Dirceu diz que oposição está em estado terminal
O ex-ministro chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu afirmou
na noite desta quinta-feira, 17, em discurso para cerca de 450
sindicalistas, que a oposição está "em estado terminal e sem discurso" e
que os partidos contrários ao governo Dilma criam, ainda, um clima para
desestabilizar a atual administração petista. "O DEM está praticamente
em estado terminal e o PSDB está profundamente dividido. A oposição não
tem eco na sociedade", afirmou o ex-ministro da Casa Civil, no discurso
de abertura do VII Congresso dos Metalúrgicos do ABC. No
discurso, Dirceu rebateu também as afirmações do ex-presidente tucano
Fernando Henrique Cardoso, em Washington, de que a presidente Dilma
Rousseff está tendo agora que desmontar um esquema de corrupção criado
no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A corrupção na
administração pública, no Estado, no governo não significa corrupção do
governo, da presidente ou do partido. Isso é preciso provar e
comprovar", frisou. Em seu pronunciamento de cerca de 40 minutos,
o deputado cassado citou que as mobilizações no País contra a corrupção
fazem parte da agenda petista. E afirmou que o fim das votações
secretas no Congresso, a aplicação da Lei da Ficha Limpa e a garantia de
plenos poderes para o Conselho Nacional de Justiça são bandeiras do PT.
"Essa agenda (anticorrupção) também é nossa agenda." Ainda no
discurso que proferiu, o ex-ministro acusou a imprensa, em geral, de
estar a serviço da oposição. "O PT se consolidou (no governo), apesar do
ataque e da guerra que fizeram contra o partido em 2005 e 2009 e da
tentativa de desestabilizar e de dar um golpe a partir da crise de
2005", disse Dirceu, réu no processo conhecido como "Mensalão". Os
sindicalistas pretendiam fazer nesta noite uma homenagem ao
ex-presidente Lula, usando máscaras que seriam compradas na Escola de
Samba Gaviões da Fiel, retratando Lula. De acordo com a assessoria de
imprensa do sindicato, porém, a homenagem não pôde ser feita porque as
12 mil máscaras produzidas pela escola já haviam sido distribuídas para a
torcida corintiana, que deverá usá-las no jogo do próximo domingo. Após
o discurso, o ex-ministro evitou a imprensa e deixou o evento sem dar
entrevista.
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