BRASÍLIA - Diante da pressão de companheiros de PSDB para que assuma logo sua pré-candidatura a presidente em 2014, o senador Aécio Neves (MG) não deixa dúvidas. "Se esta for a vontade do partido, eu estarei pronto para disputar com qualquer candidato do campo do PT, seja Lula ou Dilma. Serão eleições com perfis diferentes e eu não temo nenhuma das duas", disse o ex-governador ao Estado.
Ed Ferreira/AE
'Serão eleições com perfis diferentes. Não temo nenhuma das duas'
Mas Aécio pondera que o debate das candidaturas deve ficar para "o amanhecer de 2013", pois "uma decisão correta no momento errado é uma decisão errada". Ele diz que a opção José Serra "terá de ser avaliada por seu capital eleitoral e experiência política" e cita também os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR) como presidenciáveis. Nesse quadro, defende eleições prévias para a escolha dos candidatos tucanos a partir da eleição de 2012.
O que se vê hoje no cenário nacional, projetando 2014, são duas candidaturas presidenciais no campo do governo: Lula ou Dilma Rousseff. Como a oposição não se colocou, as pressões já começaram. Os 41 deputados tucanos que se reuniram com o sr. há dez dias, para pressioná-lo a assumir uma pré-candidatura, têm razão de estar ansiosos?
Conter essa ansiedade é uma das questões às quais tenho me dedicado. Mas acho muito bom que o PSDB tenha outros nomes, que serão discutidos na hora certa. José Serra é um nome que o partido terá de avaliar, por seu capital eleitoral e pela experiência política que tem. O governador Geraldo Alckmin (SP) é um nome sempre lembrado, como também são os governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR). É muito bom que o partido tenha quadros que possam despontar amanhã como candidatos.
E qual é o seu projeto para 2014?
O que eu disse aos companheiros do PSDB é que estarei à disposição do partido para cumprir meu papel, seja como candidato ou apoiador de um candidato que eventualmente tenha melhores condições de disputa do que eu.
A VERDADE DOS FATOS: Enquanto os partidos de oposição não assumirem o real papel que a população incumbiu de fiscalizadores dos erros crônicos do país e da administração federal, a tendência é mais uma fácil derrota para a esquerda. Um exemplo disso é a maneira retrógrada de criticar os desvios de conduta de quem está no poder. Até ai tudo bem. O problema é que o PSDB sabe que qualquer tentativa de "arrochar" a fiscalização, legislar sobre a meritocracia no serviço público, principalmente nos ministérios e estatais será, prontamente abortado por alguns partidos, principalmente o PMDB de guerra, sigla situacionista por natureza. Em outras palavras, O PSDB demonstra que não quer combater a raiz dos erros, quer na realidade atacar quem está no poder, seu arquirrival PT. Se os tucanos querem conquistar mais poder, reconquistar parte do eleitorado dos brasileiros, apoie o financiamento público de campanha na prática, a quebra automática de sigilo bancário dos representantes do povo, o fim do voto secreto no congresso, o fim total do nepotismo através de emenda constitucional, a proibição, por lei, de deputados e senadores assumirem ministérios, a reforma política, o cartão-saúde para acabar com a farra dos prefeitos em desviarem o erário, dentre tantas outras questões. Viu quantas coisas o PSDB tem para atrair a simpatia do povo? o problema é que como um normal partido brasileiro ele pensa não nos anéis, pensa, sim, nos dedos. E ai, amigo, dedo por dedo, o povo prefere ficar com a turma daquele que só tem quatro na mão ESQUERDA.
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