu, a última dinastia chinesa.
"Deveríamos pôr fim aos antagonismos em ambos os lados do estreito (de Formosa), curar as feridas do passado e trabalhar juntos para conseguir o grande rejuvenescimento da nação chinesa", disse Hu, em declarações publicadas pela agência estatal de notícias 'Xinhua'.
O conceito de 'rejuvenescimento da China foi cunhado por Sun Yat-sen e outros pioneiros da Revolução de 1911, e deve ser a aspiração comum de todos os compatriotas em ambos os lados do estreito de Taiwan', disse Hu.
Taiwan foi separada da China em 1949, após os nacionalistas do partido Kuomintang perderem a guerra civil contra os comunistas de Mao Tse-tung. Neste dominho, a ilha comemora também o aniversário da rebelião de Wuhan, início da República da China, que se estabeleceu em 1º de janeiro de 1912 no país asiático e depois foi transferido para a ilha ao final da guerra.
A Revolução de 1911 teve começo em 10 de outubro, com o levante armado que pôs fim à dinastia Qing (1644-1911) e com ela a dois mil anos de regime imperial, o que culminou com a criação do primeiro Governo republicano na Ásia.
EXPLICANDO AS ENTRELINHAS: Já faz alguns anos que contemplamos a explosão de crescimento do dragão vermelho, como é conhecida a China. Tal vigor econômico não é à toa, pois essa nação aliou as facilidades e vantagens que tem com a comodidade que dispõe uma pseudo-democracia, isto é, o poder de sua população, as riquezas naturais, as reformas do passado, os maciços investimentos em educação e o controle artificial de sua moeda (yuan), convergem para o bum do vigor econômico chinês. Cada vez mais, o mundo se acostuma a ler nos mais variados produtos que compra a seguinte frase: made in China. A aceleração do PIB chinês tem colocado esse país em grande evidência internacional, sendo que, recentemente, ela passou a ser a segunda potência econômica mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos. Com concorrência desleal, sem previdência social para seus trabalhadores, sem direitos trabalhistas, sem seguro-desemprego, com mão-de-obra às vezes semi-escrava e jornadas altíssimas de trabalho, o governo chinês se apresenta no cenário internacional como um grande perigo à nossa democracia. Com reservas de mais 3 trilhões de dólares, a China hesita em ajudar a quase quebrada União Europeia. Impõe que para ceder a ajuda, a Europa tem que reconhecer que a China é uma economia de mercado, o que na prática abriria os portos do velho continente aos produtos chineses que ainda sofrem extrema rejeição por lá. A Europa já muda o discurso e acena sobre a mudança de sua posição em nome da salvação financeira. Os Estados Unidos, por sua vez, têm a maioria dos seus títulos da dívida pública americana nas mãos dos chineses. A África do Sul, um país democrático, recentemente proibiu a entrada do Dalai Lama em seu território devido à pressão da China que é um parceiro estratégico nas relações comerciais. Além disso tudo, o próprio mercado consumidor de mais de um bilhão de consumidores é um atrativo para que empresas se instalem naquele país e que cada vez mais países do mundo cortem a própria democracia para agradar ao dragão. Regiões da África que antes eram inativas economicamente, agora recebem investimentos chineses na agricultura, arredando terras para abastecer o mercado interno chinês, o que põe os comunistas como semi-deuses naquele continente. O Brasil vê-se numa situação também difícil pois o seu minério de ferro, as carnes de porco, frango, boi e as comodities em geral têm grande demanda da China, o que, na prática, nos torna reféns da mesma forma. Ao que tudo indica, essa tendência tende a crescer com o passar do tempo e não sabemos até quando as nações evoluidas democraticamente resistirão ao charme dos dólares vermelhos. A ilha Formosa parece que não vai resistir.

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